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sábado, 31 de agosto de 2002

Vamos falar de um certo filósofo grego.

Epicuro nasceu em 341 a.C., na ilha grega de Samos, ostentando a cidadania ateniense herdada do pai. Começou a estudar filosofia em Samos mesmo, aos 14 anos. Foi nessa época que fez a pergunta “e o Caos, de onde veio?” ao ouvir de seu professor de gramática o verso de Hesíodo de que todas as coisas vieram do Caos.

Aos 18 anos transferiu-se pra Atenas para prestar os dois anos de serviço militar. Lá irá encontrar os grandes filósofos da época (Aristóteles estava exilado de Atenas e morreria no ano seguinte). Em 322, após a morte de Alexandre Magno, o sucessor deste decide expulsar todos os colonos atenienses. A família inteira de Epicuro vai na leva. Em Cólofon, onde foi parar com seus familiares desterrados, funda sua própria escola e já começa a revisar os ensinamentos de Demócrito cuja filosofia conhecera em Teos, próximo dali.

Entre 311 e 310 funda outra escola na lendária ilha de Lesbos, mas os aristotélicos não a deixam florescer. Mudando-se para Dardanelos, é a vez de entrar em choque com os platônicos, mas consegue instalar uma escola. E aqui ele conquista os amigos-seguidores que o acompanharão o resto da vida. Em 306 retorna a Atenas, adquire uma ampla casa construindo em seu entorno um grande jardim. É ali que vai estabelecer sua escola que ficou conhecida como o Jardim de Epicuro. Em 270 a.C., o segundo da 127ª Olimpíada, Epicuro morre aos 72 anos de idade.

A doutrina de Epicuro

A filosofia de Epicuro direciona o ser humano para a busca de sua felicidade, através de uma postura serena e consciente diante da vida e da morte. Os epicuristas tinham uma tarefa para sua filosofia: a de tornar os homens felizes. Não pela busca insana do prazer e dos bens materiais, pelo contrário: “a quem pouco não basta, nada basta”. O epicurismo pretende deixar o espírito mais livre, o mais despojado, o mais puro para captar os prazeres que realmente valem a pena buscar, como o prazer da leitura, da contemplação da vida ou da conversa com os amigos esclarecidos, o sentimento da fraternidade que une os homens livres de preconceitos.

Através do verdadeiro conhecimento das coisas do mundo e seus efeitos sobre os homens, essa doutrina ensinava as pessoas a serenidade diante de todos os males e dificuldades da vida, inclusive da própria morte. Para Epicuro, um homem sábio jamais poderia temer a morte, pois para ele todo bem e todo mal vem das sensações, e a morte é justamente a privação delas.

Não é para menos que o epicurismo é uma filosofia de alento para o ser humano: ela floresceu numa época em que o mundo desmoronava diante dos gregos: o fim de sua civilização. Dominados, escravos, expulsos de sua terra, o fim da liberdade, da religião, da vida política e da pátria gregas. Atenas é vítima da miséria econômica e da miséria política.

A época de Epicuro foi de todas a mais trágica: as grandes cidades gregas, Atenas e Esparta, perderam-se nas guerras; Felipe e Alexandre da Macedônia conquistaram o mundo grego e a Ásia, até a Índia; os sucessores de Alexandre batem-se. Atenas, que tinha sido a cidade de Péricles, que tinha salvo a Grécia da grande massa asiática, é arrastada por um extraordinário turbilhão. Sucedem-se guerras e agitações. De 3047 a 261, mudam várias vezes, os partidos disputam poder. . A desgraça instala-se entre os gregos. A desordem e a angústia aumentam dia-a-dia. Por quatro vezes, um príncipe estrangeiro estabelece um governo e modifica as instituições. Três movimentos libertadores são afogados em sangue. Atenas sofre quatro cercos.

Sangue, incêndios, expulsões, assassínios: esse é e cenário desolador é que surge a filosofia do jardim, como uma flor que nasce no meio do estrume. O terreno fétido e putrefato lhe dá toda sua força e exuberância.

