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quarta-feira, 29 de setembro de 2004

OPS!

Desculpem nossa falha, mas na dica do post anterior, o comando que vocês devem "habilitar" e não "desabilitar" é Desativar depuração de script. Estamos conversados?

Kali.
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terça-feira, 28 de setembro de 2004

Um agradecimento, um aviso e um poema

Às almas bondosas que me dão a alegria de visitarem este singelo blog quero dizer que vocês têm sido extremamtente generosos comigo nos comentários e elogios que deixam aqui. Sinceramente, não sei como como agradecer, mas quero dizer que isso só me motiva e me gratifica muito, demais, mesmo sabendo que muitos desses elogios são imerecidos, de tão alto que me colocam. Puxa, obrigado! Não encontro teclas pra agradecer.

A quem interessar possa: faz muito tempo - desde que eu criei esse blog, há quase dois anos - que não freqüento chats, não uso ICQ, nem MSN (esses dois últimos, usei tão raramente nesse tempo todo que pode ser desconsiderado). Meu principal meio de comunicão com o mundo virtual é mesmo este blog com o sistema de comentários, e por e-mail, uma vez ou outra (kcali@bol.com.br). Portanto, se você conversa ou troca figurinhas com algum kali por aí, pensando ela seja eu, lamento desapontá-lo(a), mas é quase certo que não seja. Espero ao menos que seja alguém mais interessante que eu :).

É que eu recebi um email elogiando o blog e a mim, dizendo que adorou ter conversado comigo. Não fui eu, não.

Estamos conversados? :Þ (essa lingüinha aí ­ você consegue digitando ALT+232).

Eu vi a letra da música Almanaque, do Chico, no Bavardage, e então me deu de fazer um poema. A música, como vocês devem saber, faz a pergunta Pra onde vai o meu amor, quando o amor acaba?. Então eu dou uma de tentar responder. Claro que não consigo, mas, mesmo assim, espero que gostem. Ah, por falar em Bavardage, a dona dele, Fernanda, escreve como a gente (tirando os asmáticos) respira. Naturalmente. Penso que será uma grande escritora, pra não dizer que já é.

O AMOR QUE MORRE por kali

Para onde vai o amor que morre?

Talvez venha a ser tragado
pela terra seca sob os pés
de alguém que chore
quando sobre ela cai
o amor mortificado
sob a forma de lágrima incontida,
de um olho molhado escorre.

Ou talvez, quem sabe,
desapareça o amor que morre
nas entranhas de alguém que nem mais chore
se de tantas lágrimas vertidas
viveu um amor que,
em foma de uma lágrima contida,
agora morre.

Simplezim, mas bunitim, não?

Ah!, uma dica: Se toda vez que você entra num ou outro site e aparece uma mensagem de "erro de sintaxe", perguntando se você quer depurá-lo ou não, vá em Ferramentas>opções da internet>avançadas>navegação>exibir notificação sobre cada erro de script e desabilite este último comando (isso tudo no Internet Explorer). Prontinho.

Kali.
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quarta-feira, 22 de setembro de 2004

Um desenho

Acontece que neste fim-de-semana eu vi o DVD de Peter Pan (o filme, não o desenho). Então peguei-o e o levei para casa para assistir, pois ele estava na prateleira da locadora quando o vi :Þ. Muito bem feito, mas continuo preferindo o desenho, de Walt Disney. Já falei aqui sobre esse filme num post. E talvez ela nem se lembre, mas uma vez disse para Adriana sobre uns aspectos da história de Peter Pan e que iria postar novamente. No post, eu dizia mais ou menos isso:

Interessante a forma sensual com que esse desenho retrata o universo da adolescência. Aliás, o filme é todo voltado para essa fase da vida humana. O processo da transformação física e emocional do corpo é brilhantemente retratado através da fada Sininho. Quatro cenas chamam a atenção pela beleza, candura e magia com que isso foi retratado.

1. A fada sininho andando sobre o espelho da Wendy e percebendo suas coxas grossas. Impagável. A cena começa assim:

2. A fada sininho ficando presa no buraco da fechadura da gaveta justamente pelos quadris, realçando a transformação física que sofreu. O tronco passa, mas a bunda, não. Também não tem preço.

