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quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Nem tudo

O garimpeiro:
Nem tudo que reluz é ouro.

O vaqueiro:
Nem tudo do zebu é couro.

A vaca:
Nem tudo que me seduz é touro.

O negão:
Nem tudo que seduz é louro.

O etnólogo:
Nem todo andaluz é mouro.

O estilista:
Nem todo capuz é gorro.

O condutor:
Nem tudo o que conduz é Volvo.

O repositor de supermercado:
Nem tudo o que eu repus é novo.

A galinha:
Nem tudo o que eu pus é ovo.

A serpente:
Nem tudo a que se dá à luz é fofo.

O político:
Nem tudo se introduz no povo.

O médico:
Nem tudo no SUS é choro.

O bioquímico:
Nem tudo na Fiocruz é soro.

O vidente:
Nem tudo o que se deduz é agouro.

O parlamentar:
Nem tudo se reduz ao decoro.

A prostituta:
Nem tudo à meia-luz é namoro.

O tratante:
Nem tudo o que propus é duradouro.

O advogado:
Nem a tudo se faz jus no foro.

A backvocal:
Nem tudo o que faz úús é coro.

Madonna:
Nem todo Jesus eu louvo.

Jussara Simões:
Tudo o que se traduz é novo.

Kali.
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segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

O caso Sean Goldman e a Justiça, a classe média e a mídia brasileiras


Imagem: Anjos Guerreiros

1. A Justiça.

Nas faculdades de Direito da nossa pátria amada Brasil se ensina que a finalidade da Justiça é dar fim aos conflitos. Mas não é bem assim que acontece com a Justiça brasileira. A Justiça brasileira se presta para outra coisa bem oposta: prolongar, estender, esticar, ampliar, acirrar os conflitos e as tragédias postas à sua mesa.

Vejam o caso do menino Sean Goldman, bastante ilustrativo.

Subtração de menor. Bastante simples de resolver. Aplicar de boa vontade as leis nacionais e os tratados internacionais assinados pelo Brasil, devolver a criança ao pai, punir os raptores e fim de papo.

Nada disso aconteceu. Aconteceu o que sempre acontece no Brasil. Como sempre, o Judiciário pátrio demorou para decidir, mais de cinco anos, para não ser exato. E só decidiu por pressão, que veio a cavalo, de jatinho, do Congresso Americano, que suspendeu a votação de um projeto de isenção fiscal para 131 países, Brasil no meio por causa da indecisão da nossa Justiça. Por causa de um guri, o Brasil iria perder uma bocada. Aí, o soberano ministro Gilmar Mendes tomou a decisão que deveria ter sido tomada lá atrás. Para um país poder ter soberania é preciso ter soberania de poder. Não tem. Bendita pressão. Não fosse ela, chegaria a hora de o menino servir o exército e a coisa ainda não estaria por ser decidida, podem acreditar.

Porque na Justiça brasileira tudo é provisório, tudo é incerto, inconsistente, inconstante, nada se decide. Tudo à base de liminares, de decisões precárias, punheta jurídica sem fim. Nesse caso, nem foi o excesso de processos ou a falta de juízes e de servidores que reinam eternos no Poder Judiciário, mas o fato de os delinquentes serem da classe média alta e terem boa relação com a Justiça. Fossem pobres, o pau já tinha comido na cabeça deles há muito tempo e a coisa já resolvida, pois a Justiça brasileira não perde tempo com insignificâncias. Ela tem classe. A bicha é bem classuda, não sabia?

Reparem que o motivo da concessão de liminar do Ministro Marco Aurélio suspendendo a decisão do STF foi criado pela própria Justiça: os laços afetivos entre a criança raptada e seus raptores , para serem consolidados, precisavam apenas do tempo que a própria Justiça concedeu, pela própria inoperância e pela influência dos interessados. Agora tudo ficou claro. Justiça brasileira, vergonha para a Terra inteira.

E digo mais: tem autoridade não quem impõe a verdade, mas quem a diz. Falei?

Mais uma pergunta. Cadê o Ministério Público para acusar os raptores do menor?

2. A classe média

O caso mostrou também o caráter da classe média/alta brasileira, que gosta de levar vantagem em tudo, certo? Só esqueceu-se de que no mundo há outras classes médias, às vezes mais poderosas. A família da mãe do guri (e a própria mãe, antes de morrer) achavam que podiam ficar com um garoto americano com pai vivo sem a concordância paterna e que tudo iria terminar assim, com o apoio de uma Justiça inoperante e desacreditada.

Pior. Em vez de manter uma relação fraterna e amigável com o pai, preferiram o método mais mesquinho da rapinagem e de escamoteação. Típico da classe média brasileira. Querer o melhor pedaço do bolo, a auto-satisfação e que se fodam os outros, principalmente se os outros forem estrangeiros. Argentinos, então, nem gente são. Agora têm que se contentar em viajar para os States se quiserem ver o guri, se o pai, com muita razão, não quiser trazê-lo pra cá. Se lascaram legal.

Mas seria demais exigir de uma família da classe média brasileira que visse num semelhante estrangeiro uma complementação e uma possibilidade de realização humana em torno, por exemplo, de formação e educação de uma criança através de uma convivência harmoniosa. Impossível. Não pela barreira geográfica ou cultura, totalmente superáveis nos dias de hoje. É que a mentalidade do pequeno-burguês brasileiro não consegue avançar ir 1 mm além do princípio burguês da "minha liberdade termina onde começa a do outro", em que o outro é sempre o limite de uma pessoa e não a possibilidade de seu complemento e de sua extensão como ser humano.