Pérolas do epicurismo:

“O sábio nem desdenha viver, nem teme deixar de viver; para ele, viver não é um fardo e não-viver não é um mal.”

"De todas as coisas que nosso oferece a sabedoria para a felicidade de toda a vida, a maior é a aquisição da amizade".

“Não temos tanta necessidade da ajuda dos amigos como de confiança de sua ajuda.”

“A amizade dança à volta do mundo, gritando-nos que despertemos para a felicidade”.

“Assim como opta pela comida mais saborosa e não pela mais abundante, do mesmo modo que ele colhe os doces frutos de um tempo bem vivido, ainda que breve.”

“Os alimentos mais simples proporcionam o mesmo prazer que as iguarias mais requintadas, desde que se remova a dor provocada por sua falta: pão e água produzem o prazer mais profundo quando ingeridos por quem deles necessita.”

“Quando então dizemos que o fim último é o prazer, não nos referimos aos prazeres dos intemperantes ou aos que consistem no gozo dos sentido, como acreditam certas pessoas que ignoram o nosso pensamento, ou não concordam com ele, ou o interpretam erroneamente, mas ao prazer que é ausência de sofrimentos físicos e de perturbações da alma.”

“Não são, pois, bebidas, nem banquetes contínuos, nem a posse de mulheres e rapazes, nem o sabor dos peixes ou das outras iguarias de uma mesa farta que tornam doce uma vida, mas um exame cuidadoso que investigue as causas da toda escolha e de toda rejeição e que remova as opiniões falsas em virtudes das quais uma imensa perturbação toma conta dos espíritos”.

“Nunca se protele o filosofar quando se é jovem, nem canse o fazê-lo quando se é velho, pois que ninguém é jamais pouco maduro nem demasiado maduro pra conquistar a saúde da alma. E quem diz que a hora de filosofar ainda não chegou ou já passou, assemelha-se ao que diz que ainda não chegou ou já passou a hora de ser feliz.”

“O essencial para nossa felicidade é a nossa condição íntima:e desta somos nós os senhores.”

“É necessário crer que os mundos e toda combinação finita nascem do infinito.”

“A vida do insensato é ingrata, encontra-se em constante agitação e está sempre dirigida para o futuro.”

“Quem menos sente a necessidade do amanhã mais alegremente se prepara para o amanhã.”

“Quando te angustias com as tuas angústias, te esqueces da natureza: a ti mesmo te impões infinitos desejos e temores.”

“Então quem obedece à natureza e não às vãs opiniões, a si próprio se basta em todos os casos. Com efeito, para o que é suficiente por natureza toda a aquisição é riqueza, mas, por comparação com o infinito dos desejos, até a maior riqueza é pobreza.”

“Encontro-me cheio de prazer corpóreo quando vivo a pão e água e cuspo sobre os prazeres da luxúria, não por si próprios, mas pelos inconvenientes que os acompanha.”

“A quem não bastam pouco, nada basta.”

“Não deves corromper o bem presente com o desejo daquilo que não tens; antes deves considerar também que aquilo que agora possuis se encontrava no número dos teus desejos.”

“O homem que tenha alcançado o fim da espécie humana será honesto mesmo que ninguém se encontre presente.”

“Ateu não é o que não crê em Deus, mas o que crê na imagem que o povo faz de Deus.”

“Acostuma-te à idéia de que a morte pra nós não é nada, visto que todo bem e todo mal residem ns sensações, e a morte é justamente a privações das sensações.”

“Então, o mais terrível de todos os males, a morte, não significa nada pra nós, justamente porque, quando estamos vivos, é a morte que não está presente; ao contrário, quando a morte está presente, nós é que não estamos.”

Kali.
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sexta-feira, 30 de agosto de 2002

Caramba! Recebi visitas de pessoas que admiro tanto. Bia, Thaís, Constanze, Naty, Bridget. O que eu quero mais da vida?