3. Mordida de ciúmes, a fada sininho faz marolas nas águas do Rio Tâmisa, impedindo que Wendy veja sua imagem refletida nele. A diputa adolescente pela beleza ("sou mais bonita que você!");

4. Fervendo de ciúmes ao ver Peter Pan salvando a vida de Wendy, a fada sininho queima uma folha de árvore ao passar por ela. Genial.

O crocodilo dá um show à parte.

Assistam, crianças, Peter Pan! É legal.

Outras passagens que marcam o enfoque do filme sobre a transição da infância para puberdade: O pai de Wendy lhe dizendo que ela já deve dormir sozinha, separada dos irmãos João e Miguel; Na Terra do Nunca, o interesse de João e Miguel é despertado pelos índios enquanto o de Wendy é pelas sereias. Ora, os índios são bravos e guerreiros e as sereias o um símbolo perfeito da sedução feminina. Aliás, o banho que as sereias dão em Wendy é como se fosse um rito de passagem da fase infantil para a adulta, que o filme trata o tempo todo; Outra: o ciúmes, agora de Wendy, da índiazinha que se assanha para cima de Peter Pan. ...E por aí vai.

Uma dica: se você domina o inglês, assista o desenho em português mesmo, pois a versão é muito boa ;Þ

Kali.
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segunda-feira, 20 de setembro de 2004

Uma lição

Acontece que eu gosto muito de jogar futebol e sempre falo isso. Pois é. Mas acontece que eu estava muito tempo afastado do futebol de campo, pois há mais de um ano, quase dois, a brisa marinha comprou meu passe e resolvi jogar futebol de areia. Tirando a falta de grama, o pé afundando no campo e o esforço em dose dupla, o resto é tudo igual: você tem que jogar uma bola de couro cheia de ar para dentro de dois paus fincados em pé e um atravessado. Mas não é fácil. Tem sempre um cara lá embaixo daqueles paus tentando evitar que a bola entre, o desgraçado do goleiro.

Acontece então que sábado, depois de muito tempo, eu voltei para o futebol de campo (claro que não vou deixar o futebol de areia da praia da Costa, que eu não sou trouxa). Muito legal rever os amigos, felizes com a minha volta.

Mas acontece que aconteceu uma coisa muito docemente acontecida nesse meu retorno aos gramados do Tupy. Eu estava aguardando minha vez de entrar em campo e lá estava o garoto que sempre vai ao campo brincar e quem eu sempre pegava pelas mãos para girá-lo, porque uma vez eu inventei de fazer isso com ele, ele gostou e sempre me pedia para fazer, ("Me roda? Me roda?", era assim que ele sempre falava quando que me via, largando tudo o que estava fazendo, fosse o que fosse) e eu sempre o atendia. Era o Rafael, um garoto com uns seis anos, ruivo, cheio de sardas e muito atentado. Apronta pra cacete lá no campo, mas me dou bem com ele.

Quando ele me viu, ele olhou para mim meio ressabiado e me perguntou:

- Eu te conheço de algum lugar?

Claro que me conhecia, mas me fingi de besta (o que pra mim não é muito difícil). Fazia muito tempo que eu não aparecia por lá e era natural que não se lembrasse totalmente de mim. Apenas lembranças vagas, como são vagas as mentes das crianças.

- "Não sei", respondi.

Eu sabia que, se o pegasse para rodopiá-lo em torno de mim, como sempre fazia, ele se lembraria na mesma hora!

Deixei-o brincando mais um pouco e aí fui até onde ele estava e perguntei:

- Vamos rodar?

Ele ficou sem entender:

- Rodar como?

Aí eu falei:

- Me dá suas mãos!

Naquele exato momento, ele abriu um sorriso naquela cara cheia de sardas e falou:

- Agora já sei quem você é!!!

Aí rodopiei até ele ficar tonto, pra deixar de ser besta ;)

MORAL DA HISTÓRIA: Com esse fato, aprendi uma lição muito importante que pode servir para a vida: as pessoas, mais do que pela imagem de nossas feições que elas guardam na memória, elas se lembram de nós pelos fatos ocorridos, pelas atitudes, pela relação que foi estabelecida.

Portanto, meu caro leitor, minha cara leitora, se você tem uma pessoa de quem você gosta muito, por favor não se esqueça de pegá-la de vez em quando pelas mãos e rodopiá-la no ar. Ela nunca vai te esquecer. Never.

PS: E o desenho lá em cima ficou legal? Eu que fiz, gostou? ("Foi você ou o Rafael? Fala sério, Kali!")

