Poemas kálidos:

A Lenda do Beijo
A Mulher que Namorou o Tempo
Aldeia Global
Evolução
Lábios Trêmulos
Poema do Ciúme
Poesia Concreta
Poema do Blogueiro
Cachorra
 

       
Contos kálidos:


A Repulsa
Duetos
Os Olhos do Velho
Tempestade de Neve



Águas passadas 

2002

jan fev mar abr
mai jun jul

ago

set

out

nov

dez

2003

janfev mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2004

jan fev mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2005

jan fev mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2006

jan fev mar abr
mai jun jul ago

set

out

nov

dez

2007

jan fev mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2008

jan

fev

mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2009

jan

fev

mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2010

jan

fev

mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2011

jan

fev

mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2012

fev

fev

mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

 



Blogs:

 
(Selo que concedo
aos blogs que admiro)

Recebi:

Visitantes:

Powered by Blogger

 

 

segunda-feira, 30 de março de 2009

A frota de Jesus.

Você não acha que o fim do mundo está próximo quando vê no trânsito um carro com o adesivo "propriedade de Jesus"?

Fala sério. Como o ser humano pode ser tão estúpido?

E pensar que o cara morreu na cruz e ainda pediu para seus seguidores serem a luz o mundo e o sal da terra...

Kali.
Gostou, assine.


 

Ronal Dinga ucho

Vi ontem o jogo da seleção brasileiro contra o Equador, na Praia da Costa. Quer dizer, eu vi o jogo num quiosque da Praia da Costa, mas o jogo mesmo foi em Quito, no Equador. Ouvir Galvão Bueno dá vontade de vomitar. E os jogadores, tanto do Brasil quanto do Equador, estavam mais preocupados com seus próprios cabelos do que em jogar bola. Fala sério.

Mas o que dá pena mesmo é ver Ronaldinho gaúcho jogar. Tá mais para um jogador Dinga qualquer do que para o grande jogador que foi. Simplesmente parou de jogar futebol. Fica tocando a bola para lá e para cá, para lá, para cá. E nem é "pra lá e pra cá", não. É "pára" lá e "pára" cá mesmo". Ronaldinho gaúcho já era. Tão brilhante ele era. Acabou. Pode ser que regenera.

O que aconteceu com ele? Em se tratando de jogador de futebol, só pode ser uma coisa, de duas: cachaça ou cocaína, que mulher não faz esse estrago, não. Faz bem pior :))))

Calma, mulherada. É só uma piada :Þ

Kali.
Gostou, assine.


 

quinta-feira, 19 de março de 2009

Trocadilhos


Cão fuso

Sempre gostei de fazer jogos de palavras. De vez em quando fico inventando. O serviço judiciário maçante oferece boa oportunidade para isso. Então, não confunda

Agravo de petição
com
A grávida de peito são.

Aguardando a baixa do AI
com
Aguardando abaixado aí.

Feitos em pauta
com
peitos em falta.

A subida dos autos
com
um bloqueio de um time de vôlei.

Esses eu já havia escrito antes:

Penhora de 10 calças
com
Penha ora descalça;

Primeira Vara do Trabalho
com
a prima Vera dá trabalho;
ou com
abrir uma bavária dá trabalho.

O Memorando foi expedido
Com
mesmo orando, foi despedido;

Processo na mesa do Dias
Com
processo na mesma, há dois dias;

Parecer consistente
Com
espairecer com a assistente;

A garantia do juízo
Com
agarrando a tia do juiz;

Embargos de Execução
Com
em barcos de excursão.

E por aí vai...

Kali.
Gostou, assine.


 

terça-feira, 17 de março de 2009

O vendedor poliglota

Ontem ouvi uma frase que gostei muito. Trago-a para aqui para ser lida por meus amados leitores. Seguinte, dois pontos. Não tem o Lula e o Obama? Então. Nem Lula fala inglês, nem Obama, português. É aqui que entra a frase.

Bom era Fernando Henrique Cardoso, que vendia o Brasil na língua do comprador.

Show de bola.