Falar nisso, o blog da Constanze está demais. Show de bola. Ela tem umas tiradas como essa: "depois da tempestade vem a ambulância". O post de ontem, quinta-feira, está simplesmente DEMAIS. Vale a pena uma visita. Ela trata com um humor impagável as mazelas do dia-a-dia. O nome do blog é QDDV (Que Droga De Vida - "Diário sobre a droga de vida que a gente leva". Por aí vc já presume o que vem pela frente. Show de bola. Com direito a gol de letra.

Ontem não postei. Um dia especial. Bem especial. Chamo de dia especial aquele que vc passa na presença de pessoas de determinada espécie. Espécie especial. Pessoas com quem vc tem o prazer de estar. Em outras palavras: Amigos de verdade. Foi o dia todo. E ainda se estendeu até à noite, coisa rara de acontecer hoje em dia, no meio da semana. Mas aconteceu. Seminário pela manhã, depois almoço, à tarde mais seminário, aula à noite, depois o bar. Pessoas especiais, dia especial. Pessoas iluminadas.

Daquelas que vc pode pendurar no teto se faltar energia. Vão iluminar a casa toda.

Kali.
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quarta-feira, 28 de agosto de 2002

Melhorou um pouco. Agora não extrapola. Pelo menos numa resolução 800x600.
Kali.
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Novidades.

Espero que agrade. Leitor de blog é que nem passarinho: tem que dar alpiste, senão some. O problema do layout acho que é aquele banner do Blogger aí em cima. Ele abre o espaço da tabela, estendendo a página para além dos limites da janela do browser. Sem o banner, fica legal. As colunas da direita e da esquerda ficam mais próximas. Se alguém aí tiver uma solução pra isso, agradeço.

Ontem fiz um poema que considero (eu iria escrever "reputo", mas é uma palavra muito formal) como um dos melhores que já fiz. Deixei num comment de um blog de uma pessoa que se dizia "cansada de um monte de coisas". Deixei lá. Tudo bem, as coisas de coração a gente não espera retribuição. Mas nem um comentário, nem que pra dizer que não gostou? Dê uma olhada. Levanta o astral de qualquer um, não?

O Ponto das Vírgulas

Cansada de um monte de coisas
resolveu entregar os pontos...
Mas lembrou-se da vírgulas...
Algumas de um livro de contos.
Deteve-se! Lépida, de pronto!
Tudo resolvido: as vírgulas ficam.
E ficam também os pontos.

Legal, não?


Kali.
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terça-feira, 27 de agosto de 2002

O que eu vou postar?
Ah, um poema. As palavras que saíram ("Que lindo, Kali!") e a expressão de alegria e grata surpresa pagou o trabalho, claro. Faço poemas para agradar as pessoas. E esse agradou. Sinto-me gratificado.

Iluminada

- Tá vendo aquela figura?
- Só um clarão, uma brancura.
- É a luz que dela emana.
- Nossa! Não pode ser pessoa humana!
- Mas tem nome de gente. Juliana.

A dedicatória: "Para a protagonista de minha poesia, com carinho. Kali. Ps: Esta dedicatória foi entregue utilizando-se óculos escuros."

O poema não é nada gratuito. Ela realmente é uma pessoa iluminada. Legal conhecer pessoas assim. E claro que ela ficou ainda mais radiante com o poema. Foi muito bom ficar observando a reação dela enquanto lia. Essas coisas não têm preço.

Postando ao som de Yester-me, Yester-you, Yesterday, Stevie Wonder. Brilhante. Combinou.


