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sábado, 25 de abril de 2009

Homenagem kálida ao trabalhador, sob inspiração de uma foto da construção do Empire State Building, 1930.

Construção do Empire State Building

Ícaro
Kali

O operário tudo supera.
Constrói sem ter casa,
Planta sem ter terra.
Carrega o mundo sobre seus ombros
Mesmo sem ter sustentação
E alimenta a sociedade
ainda que lhe falte pão.

E quando menos se espera,
Voa sem ter asas,
Quando sob seus pés
Não existe mais chão.

Feliz Dia do Trabalho, meus camaradas!

Kali.
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terça-feira, 21 de abril de 2009

A crítica a Lula

Contra Lula, agora tem também esse blogue aí, o brogui do presidente:

 

 

Mesmo que você odeie Lula ou, como eu, vê nele, assim como em Obama, um aliado capitalizado pelas elites - ou elitizado pelo capital, como queira - não perca seu tempo. É lixo puro o site.

Impressiona como as classes média e alta do Brasil conseguem ficar bem abaixo da própria baixeza de Lula ao criticá-lo. Realmente impressiona. Diante das milhares de piadas, de caricaturas, de textos, de denúncias que a gente recebe todo dia dessa turma através de e-mail, blogs, twitter, jornais e todo tipo de mídia - tirando a gozação pura e simples - a impressão que fica mesmo é a de que, perto de tanta cretinice, Lula emerge como gênio. Esse blogue aí, por exemplo, é uma amostra grátis da estupidez de uma crítica que, se não faz aumentar a admiração popular a Lula, a mantém perfeitamente intacta. A coisa funciona assim: quando só há cretinice no maldizer, naturalmente você tende a preservar e até a sobrevalorizar aquele que sofre a crítica. Toda crítica, para ser válida deve estar acima do objeto criticado. É assim que a coisa funciona, meu camarada, não tem jeito.

Pois bem. Façamos então uma breve crítica dessa crítica, que pode servir para quase todas as críticas que vemos, lemos e ouvimos sobre Lula, nos bares, nos lares, nos mares, em todos os lugares, pois são quase todas do mesmo naipe de paus.

Primeiro: ela é carregada que é uma beleza de um asqueroso preconceito contra os trabalhadores, os sindicalistas, os analfabetos e os nordestinos! Meu amigo, nas eleições vencidas por Lula até as pedras sabiam que ele era sindicalista, analfabeto e nordestino. Ele não foi eleito "apesar disso", mas por "causa disso". Acorda, abestalhado! Lula foi eleito porque o povo em geral já estava de saco cheio de diplomados tipo Fernando Henrique, que, intelectual, só fazia burrada, paulista, fodia com a maioria dos brasileiros e, poliglota, vendia o país na língua do comprador.

Segundo: tal crítica é atônita, pois não consegue, por exemplo, compreender a popularidade de Lula nem a imunidade dessa popularidade contra os escândalos e as tolices que o presidente Luiz Ignorantácio da Silva fala todo dia, as quais, aliás, até fazem aumentar essa "incompreensível" popularidade. E jamais hão de entender enquanto não acordarem para o fato de que a esmagadora e esmagada maioria deste país é feita de pobres e marginalizados. Explico. Anotem aí os atrasados em economia política!: Lula tem popularidade alta por ter concretizado uma obra muito simples, porém gigantesca, realmente nunca antes feita na História deste país: colocar o salário mínimo em patamares nunca dantes navegados. A maioria dos habitantes desta pobre rica nação lhe serão eternamente gratos por isso, pode acreditar. Lula elevou o salário mínimo de U$60,00 para, neste exato momento, U$212,00. Um aumento de 250%. Tá bom para você? Enquanto isso, os críticos de Lula acham que é a bolsa família que lhe dá sustentação eleitoral e política. Vão pensando! É gente assalariada e dinâmica que banca Lula, não gente prostrada e que vive de esmola. Acorda, otário!