Kali.
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sexta-feira, 17 de setembro de 2004

Um poema vivo

Esse meu nome Kali (na verdade, apelido) não tem nada a ver com a deusa indiana da morte. Não cultuo a morte. A única reverência que lhe faço é a respeitosa distância que procuro manter em relação a ela. Mas uma vez fiz um poema sobre a morte. Quem me acompanha há mais tempo já o conhece. Me comovi ao fazê-lo. Sei que pedir que gostem é pedir muito, mas acho que não ficou assim tão macabro. Mesmo porque ele não fala exatamente da morte que chega, mas da vida que vai. Penso que ficou legal, bem lírico. Para ler com calma, em paz.

PARTIDA

Por que partes tão breve, vida leve?

Vida inquieta,
Por que foges tão desperta
Do peito de um pálido poeta?

Custa estar um pouco mais
Neste porto a que um dia chegaste
Tão nova, tão meiga
E em meio a tanta paz?

Bem sei. Descobriste como é grande o mar
E te agitas para deixar o cais.

Ah, vida inquieta,
Partes tão ansiosa!
E como sempre descuidada,
Nesse teu jeito criança,
Sem juízo, estabanada,
Que deixas para trás,
Nesse tênue desenlace,
Tua jóia mais valiosa
Teu brilhante mais vibrante:
Uma lágrima em minha face.

Ainda posso vê-la
Antes que a vista se embace.

Pois que vás, vida bela.
Segue teu vôo de flecha.
Obrigado pelo encanto, pela festa
E perdão por não te acenar
Com o espalmar de uma mão aberta.

Mas acredite, minha vida,
De mim já desconexa,
Mágoa não existe
Na palma desta mão que se fecha.

Kali.
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terça-feira, 14 de setembro de 2004

Notícias da Carochinha

Pra vocês, uma figurinha clicável básica, só para não perder o hábito de colocar palavras na boca de crianças.

Na verdade, acho isso me veio à cabeça por causa de um email que recebi. Até engraçadim:

Versões atuais para a História da Chapeuzinho Vermelho:

Como seria divulgada a história da Chapeuzinho Vermelho nas manchetes das principais revistas e jornais de hoje:

Revista CLAUDIA: "Como chegar na casa da vovozinha sem se deixar enganar pelos lobos no caminho."

Revista NOVA: "Dez maneiras de levar um lobo à loucura na cama."

MARIE-CLAIRE: "Na cama com um lobo e minha avó", relato de quem passou por essa experiência."

VEJA: "... fulano de tal, 23, o lenhador que retirou Chapeuzinho da barriga do lobo tem sido considerado um herói na região. ''O lobo estava dormindo, acho que não foi tão perigoso assim', admite."

FANTÁSTICO - Glória Maria: "... que gracinha, gente, vocês não vão acreditar, mas essa menina linda aqui foi retirada viva da barriga de um lobo, não é mesmo...?."

JORNAL NACIONAL - Willian Bonner: "Boa noite. Uma menina de 7 anos foi devorada por um lobo na noite de ontem"; Fátima Bernardes: "Mas graças à atuação de um caçador não houve uma tragédia".

CIDADE ALERTA - Luis Datena: "...onde é que a gente vai parar, cadê as autoridades? Cadê as autoridades? A menina ia para a casa da vózinha. Não tem transporte público! Não tem transporte público! E foi devorada viva. Um lobo, um lobo safado. Põe na tela, primo! Porque eu falo mesmo, não tenho medo de lobo, não tenho medo de lobo não. Chama o Águia Dourada! Cadê o Águia Dourada! Fala, Águia Dourada!"

JORNAL DO BRASIL: "Floresta: Garota é atacada por lobo" [na matéria, a gente não fica sabendo onde, nem quando, nem mais detalhes].

O GLOBO: "Retirada Viva da Barriga de um Lobo" [na matéria, terá até mapa da região. O salvamento é mais importante que o ataque].

FOLHA DE S. PAULO: Legenda da foto: "Chapeuzinho, à direita, aperta a mão de seu salvador" [na matéria, teremos um box com um zoólogo explicando os hábitos alimentares dos lobos e um imenso infográfico mostrando como Chapeuzinho foi devorada e depois salva pelo lenhador.

O ESTADO DE S. PAULO: "Lobo que devorou Chapeuzinho seria afiliado ao PT.