Kali.
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PRONTO! Agora podem comentar à vontade! (como se esse blog tivessem milhares de leitores). Era só uma letrinha errada no código. Desculpem nossa falha. Ou coisa que o valha. Às vezes rimar é muito palha. Não gosta? Ralha!
Kali.
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segunda-feira, 26 de agosto de 2002

Não. Os comentários não estão funcionando. Algum erro de script. Paciência. E pertinácia.
Kali.
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Acontece que os comments do Enetation não estavam funcionando e adotei outro servidor: o Haloscan. O Yaccs, que é melhor, não está disponível. Espero que este funcione bem e permanentemente. Como o servidor foi alterado, os comentários feitos desapareceram. Estão lá no Enetation. Mas vou recuperá-los. Ah, se vou!
Kali.
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domingo, 25 de agosto de 2002

Xuxa É claro que Xuxa é um patrimônio nacional e cultural que deve ser preservado a todo custo. Do contrário, como um cidadão brasileiro poderá explicar a um cidadão estrangeiro o significado da brasileiríssima expressão "voz de taquara rachada", que encontra em Xuxa a sua mais completa tradução? Hein? Hein?
Kali.
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sábado, 24 de agosto de 2002

A Classe Média e a pizza Poucas coisas me irritam mais do que a arrogância, a empáfia e o pedantismo da CLASSE MÉDIA. Sabe aquela pessoa que quer aparentar um nível, uma posição, um conhecimento ou uma cultura que não possui? Um exemplo bom e simples de como isso ocorre é quando o assunto é pizza. Vamos lá. O desgraçado estufa o peito e diz assim, como se estivesse expressando a coisa mais importante do mundo, mais do que a própria Lei da Gravidade: "usar catchup na pizza é um atentado, um crime!". Porquê, idiota? Qual o problema de colocar catchup na pizza? Foi sua mãe que falou pra não colocar? Que autoridade em gastronomia lhe disse isso? Porque não pode, se pizza é um dos pratos que mais leva tomate? Ah, vai mudar o gosto! Nossa! Então você está decretando o fim do catchup, não é? Então nem no sanduíche, que possui quase os mesmos ingredientes de uma pizza, poderemos mais usar o catchup? É isso? Mas não vamos ficar irritados. Vamos tentar entender a cabeça do ilustre representante da classe média brasileira. Não é tão difícil. A cabeça de uma pessoa assim é bem pequena, muito limitada. É do tamanho do seu mundo. Um mundo sem muitos horizontes. No caso da pizza, por que ele age assim? Simples. Como a pizza é o prato por excelência da classe média, ele tenta dar a ela um certo status de nobreza. Inconscientemente, ele pretende que sua pizza seja o "faisão à doré" do burguês. Não só isso: quer também que ela se diferencie totalmente do "pf" do operário. Do alto de sua soberba, ele não consegue ver que a pizza é um prato tão popular e nem consegue enxergar o quanto ele próprio está sendo ridículo em tentar impor uma etiqueta de quinta categoria. O que vemos aí é a classe média tentando enquadrar esse mundão de Deus a seu mundo particular, a seu mundo minúsculo, pobre, ordinário. E tenta fazer isso não apenas com a gastronomia. O pior é quando tenta ditar padrões em outras áreas, como na literatura, na música. Especialmente na literatura. Aí é que o intelectualóide desponta em toda sua prepotência. Quer que todos cultuem o lixo que consome. Diferente do abutre que tenta devorar sozinho o que encontra pela frente, o protótipo da classe média quer dividir sua carniça, enfiá-la goela abaixo dos outros. "Coma! Ó que dilíça!" "Catchup na pizza é um crime!". Crime é eu enfiar o vidro de catchup no seu rabo, vigarista! Hipócrita!
Kali.
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sexta-feira, 23 de agosto de 2002