Terceiro, ela é ressentida. Fica para morrer com a inserção e prestígio internacionais de Lula, sem falar na autonomia e independência mostrada pelo sapo barbudo diante dos outros líderes nacionais. Quanta diferença entre a postura internacional dos presidentes anteriores - como a de FHC na OEA na época do ataque às Torres Gêmeas e ao Pentágono, quando submeteu o Brasil a todas às veleidades dos Estados Unidos - e a de Lula, como na recente cúpula das Américas: "eu gosto de respeitar todo mundo e acho bom que as pessoas nos respeitem"; Esse pessoal fica para morrer vendo Lula sentando ao lado da rainha da Inglaterra, sem saber que Lula sentou perto de Sua Magestade por questão protocolar, por ser o mais velho daqueles líderes, mas nem se lembra que Fernando Henrique Cardoso invadiu os aposentos de Sua Magestade, veja só.

Quarto, essa crítica é extremamente reacionária e provinciana. As elites cucarachas brasileñas odeiam Chaves, Fidel, Evo Morales tanto quanto abominam o bom relacionamento que Lula mantém com esses líderes. Por quê? Será que elas querem mesmo defender o povo cubano, o povo venezuelano e o povo boliviano de injustiças e das opressões? Fala sério, libertadores da América! Como, se instigaram Lula a invadir a Bolívia por causa da nacionalização das refinarias da Petrobrás? Se gostassem mesmo de povo estrangeiro, esses críticos de Lula demonstrariam, antes, algum tipo de afeição ao próprio povo brasileiro. No entanto, odeiam-no! ODEIAM-NO! Acham que estão acima dele, quando apenas estão "em cima dele". Na verdade, odeiam tudo o que lembra o povo. Não andam de ônibus nem debaixo de cacete.

Quinto, é uma crítica extremamente hipócrita e moralista. Não preciso ir longe para demonstrar isso. Aqui no Estado tem um político do PSDB, o Luiz Paulo Velloso Lucas, muito metido a inteligente e a besta, que adora dar lição de moral em Lula. Então. Ele também foi flagrado no escândalo das passagens aéreas. Pagou passagem para a mulher Suely Chieppe a Paris com o nosso dinheiro. Logo ela, que é das famílias mais ricas do Estado, herdeira da Viação Águia Branca. Tem condições financeiras - mas não morais, pelo visto - de não apenas pagar as passagens mas de comprar o próprio avião que paris no Aeroporto de Parío, digo, que os pariu no Aeroporto de Paris.

Chega! Por aí vai...

Lula, vai ver se estou numa esquina de Brasília, vai!

Kali.
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quinta-feira, 16 de abril de 2009

O político desmatador, o político condescendente, o politico burro e o motoboy

Segura, que tem coisas que você só ouve aqui no blog kálido.

1. Pelo Colarinho

Fiquei uma arara com a resposta do governador de Santa Catarina sobre o projeto de desmatamento batizado de Código Estadual do Meio Ambiente (veja post logo abaixo), aprovado pela Assembléia Legislativa e sancionado por Sua insolência. Ele disse: "Nós temos que escolher. Nós queremos lavouras ou favelas?"

Nessa frase está encerrada toda a sem-vergonhice e a safadeza do político brasileiro. No caso, o infeliz governante de Santa Catarina usa os pobres para justificar a destruição da natureza e defender os interesses mesquinhos dos produtores rurais. Filho da mãe. Se desmatamento fosse sinônimo de lavoura e antônimo de favelas, não existiria um só mocambo no Brasil.

Não seria o hora de alguém do povo pegar o ilustre mandatário pelo que ele tem de mais limpo e branco que é o colarinho e dizer na cara de Sua Indecência:

OLHA AQUI, MEU CAMARADA! SE É O FATO DE VOSSA INCONSEQUÊNCIA TER AUTORIZADO O DESMATAMENTO DAS MARGENS DOS RIOS, NASCENTES E LAGOS QUE VAI DECRETAR O FIM DAS FAVELAS NESTE ESTADO, ENTÃO VOSSA INDECÊNCIA ESTÁ LIVRE PARA ORDENAR O DESMATAMENTO COMPLETO DE TODAS AS MATAS CILIARES DE SANTA CATARINA!