Acontece o seguinte: tem esse celular com tv digital da Samsung, o Next TV SGH-i6210. É melhor que o V820L, tirando o fato de a telinha não girar, além de custar a metade do preço. Bonitinho, tem mp3, mas não é 3G. Só recebe sinal de tv aberta, além de ser, fechado, um tijolinho bem pesado. Fala sério. A questão: porque eu iria comprar um celular para ver Faustão e BBB? "Tem futebol, Kali! Você não gosta?"

Claro que gosto. Tanto gosto que prefiro ver na tv grande, bobão.

Kali.
Gostou, assine.


 

domingo, 8 de março de 2009

Veja, Mainardi e os brasileiros

Acontece que ando recebendo gratuitamente algumas edições da revista Veja, a revista mais vendida do Brasil (interprete como quiser). Até aí tudo bem, dá para entender. Marquetingue, promoção de venda de assinaturas, tentativa de cativar um futuro leitor, blá, blá, blá....

O que não dá para entender é: se Veja quer cativar a porra do leitor brasileiro, porque ela vem com um artigo como "A inteligência brasileira", de Diogo Mainardi? Como é que alguém pretende vender alguma coisa a um cliente chamando-o de burro? Fala sério.

O metalidade de Mainardi é que é muito pobre. Ele cultiva um certo tipo de racismo. Uma teoria nazi-mainardista que dá conta de que determinados povos possuem determinadas características superiores ou inferiores, sem considerar as condições históricas, econômicas, sociais, materiais e políticas em que vivem. Acho que ele quer que algum país dito superior, de preferência os Estados Unidos, domine o Brasil e transforme o país na nona maravilha do mundo, já que a oitava é ele mesmo: a maior imbecilidade viva do planeta.

Na verdade, eu sempre achei esse Diogo Mainardi meio doido. Agora acho que ele é doido por inteiro. Só fala merda. Outro dia ele disse que iria ficar sem tomar banho em protesto por alguma coisa. Pelo aumento da popularidade do Lula, suponho. O que ele disse sobre Santos Dumont nesse artigo é simplesmente estúpido. Mainardi é um pseudo-intelectual que jamais vai levantar vôo. É muito rasteiro.

No artigo, ele se esqueceu de relacionar outra invenção brasileira: guindaste para levantar Diogo. Veja que legal:

Claro que não vou assinar a revista Veja. Não só por causa do débil mainardi. Por muitos outros motivos. Por exemplo. Não tem o computador apreendido do Daniel Dantas? Então. Eles estão investigando o computador do Protógenes, que prendeu o bandido hahaha. E por aí vai. Revistazinha sem vergonha essa.

Kali.
Gostou, assine.


 

terça-feira, 3 de março de 2009

Ganância branda

A folha de são paulo deu de chamar a ditadura militar brasileira de "ditabranda". O que esperar de um jornal que cria neologismos como esse? Fala sério. A folha cresceu à sombra da ditadura militar. Picadura no * dos outros é maria-mole.

Aí vem Ferreira Gullar e publica o artigo "A ganância do bem" na mesma folha. Fala sério de novo.

Vejamos os arroubos do poeta, parágrafo por parágrafo.

Hoje em dia, quando os apressados falam do fim do capitalismo, eu, na minha condição de “especialista em ideias gerais” (Otto Lara Resende), lembro que isso dificilmente acontecerá pelo simples fato de que o capitalismo, ao contrário do socialismo, não foi inventado por ninguém.

Tudo o que não foi inventado por ninguém, não tem fim. O Feudalismo, por exemplo, que está aí até hoje, firme e forte.

Não praticaria a blasfêmia de afirmar que foi criado por Deus, conquanto há quem garanta que o foi pelo Diabo. Como sou pouco afeito a questões teológicas, prefiro acreditar que ele nasceu espontaneamente do processo econômico, ao longo do tempo. Costumo dizer que o capitalismo é quase como um fenômeno natural e, de fato, parece-me ter da natureza a vitalidade, a amoralidade e o esbanjamento perdulário, dizendo melhor: cria sem cessar e, com a mesma naturalidade, destrói o que criou.

Então. O capitalismo é quase um fenômeno natural. Não o é totalmente porque, ao contrário de todos os demais fenômenos naturais cujos ciclos de vida se fecham, o capitalismo não morrerá nunca, apesar de ter nascido e crescido como os demais.