Esse poema fiz há poucos dias. Gosto muito dele. Os da filosofia idealista vão protestar, já os do pensamento dialético vão dar hurras. Não importa. O importante é que todos gritem. Gênesis Perdido em desesperança Ainda em sua infância, Pegou de uma costela Sobrada de uma matança E desenhando sobre o chão O fim de sua solidão, O homem criou Deus à sua imagem e semelhança.
Kali.
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Cedo, no caminho da padaria, passo em frente a uma academia. Não, não é poesia, apesar da rima. Dá para ver as pessoas se exercitando lá dentro. Agora inventaram de fazer as academias de ginásticas tipo vitrine. Todo mundo vê o que acontece lá dentro. Não entendo muito bem o porquê disso. Bem, deve ser pra ver o que acontece lá dentro, né? Mas tem pessoas que não gostam de se expor e isso deveria ser respeitado. Mas não é pra isso que estou escrevendo. É pra isso: Se fosse possível trazer alguém da Idade Média para os dias de hoje, e esse alguém fosse colocado diante de uma dessas modernas academias de ginástica, e fosse um Dante moderno quem apresentasse as academias a esse cidadão medieval, a apresentação poderia ser da seguinte forma: Mostrando as pessoas se exercitando nas esteiras rolantes, nosso Dante iria dizer: - Nobre visitante do passado, esse local que tu vês é o lugar da danação perpétua. Ali estão as pessoas condenadas pela vida pecaminosa que levaram, por tentar alcançar o que jamais iriam poder obter. O castigo a elas destinado em razão desse grande pecado humano, de tentar tanger o intangível, é o de correr, correr por toda a eternidade sem jamais sair do lugar! Claro que o pobre coitado iria acreditar.

Kali.
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Amanda gostou do poema, apesar de ter confessado que, no primeiro momento, não havia entendido bem. Ponto pra ela. Gosto de pessoas sinceras. E a frase que queria ouvir dela saiu do fundo do coração de outra colega, pra quem mostrei a poesia antes de entregar a Amanda. "Nossa, Kali! Que lindo!". Lindo, baby, é ouvir uma frase dessas. Isso sim é que é poesia. Mas não tiro a razão de Amanda. Tanto que modifiquei um pouco o texto. Agora ficou assim. Masculino e feminino Se verbo variasse em gênero E o gerúndio tivesse o sexo das Yolandas, Amar seria fêmea, não efêmero, e o feminino de "amando" seria Amanda. Agora, sim. Mais-que-perfeito! :Þ

Kali.
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quinta-feira, 22 de agosto de 2002

Esse eu fiz para uma colega de sala, a Amanda. Masculino e Feminino Se verbo tivesse gênero E gerúndio, o mesmo sexo de Yolanda, Conjugar não seria efêmero e o feminino de amando seria Amanda. Sexo de verbo. Caramba. Devo reconhecer que às vezes minha mente é fértil. Infelizmente, o normal é não ser. Mas quando é pra elogiar alguém, a inspiração não tem me faltado, ainda que pobre e tímida. De qualquer modo, vocês viram esse poema antes da Amanda, que nem tem noção de sua existência. Hoje à noite ela vai ter. Acho que vai gostar. Bem, eu fiz com essa má intenção, de que ela gostasse.
Kali.
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quarta-feira, 21 de agosto de 2002

Um poema kálido, das minhas entranhas (publiquei-o pela primeira vez agora há pouco, num comentário do blog da Camaleoa, que eu recomendo): Presente de Deus O futuro a Deus pertence. E quando o futuro chega, Ele o entrega a nós, assim, displicente: "Toma, seu demente! Era meu futuro, Agora é o seu presente!"
Kali.
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As crises da Argentina e Brasil o que demonstram? Que o Peso é irreal e que o Real não tem peso.
Kali.
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Nos jornais, meninas e mais meninas se oferecendo para programas, por uma ninharia. Quando Karl Marx dizia que a classe média iria se fuder no capitalismo será que ele pensava que isso iria se dar também no sentido literal?
Kali.
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Esse e-mail eu gostei de enviar pra turma da faculdade. Oi, pessoal! Muito legal o churrasco na casa de Keka. Gente alegre, simpática, descontraída, prestativa. Papo agradável, cerveja geladinha, batida no grau... até Uísque de primeira. Tudo bem que os cantores do karaokê não estavam muito inspirados. Mas foi divertido, sem dúvida. Porém, pelo número de pessoas, acho que faltou carne. Humana. Talvez a culpa seja de Millôr Fernandes, que, num momento de inspiração, uma vez escreveu: "Se vc for a uma festa não vão notar sua ausência."