AGORA, SE DEPOIS DISSO, APARECER UM BARRACO SEQUER EM QUALQUER CIDADE DESTE ESTADO, VOSSA INDECÊNCIA TERÁ QUE REPLANTAR UMA A UMA TODAS AS ÁRVORES QUE MANDOU DERRUBAR, TÁ BOM ASSIM PARA VOSSA EXCRECÊNCIA?


artshopping

2. Política impostora

Leitor, deixe-me falar agora uma coisa que você não vai ouvir de nenhum economista, pois todos os economistas que você ouve são economistas do sistema, do tipo Míriam Leitão, que não entendem o que dizem ou não dizem o que entendem.

É o seguinte... anote aí, que não cai nem no vestibular e nem no Nem, digo, nem no Enem.

A redução de impostos que Lula e vários governantes mundo afora estão oferecendo por conta da crise não é a causa da redução dos preços das mercadoria alcançadas pela renúncia tributária.

Essas reduções de preços são tipicas de toda época de crise. Toda crise capitalista se reduz a: aumento de juros, queda de preços, excesso de produtos no mercado, redução do lucro e falências. Veja você que os preços dos produtos de setores não atingidos pelas concessões tributárias caem do mesmo jeito.

Por que então o governo reduz os impostos?

Para compensar a queda do lucro ou diminuir o prejuízo dos empresários, bobão! Ou você acha que o Estado burguês não iria ajudar os burgueses na crise? Fala sério. É a transferência dos prejuízos do setor privado para o setor público e o enfraquecimento do Estado quando o povo mais precisa dele.

3. O político burro e os motoboys

Agora fala brincando. Esse vídeo aí do personagem motoby Jackson Five que apareceu no Programa do Jô é impagável, mesmo com redução dos impostos. Pode ver que eu garanto diversão. Ri três dias sem parar. Coloquei aqui em homenagem à burrice dos deputados brasileiros que querem fazer uma lei proibindo os motoqueiros de circularem entre os carros. Os caras não são umas antas? apaputataquequepariu. Por que alguém iria comprar uma moto se não for para andar mais rápido no trânsito? Se eles são muito safados, são muito mais estúpidos ainda.

Não demora, eles enfiam esse projeto no rabo. De tão burros, ainda não descobriram que são paus mandados também da indústria motociclística, e não apenas da indústria automobilística.

Asssista! Genial!

Kali.
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A crise do crescimento e o crescimento da crise.

A crise segue firme, solene e insolente, não dando a menor bola aos economistas nem aos presidentes das repúblicas federativas do capitalismo, sejam os das centrais, como Obama, sejam os das periféricas, como Lula.

Falências, encalhe da produção, desemprego e despejos. Trabalhadores jogados nas sarjetas e dinheiro público jogados no ralo.

A crise ainda não entrou em crise. É a única coisa que progride atualmente.

Kali.
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quarta-feira, 15 de abril de 2009

Aguardando a próxima enchente

Legislando na chuva. Tem essa agora do povo catarinense aprovar, através de seus ilustres representantes na Assembléia Legislativa, o novo Código Estadual do Meio Ambiente, reduzindo para uma beiradinha de 5m a faixa de proteção de rios e mananciais hídricos. O Código Florestal Brasileiro prevê uma faixa maior, de 30 metros. O projeto será sancionado por esse lentíssimo senhor, o governador Luiz Henrique da Silveira, favorável ao projeto que atende aos interesses da especulação imobiliária e dos produtores rurais. Tudo por dinheiro.

Não precisa ser ambientalista para saber que 5 metros de mato não protege rio e lagoa de coisa alguma, de nenhuma enxurrada, de nenhuma erosão, de nenhum assoreamento. Fala sério.

Não dá para entender. O povo catarinense não é aquele sobre qual desabou a desgraça das chuvas recentemente? Eles não sabem que a destruição da cobertura vegetal é a principal causa do aumento do poder destrutivo das tempestades e da ocorrência de tragédias? O que eles querem, afinal? Povo insano esse da Vera Fischer, Gustavo Kuerten e Floriano Peixoto.

Meus caros, como dizia Joelmir Beting, aquele pamonha: "a natureza não reage, apenas se vinga". Boa sorte para vocês.

Essa briga entre o homem e a natureza tem que acabar. Que a vida os separe.

Kali.
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terça-feira, 14 de abril de 2009

Fraudes, farsas e sonegações.