Por exemplo, a natureza faz nascer milhões de seres e, de repente, inunda tudo e mata quase todos. Mas, ao fazê-lo, gera outras vidas. E parece dizer: “Que se danem”, como faz e diz o capitalismo, mantidas as devidas proporções.

A natureza, que é feita de milhões de vidas, se renova sempre após matá-las quase todas e gerar outros tipos de vida. Assim, quando substitui pacas, tatus e cotias por gado leiteiro, a natureza vai continuar sempre se renovando. Da mesma forma quando se substituem milhões de árvores silvestres por eucaliptos ou pasto. Igualzinho ao Capitalismo que, quando destrói empregos e cria outros, não na mesma proporção, renova-se e se fortalece, ainda que o número de pobres desempregados seja cada vez maior. Um pobre transformado em um bilhão de pobres é renovação e vitalidade. Tá bom, Ferreira Gullar!

Já o socialismo foi inventado pelos homens, para corrigir o capitalismo, para introduzir nele a justiça. Os inventores do socialismo, em face da ferocidade do capitalismo nascente, em meados do século 19, sonharam com uma sociedade em que todos teriam os mesmos direitos e as mesmas oportunidades. Entendiam que a chamada democracia burguesa era, na verdade, uma ditadura da burguesia e que deveria ser substituída pela ditadura do proletariado.

Como o socialismo foi inventado por seres humanos, tinha que morrer. Ao contrário do capitalismo, que é eterno porque não foi inventado por ninguém nem governado por nenhuma classe social. Embora terá, um dia, de continuar seu rumo sem o dinheiro, pois este, como todos sabem, foi inventado pelo ser humano e, pela teoria gullariana, uma hora também vai morrer, como o socialismo. Além disso, a ferocidade do capitalismo decadente do século XXI não dá margem a mais nenhum sonho, ao contrário de sua ferocidade no século XIX. E o socialismo, que, segundo os que o postularam, constitui-se numa sociedade sem classes, será governada pela classe do proletariado. Segundo Ferreria Gullar, que não inventou a deturpação das idéias nem a ignorância sobre determinado tema, a ditadura do proletariado não é uma transição para o socialismo, mas o próprio socialismo.

Seria esta uma ditadura justa porque exercida, não pelos que usufruem do trabalho alheio e, sim, pelos que trabalham e produzem a riqueza da sociedade. O resultado final dessa revolução seria a criação da sociedade sem classes. É verdade que ninguém nunca soube o que seria essa sociedade e nem Karl Marx, o seu inventor, chegou a defini-la.

De fato. Como um inventor pode definir o próprio invento? Como Charles Darwin poderia entender a Teoria da Evolução das Espécies e Einsten, a Teoria da Relatividade? Se fôssemos exigir que alguém defina o que inventou, como seria possível as crianças inventarem tantas coisas se nunca têm a menor noção do que inventam? (Na verdade, Marx chegou ao socialismo como síntese da antítese do capitalismo, mais precisamente da barbárie capitalista, que não tem nada de poética e de construtiva ou de renovadora, ao contrário do que afirma Ferreira Gullar. Marx desembocou no socialismo porque estudou e entendeu mais do que qualquer outra pessoa as engregagens e o funcionamento do capitalismo, deduzindo seu fim. Ferreira Gullar acha que o capitalismo é eterno porque na verdade não entende porra nenhuma desse sistema econômico).

Como se sabe, na segunda década do século 20, a revolução socialista deixou de ser mero sonho para se tornar realidade, assustando os capitalistas e levando-os a atender muitas das reivindicações dos trabalhadores. Quatro décadas depois, boa parte da Europa e da Ásia vivia sob regime socialista. No entanto, antes que o século terminasse, o socialismo real desmoronou, para o espanto, sobretudo, das pessoas que nele viam o futuro da humanidade.

Se os capitalistas, assustados, atendenderam as reivindicações dos trabalhadores, é porque governam o capitalismo, que não é governado por ninguém, conforme dito logo acima e repetido logo mais abaixo. Fala sério, Gullar.