NOTÍCIAS POPULARES: "Sangue e tragédia na casa da vovó.

CAPRICHO: "Esse Lobo é um Gato!"

PLAYBOY [Ensaio fotográfico com Chapeuzinho no mês do escândalo]: "Veja o que só o lobo viu.

SEXY [Ensaio fotográfico com Chapeuzinho um ano depois do escândalo]: "Essa garota matou um lobo!"

CARAS [Ensaio fotográfico idem]: "Na banheira de hidromassagem na cabana da avozinha, em Campos de Jordão, Chapeuzinho reflete sobre os acontecimentos: ''até ser devorada, eu não dava valor para muitas coisas da vida, hoje sou outra pessoa", admite.

Isto É: "Gravações revelam que lobo foi assessor do Governo Lula".

G Magazine [ensaio fotográfico com lenhador]: "Lenhador mostra o machado".

Aí eu acrescento mais duas manchetes por minha conta:

Jornal da Record - Boris Casoy [comentando]: "Um lobo comer uma Chapeuzinho Vermelho à luz do dia, nas barbas da Justiça! Enquanto não unificarem as Polícias Civil e Militar isso não vai acabar! O Lobo chega onde o Estado não consegue chegar. E o PT e a prefeita Marta Suplicy diziam que iriam acabar com tudo isso. É uma vergonha!"

Programa do Ratinho: "Depois vem juiz aqui encher o saco procurando o Ratinho. VÃO PROCURAR O LOBO!! Se fosse uma CHAPEUZINHO DE TOGA já teriam achado o safado há muito tempo.HÁ MUITO TEMPO!!! Óqui proceis! VAI, SOMBRA, DESGRAÇADO!!"

Legal o post, né? :Þ (Desculpem, é que não tava inspirado. Apenas sigo meu lema: "É melhor um post que não presta do que uma peste que não posta")

Kali.
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quarta-feira, 8 de setembro de 2004

A rodinha do mouse, propaganda de vodca e poemas

Um post que daria para a semana inteira, acho. Antes, um comentário.

Bush e Putin são dois putões, não são?

Claro que são.

Combatem o terror com o horror.

Mas vamos aos assuntos de pauta.

Por acaso, seu mouse é daqueles que têm uma rodinha na parte superior? Parabéns.

Se você apertar a tecla CTRL enquanto movimenta a rodinha para frente ou para trás, as letras da página da Internet que você está vendo aumentam ou diminuem de tamanho. Já sabia disso? Bom, eu não sabia. Experimenta.

Falando em "experimenta", a impressão que tenho é que as propagandas de cerveja - incluindo todas - são feitas por imbecis, dirigidas para mentes de bêbados. E dão certo, claro, pois cérebro de bêbado não tem dono mesmo. Uma mais idiota que a outra. O pior é que são reputadas como "geniais". Fala sério. Estou até pensando em parar de beber cerveja, tamanha a impressão de "débil mental" que assola o meu ser a cada golada e a cada comercial de cerveja. Essa do "Nã, nã, nã, nã!" então... pelo amor de Deus. E os caras ganham fortunas com essas idiotices, sem falar do rótulo de "gênios" que ganham da mídia nacional. Puta que pariu. Muito picaretas pro meu gosto.

Geniais mesmo foram as propagandas da vodka Smirnoff, aquelas que mudavam a imagen de fundo quando a garrafa passava por ela, deixando transparecer o efeito potencial da bebida russa de revelar a verdadeira personalidade da pessoa e das coisas. E que transformação! Da inocência à malícia, da ingenuidade à astúcia, do inofensivo ao pernicioso, do angelical ao profano, do pueril ao sedutor. Muito legal. Vocês já devem conhecer, mas trago aqui, só pra conferir. Tenho minha crítica em relação a uma ou outra, como a do tiro no pato. Mas não deixam de ter muita criatividade por trás disso. Show de bola (se passássemos uma garra dessas na frente de Bush e de Putin, veríamos dois lobos.. ou vampiros, sei lá! :) Já havia colocado aqui uma vez, mas repetir nunca é demais. Muito legal. Espero que gostem como eu gostei.

Ah, em português, vodka se escreve vodca, combinado?