"Veio, enfim, um tempo em que tudo aquilo que,
antigamente, os homens consideravam inalienável
tornou-se objeto de troca, de tráfico, podendo alienar-se.
Trata-se do tempo em que as próprias coisas que, até então
eram transmitidas, porém jamais trocadas, oferecidas,
mas jamais vendidas, conquistadas, mas jamais compradas - virtude,
amor, opinião, ciência, consciência etc.

Trata-se do tempo em que tudo, finalmente,
passa pelo comércio. O tempo da corrupção geral,
da venalidade universal ou, para expressá-lo
em termos de economia política, o tempo em que todas
as coisas morais ou físicas, tornando-se valores vendáveis,
devem ser levadas ao mercado para que se aprecie
o seu mais justo valor." (Karl Mark, Miséria da Filosofia).

O mar quis, digo, o Marx observou bem um aspecto do Capitalismo que se verifica de forma patente e inapelável em seu atual estágio de desenvolvimento, independente da crise que assola o globo mundial, digo, o mundo global.

Com a combinação da tendência ao monopólio e à queda da taxa de lucro por causa da concentração de capital e das inovações tecnológicas, as empresas privadas, especialmente as pequenas e médias, e também vendedores autônomos (com força!) se vêem obrigados a lançar mão de todo tipo de artifício para garantir a sobrevivência do negócio e deles próprios: a fraude, o dolo, a falsificação dos produtos, a maquiação, a sonegação de impostos, a venda forçada, o calote, a exploração ilegal e predatória da natureza, o comércio de animais e de gente... enfim o roubo, o estelionato, a destruição da natureza, a extorsão... em todas as suas formas, simples ou complexas.

É nessa esteira que surgem diariamente nas reportagens a adulteração dos combustíveis, a falsificação dos alimentos, das roupas, dos remédios... enfim todo tipo de fraude em produtos e serviços cometidos contra o cidadão tipo eu, tipo você, meu caro leitor, minha cara leitora.

Tudo acompanhado, claro, da famigerada sonegação de impostos, ardil preferido da indústria e do comércio capitalista.

Isso é tão vigoroso e abrangente que estabelece uma situação generalizada de insegurança e fragilidade para todos. E isso não se dá apenas no âmbito do comércio das ruas, das feiras, mercados e shoppings. Já tomou conta do comércio eletrônico da internet faz tempo. O problema da sonegação, por exemplo, tem nos sistema de compra e venda como o e-Bay e Mercado Livre seus melhores campos de ocorrência. Muitas empresas utilizam essas feiras virtuais para burlar o fisco. Sorte a sua se a Receita Federal tem poucos fiscais para interceptar sua compra, geralmente enviada pelos correios sem nota fiscal. Você acabaria pagando a conta.

Digo mais: a situação de falsificação é tão generalizada e característica dessa nossa época que já se assentou nas relações pessoais e sociais, onde os valores humanos são comprados e vendidos feito mercadoria. Nada é autêntico e espontâneo, tudo é passado ao crivo do dinheiro. Estamos impregnados até as entranhas desse modus vivendi. Isso nem é novidade. Faz tempo que o capitalismo submeteu ao seu sistema profano de trocas tudo o que era mais sagrado ao ser humano, como os sentimentos de amor e amizade, as opiniões sinceras, as idéias... como disse Marx na transcrição aí em cima.

Não apenas no Brasil, com suas pílulas anticoncepcionais e medicamentos contra câncer transformados em farinha e leite feito de soda cáustica etc., tipo de coisa que se tornou corriqueira no comércio. Isso acontece no mundo quebrado inteiro. Não viu na China, os caras condenados à morte por causa do escândalo do leite adulterado com melamina, um produto que provocou a morte de seis crianças e afetou outras 300 mil ano passado?

Então. Esse monte de coisa afeta nossa vida da forma mais ampla, danosa e próxima possível. E não adianta reclamar do governo e dos políticos. É todo o sistema que precisa ser posto abaixo.

Kali.
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sexta-feira, 3 de abril de 2009

Inventando moda

Mudei o leioute com a intenção de incluir algumas apetrechos, mas não deu serto. E estou totalmente sem tempo para digressões desse tipo. Não deu, mas onde dar, digo, hão de dar.
Kali.
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Não falo de mim,
mas do mundo,
bem mais importante
e interessante.
Quiçá, mais bonito :Þ

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textos: kali