Ao contrário do que muitos temiam, não foram os exércitos capitalistas que o derrotaram, não foram foguetes norte-americanos com bombas nucleares que deram fim ao poder do Kremlin. Não, na verdade, ele foi liquidado por uma espécie de colapso interno fulminante, que não foi militar, mas econômico. O socialismo perdeu a disputa econômica com o capitalismo.

Para quem não entendeu, a disputa econômica com o capitalismo constitui-se, na verdade, num colapso interno fulminante. Realmente incompreensível.

Em visita à Ucrânia, em 1972, ouvi um dirigente do partido comunista ucraniano dizer que tudo o que aquela república soviética produzia se devia à ação do partido, o verdadeiro motor de sua economia. Pois essa afirmação talvez explique o fracasso do socialismo: como poderia meia dúzia de burocratas fazer funcionar a economia de um país?

Isto é, o fracasso do socialismo, causado por um colapso interno fulminante e pela disputa econômica com o capitalismo, foi causado por meia dúzia de burocratas. Decida-se, Gullar!

E explica também por que o capitalismo não morre e por que não foi preciso inventá-lo: vive da ambição de cada um, da iniciativa de cada pessoa que quer melhorar de vida, produzir, vender, comprar, revender, lucrar, enriquecer, sem que ninguém a obrigue a isso, muito pelo contrário.

Mesmo que um número cada vez maior de pessoas só tenha piorado de vida, nem tenha nada para vender, para comprar, para revender, para lucrar ou para se enriquecer. Mas isso é apenas detalhe. Que se danem!

Em lugar de um comitê dirigente que determine o que deve ser feito, no capitalismo milhões fazem o que conseguem fazer, atendendo às necessidades do possível comprador, no afã de ganhar dinheiro. Isso explica a vitalidade do regime e, ao mesmo tempo, muitas vezes, o vale-tudo para alcançar o lucro máximo.

Ou seja, no capitalismo, o vale-tudo para alcançar o lucro máximo, o que inclui fraude nos produtos, adulteração nas mercadorias, nos alimentos, nos remédios, nos pesos e medidas, significa, claro, atender às necessidades do possível comprador.

O planejamento socialista, se evitava o desperdício, inibia a produção, o que resultava em outro tipo de desperdício, sendo o maior de todos, o dos talentos empreendedores que não encontravam campo para se realizar. Uma visão equivocada do capitalismo ignorava o papel fundamental do empresário, cujo investimento em ideias e dinheiro gera empregos e riqueza.

Embora esses talentos empreendedores e essa geração eterna de empregos e riqueza produza cada vez mais desemprego e pobreza, isso é mero detalhe. Que se danem!

Se o socialismo nasceu do que há de melhor no ser humano -o senso de justiça e a fraternidade-, o capitalismo, se não surgiu do que há de pior em nós, é, não obstante, a cada momento, movido por ele, ou seja, pela ganância sem limites e sem escrúpulos. No entanto, essa ganância é que o faz gerador de riqueza.

A ganância sem limites e sem escrúpulos de todos é que gera a riqueza, veja só. E o socialismo não deu certo porque era só uma meia dúzia que agia assim. Fala sério.

Admitindo-se como verdade que o capitalismo não morrerá - mesmo porque as crises, em vez de matá-lo, o renovam -, a solução é encontrar um meio de torná-lo bom, incutindo-lhe a “ganância do bem”. Isso, bem entendido, se o Diabo deixar.

A ganância sem limites e sem escrúpulos é que faz o capitalismo gerar emprego e riqueza. Então. Mas isso não é bom. Bom vai ser se for adotada uma "ganância do bem". Então. Se não deu certo incutir no capitalismo o senso de justiça, incutir nele a "ganância do bem" vai dar, com certeza. Agora vai! Tá bom, Ferreira, tá bom!

Kali.
Gostou, assine.



 

 

Não falo de mim,
mas do mundo,
bem mais importante
e interessante.
Quiçá, mais bonito :Þ

Creative Commons License

Blog Kálido, escrito por kali, é licenciado sob as seguintes condições:
Creative Commons:
Uso Não-Comercial-Vedada a Criação de Obras Derivadas
2.5 Brasil License
.

 



Clique
nos cartões abaixo
para ver os diálogos.

imagens:
Kim Anderson
textos: kali