Outra coisa: não estou fazendo propaganda nem da marca, nem da bebida que de vez em quando tomo. Portanto, crianças, se forem beber, bebam com moderação, tá? rsrs :)

A maioria são muito boas, mas a do jacaré, do tubarão no jogo de sinuca e a do sapato da mulher que vira zebra enquanto a da outra vira onça são impagáveis! A da planta carnívora e a do Cristo Redentor matando a bola no peito também são demais. Todas são muito bem boladas. Parabéns a esses artistas! É só clicar nas imagens para ver de perto. Bom proveito (me digam de qual mais gostaram).



Agora, poemas:

RAPTO E TORTURA

Quis saber dos seus segredos,
Suas ousadias, seus medos,
Suas dores e brinquedos.
Não, não pude.
Sem você se despir, não há quem te desnude.
Mas fiquei à espreita, sem mágoa,
Como água rala
Junto à grossa parede do açude.

Até que um dia abriu-se uma comporta:
O seu quarto escondido atrás daquela porta.
Seus livros, seus bichos de pelúcia,
Sua individualidade viva, sua natureza morta.

Visita rápida, formal,
Como o acorde que deixei em seu violão
Meio, sei lá, bemol.
Nem deu para ver direito
Aquele bichinho estranho
No vidrinho de formol.

Mas foi bastante, ainda que fosse pouco.
Era tudo o que precisava
Meu grito que te buscava
E que já se fazia rouco.
Só um dia depois é que você deu falta
Da pelúcia que mais gostava.

Seu ursinho mais quieto,
Seu bichinho mais mudo.
Sob a promessa de devolvê-lo
Aos braços cálidos que sempre o envolveram,
Não se conteve e de ti contou-me tudo.

RISCO DE GIZ

Sempre te quis, flor-de-lis.
O quadro ainda era negro
E meu nome ainda era de giz,
E você o riscou em diagonal
Como riscaram seu corpo
Com uma faixa de miss.

Agora você vem e me diz
"Vem, me faça feliz!"
Quero-te risonha, flor-de-lis,
Pois teu riso tem meu riso como bis,
Ele é eco do teu riso quando ris.

Mas só poderei te fazer feliz, minha petiz
Se me mostrares como se apaga um risco
Sem apagar o nome que embaixo eu fiz.

FUGA LOUCA

Fugir sempre de todo comodismo,
Me libertar desse tosco laço,
Em fuga louca, a longo passo,
Que só me leve a me acomodar
No comodismo do teu abraço.

Simplizim, mas aconchegante, não?

Por último, um só para relaxar.

POEMA DO AMOR CRESCENTE

- Se tu fosses minha,
O mar seria uma poça
E a Terra, uma bolinha.

- Tudo ficaria mesmo pequeno assim,
Meu amiguim,
Apenas por te dar o amor que há em mim?

- Não confunda
Alhos com bugalhos.
Não vês, carta fora do meu baralho,
Que eu é que me sentiria
Grande pra caralho?!

Por fim, queria dizer outra coisa nesse looooongo post:

Ás vezes tenho dúvida se realmente devo votar nulo nas eleições. Aí assisto o horário eleitoral gratuito do começo ao fim, pra ter certeza.

Abraços e beijos. Sempre cálidos.

Kali.
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quinta-feira, 2 de setembro de 2004

Poemas e dobradinhas


Para fazer um cachorrinho de papel igualzinho a esse aí, clique no rabo dele
(pode clicar no focinho também, mas com cuidado)

Deixei num comentário por aí esse poema que fiz já algum tempo:

CÃO QUISTADOR.

Um homem tinha um cão,
Mas um dia o cão se foi.
Engraçado quando um cão some:
O homem que tinha um cão
Descobre que o cão é que tinha um homem.

Já conheciam? Legalzim, não? Bacanino, digamos assim :)

 

Aviãozinho

Essa imagem aí tem um link para uma página que ensina a fazer o aviãozinho de papel recordista mundial de permanência no ar.

 

Coisas de Deus

Eu sei que já publiquei aqui, nas gosto muito desses dois poemas que fiz. Acho-os - rsrs - DIVINOS! ;)

O PRESENTE DE DEUS

O futuro a Deus pertence
E quando o futuro chega,
Ele o entrega pra gente,
Assim, displicente:

"Toma, demente!
Era meu esse futuro,
Agora é seu este presente!"

FUTEGOD

Deus fez o mundo
Em forma de bola.

Qualquer dia
Ele mete o pé.

Kali.
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Não falo de mim,
mas do mundo,
bem mais importante
e interessante.
Quiçá, mais bonito :Þ

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textos: kali