Kali.
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Vivemos no mundo do

ter

Precisamos construir o mundo do

ser

Pode parecer pretensioso, mas esse blog procura dar uma força nesse sentido.
Kali.
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Conforme prometi, a prova da arte de Carolina:
Kali.
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terça-feira, 20 de agosto de 2002

Um escritor normal escreve mais ou menos assim sobre a gravidez de uma mulher pobre: Sua barriga cada dia maior. Um poeta escreve assim: ...seu único velho vestido cada dia mais curto. [Minha História (Gesubambino) letra e música de Dalla e Pallotino, versão de Chico Buarque].
Kali.
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Pois é. foi a INSANA (Carolina) quem me mandou essas imagens. Não sei se vc conhecia, mas não são fantásticas? E quando digo que Carolina é uma artista (não foi ela quem fez essas imagens), eu provo. Depois vou colar aqui o template que ela preparou pra meu blog. Show de bola. Mas agora não dá. Só quando chegar em casa.
Kali.
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E essa?

Kali.
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Essa imagem é forte:

Kali.
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Eu retirei um post para publicar mais uma imagem. É que ficou destoando. Mas depois volto com ele.

Kali.
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segunda-feira, 19 de agosto de 2002

Demais, não?

Kali.
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Olha só, que coisa mais impressionante!:

Kali.
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Recebi umas imagens fantásticas de uma menina idem: INSANA. Não dá pra não mostrar. Não sei quem fez. Um ser iluminado, com certeza.

Kali.
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domingo, 18 de agosto de 2002

O Domingo está quase no fim. Daqui a pouco o Criador acorda.
Kali.
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Domingo. Dia do ser humano aproveitar para fazer o que gosta, enquanto o Criador descansa e não vê. Eu, por exemplo, vou ver o mar espumando de prazer lambendo as areias da praia... Ou será que fico admirando as folhas das mangueiras do quintal se agitadando excitadas só porque o vento deu uma roçadinha de leve?
Kali.
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Luciana Gimenez era só pra inglês ver. Comeu porque quis.
Kali.
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sexta-feira, 16 de agosto de 2002

Uma história real que ouvi quando criança, na terra onde nasci, no interior de uma birosca de verduras, de um rapaz pobre, no alto de seus sofridos 16 ou 17 anos: Hoje nós estamos até bem. Temos essa vendinha. Quando eu era mais novo e eu ia pra escola com meu irmão, meu pai vinha da rua com um lápis, o partia em dois e entregava uma parte a cada um para irmos à aula. Nunca me esqueci disso. Como? Só quando minha cabeça se partir em duas. A pobreza me comove e este é meu primeiro post com lágrimas.
Kali.
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quarta-feira, 14 de agosto de 2002