3. A Mídia nacional

E o que dizer da nossa cínica e cênica mídia nacional? Fala sério, William Bonner! Por que vossa senhoria trata o pai de Sean de "pai biológico" se ele não possui outro tipo de pai? Você é que tem pai biológico, pois tem um pai espiritual, Roberto Marinho, não? Por que o Jornal Nacional se vangloria por botar aquele efeito eletrônico que borra o rosto do guri e critica a imprensa americana por não fazê-lo, deixando à mostra a cara limpa de Sean? Qual o problema? O que o garoto fez de errado para ter seu semblante anuviado? É isso que é respeitar uma criança? Então, por que vocês jogaram todas as câmaras e jornalistas em cima daquela criança quando ele estava chegando ao Consulado Americano? Fala sério, imprensa brasileira!

E vê se param de transmitir esses diálogos piegas de amor filial/paternal/maternal. A batalha está perdida. Acordem.

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Kali.
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terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Campeonato brasileiro de 2009: Por que o Palmeiras se ferrou e o Flamengo levou

imagem: Noticias Populares

Assentada a poeira da festa rubro-negra, da porradaria coxa-branca e do monte de asneiras ditas e ouvidas, escritas e lidas, mostradas e vistas nas rádios, tevês, revistas e jornais nacionais, trago para vocês uma análise mais objetiva do Campeonato Brasileiro 2009.

Seguinte.

O Brasileirão deste ano não foi decidido exatamente no campo. Tampouco pelo time que ganhou. Foi decidido pelos que perderam, com a participação muito especial de uma figurinha bastante conhecida, Vanderlei Luxemburgo.

Vajamos.

7ª rodada, 19/06/2009. O técnico Muricy Ramalho é demitido do São Paulo. Nessa hora, o tricampeão São Paulo estava em 12º lugar, perdia para o Corínthians por 3 x 1 e não mostrava sinais de vida. Na rodada seguinte cairia para a 16ª posição.

6ª rodada, 27/06/2009, uma semana depois: Vanderlei Luxemburgo é demitido do Palmeiras com a desculpa do presidente troglodita do clube de que o técnico havia extrapolado suas funções de treinador. Na verdade, o Palmeiras estava apenas abrindo espaço para a contratação de Muricy, seu sonho de consumo. Naquele momento, o Verdão estava em 4º lugar, caindo para 5º no dia seguinte, sem o técnico Luxemburgo.

21/07/2009, véspera da 13ª rodada: Muricy Ramalho é contratado pelo Palmeiras. Três dias atrás, Luxemburgo era contratado pelo Santos.

Esses fatos tiveram um peso fundamental na disputa. A partir deles é que a coisa se desenha. Minha tese, pautada na vaidade dos homens e dos técnicos de futebol é a que segue, dois pontos.

Luxemburgo no Santos não tinha muitas chances de conquistar o título. O pior para ele não era isso. O pior era ver Muricy sagrar-se campeão brasileiro pela quarta vez consecutiva, e dirigindo o Palmeiras, seu ex-clube. Se Luxemburo e Muricy Ramalho dividem o título de melhor técnico do Brasil, esse resultado iria colocar definitivamente Ramalho no topo e passar Luxemburgo para trás.

Aí, o que aconteceu?

Impossibilitado de conquistar o título com um time mediano, Vanderley, estrategista que é, tratou de minar a possibilidade de o Palmeiras de fazê-lo. Foi assim que o Santos perdeu TODAS as partidas para os times que disputavam diretamente a liderança com o Palmeiras, desde a 23ª rodada, quando o Palmeiras ocupava o 1º lugar. A começar pelo Corínthians, 1x2, em 02/09/2209. Em seguida, 1x3 para o Atlético-MG, em 26/09/2009. Depois, 3x4 para o São Paulo, em 25/10/2009. A seguir, 1x3 para o Internacional, em 15/11/2009.

Mas a partida mais emblemática dessa sabotagem de Luxemburgo contra o Palmeiras de Muricy foi na partida do Santos contra o Flamengo, em 31/10/2009. Nesse dia, o Palmeiras ocupava o 1º lugar e o Flamengo chegou a ocupar o 2º duas rodadas atrás. Era um seríssimo concorrente do Verdão. Pois bem. Foi nesse jogo que o jogador Paulo Henrique Ganso perdeu dois pênaltis. O Flamengo saiu com a vitória de 1x0 e Luxemburgo saiu dizendo que, se houvesse um terceiro pênalti, era Ganso quem bateria, de novo. Bateria porque finalmente ele iria fazer o gol? Não! Exatamente porque iria perdê-lo novamente, combinado? Reparem especialmente na segunda cobrança, quando Ganso atrasa a bola para o goleiro Bruno.

O golpe de misericórdia de Luxemburgo contra o Palmeiras que o demitiu e contratou Muricy Ramalho foi a derrota para o Cruzeiro, na última rodada, em 05/12/2009, que tirou o Palmeiras da Libertadores.

No mais, o Flamengo foi se beneficiando do ambiente de rivalidade entre os times paulistas e gaúchos, com as vitórias caindo uma a uma no seu colo. Quando precisou mesmo vencer com suas próprias forças e qualidades, mostrou que não as tinha. Barueri e Goiás que o digam.

E quanto à postura do Grêmio de levar os reservas ao jogos contra o Flamengo na última rodada para fuder com o Internacional?

Ora, nada de anormal, a julgar pelo que dizem dos gaúchos por aí, de que nasceram para abrir as pernas e fuder um com outro.

Kali.
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segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Nome das coisas


Folha de Arruda.

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Não falo de mim,
mas do mundo,
bem mais importante
e interessante.
Quiçá, mais bonito :Þ

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