Ouvi muito esses dias "Skyline Pigeon", Elton John. Para mim, do que ja´ li na vida, nunca ninguém expressou tão bem o desejo de liberdade. Essa pode ser chamada a "melodia do prisioneiro". Linda canção. Só não sei bem se ele fala de uma pessoa literalmente encarcerada ou de uma pessoa casada. Depende de onde está aquele "aching metal ring" de que fala na letra, se na mão ou se no pé. Bem entendido, "ring" aqui entendido como "elo", "aro". Elton Jonh. Ô bicha talentosa essa! Se você quiser dar uma conferida na letra, clique aqui. Desculpe. Aí não, aqui, hehe. Se quiser ela já cifrada para tocar no violão, aqui. Ontem, comentando com um amigo sobre essa música, ele contou que uma vez foi feita uma votação para escolher a mais bela música de todos os tempos e Skyline Pigeon foi a escolhida. Tudo bem. Acho que realmente tem seu mérito. É uma canção maravilhosa, com certeza. Mas música cada um tem a sua preferida. E eu não abro mão da minha. Claro que a música mais bela de todos os tempos é Whiter Shade of Pale, na voz de Annie Lennox, disparado. Por falar nisso, Disparada, de Geraldo Vandré, também não fica atrás. Uma das músicas mais emocionantes que meus ouvidos já conseguiram captar. E "se você não concordar, não posso me desculpar. Não canto pra enganar. Vou pegar minha viola, vou deixar você de lado, vou cantar noutro lugar." É isso. E a sua, qual é? Fiquei curioso. Geralmente, curioso é quem visita do blog, não o anfitrião, né? Mas fiquei curioso. Qual a música da sua vida? Música da sua vida é aquela que você morre quando ouve. Qual?
Kali.
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Como tem muita coisa pra se falar e não dá pra escolher, só pra estrear, vou falar sobre um livrim cruel, muito cruel: "Quem Mexeu no Meu Queijo?". Toda pessoa desavisada compra esse livreco. E as que não têm senso crítico ficam com ele, achando que compraram algo de importante. Ô dó! “Quem Mexeu no Meu Queijo” oferece uma excelente oportunidade para se refletir sobre a atual conjuntura, sobre a forma subliminar como é reproduzida a ideologia dominante e como somos levados a aceitar as coisas de forma totalmente passiva, sem um mínimo de questionamento. E o livro permite isso não pelo que traz expresso , mas pelo que se pode concluir daquilo que não está por trás de um texto aparentemente inofensivo e muito bonzinho. O livro é bom não pelo que mostra, mas pelo que esconde. Ao contrário do que possa parecer, "Quem Mexeu no Meu Queijo" trata as pessoas como se fossem desprovidas de qualquer senso critico, totalmente alienadas do mundo real. Mostra que você é pequeno, está diante de forças tão desconhecidas quanto imensas e sobre as quais não tem a menor influência. E todas as suas iniciativas para se livrar de estado de coisas adverso se dão sem que se vislumbre qualquer noção de como elas ocorrem. Os personagens que nos representam agem às cegas, no escuro, num labirinto. Buscam a sobrevivência, mas sem a mínima noção de como foram parar numa situação calamitosa e quais as forças que a provocaram. Assim como somos treinados a ver o mundo ao nosso redor. A saída? Se vire, meu amigo! Não é outra mensagem que o livro passa. Também não é à toa que as pessoas ali representadas são ratos e duendes num labirinto escuro e sem saídas. Poderiam ser vermes: não alteraria em nada o conteúdo. Quanta diferença em relação à mensagem de luta e de liberdade de Chaplim em O Grande Ditador: “Não sois máquinas! Homens é que sois!” Tudo se desenvolve sem a menor condição de se saber quem realmente roubou o queijo que mantém vivos aquelas criaturas desprezíveis. Uma força estranha e poderosa. Resta apenas se rastejar pelo labirinto à procura de um outro monte de queijo. A aceitação desse cenário implica em se submeter ao mundo e não procurar tranformá-lo, de depender da boa vontade de um ser desconhecido e poderoso que rouba o nosso queijo e o coloca onde bem entender, sem que nada podemos fazer para impedir isso, a não ser sair procurando-o e sermor responsabilizado por indolência se não o encontrarmos. Qualquer semelhança com a força do dinheiro e do mercado não é mera coincidência. Embora a mensagem aparente do livro seja a de motivar as pessoas a enfrentar e superar desafios, traz em si embutida justamente o contrário: a sujeição e submissão a uma força aparentemente poderosa. De quebra, joga sobre você toda a responsabilidade de não ter conseguido sobreviver a ela. Cruel, muito cruel esse livrim.
Kali.
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Mas não se enganem. Também faço parte dele.
Kali.
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Claro que não vou ficar aqui falando de mim, mas do mundo, muito, muito mais importante que eu. Que sabe até mais bonito... Ah, críticas a este blog sempre serão bem-vindas. Por favor.
Kali.
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Não falo de mim,
mas do mundo,
bem mais importante
e interessante.
Quiçá, mais bonito :Þ

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textos: kali