Poemas kálidos:

A Lenda do Beijo
A Mulher que Namorou o Tempo
Aldeia Global
Evolução
Lábios Trêmulos
Poema do Ciúme
Poesia Concreta
Poema do Blogueiro
Cachorra
 

       
Contos kálidos:


A Repulsa
Duetos
Os Olhos do Velho
Tempestade de Neve



Águas passadas 

2002

jan fev mar abr
mai jun jul

ago

set

out

nov

dez

2003

janfev mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2004

jan fev mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2005

jan fev mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2006

jan fev mar abr
mai jun jul ago

set

out

nov

dez

2007

jan fev mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2008

jan

fev

mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2009

jan

fev

mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2010

jan

fev

mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2011

jan

fev

mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2012

fev

fev

mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

 



Blogs:

 
(Selo que concedo
aos blogs que admiro)

Recebi:

Visitantes:

Powered by Blogger

 

 

terça-feira, 30 de novembro de 2004

Acontece...

Acontece que de vez em quando eu pego umas revistas em quadrinhos e tento copiar à mão-livre um ou outro desenho. Aí sai isso:

Se quiser imprimir, colorir e mandar como cartão de Natal, pode pegar! Eu deixo! haha.

Ah, o sobretudo do Tio Patinhas é vermelho, tá? haha

Sobretudo, não! A roupa dele está mais pra roupão do que pra sobretudo, não? Ainda mais que ele anda com a bunda de fora haha Indecentes os personagens da Disney, não? :Þ

É melhor um post que não presta do que uma peste que não posta, não?

Kali.
Gostou, assine.


 

quinta-feira, 25 de novembro de 2004

Um site e outro poema

Ah, as coisas que fico sabendo e gosto, gosto de recomendar (esse "gosto, gosto" aí é por conta do poema do eco aí embaixo, que ainda perturba minha cabeça). Então eu acho que vocês deveriam ver isso aqui. Depois me contam se gostaram. Tem cada uma... ás vezes cômico, às vezes romântico. Tem umas asneiras também. Relevem. A parte internacional é legal. Acho que vão gostar. Espero acertar no gosto de vocês. Seria horrível decepcionar meus ilustres visitantes.

Aproveitando, vou mostrar um poema que deixei no Lé-ri-bi quando li um post bem triste da Danielle (o de segunda, 15 de novembro).

Meu silêncio hoje vale mais que mil palavras. Hoje é um daqueles dias que a gente acorda com aquela sensação que falta alguma coisa. Alguém. Um lugar.
...
Mas como se fala desse mundo que se passa apertado, com um nó na garganta e com lágrimas nos olhos? Meu coração emudece. Ensurdece.

Então fiz um poema mais ou menos assim:

Poema para Danielle por kali

Tinha mil palavras.
Calou-se.
Mil asas.
Quedou-se.
Mil contatos
Isolou-se.

Mas no lapso de um instante
De um momento feliz, distante,
Lembrou-se.

Então em sua face
Um riso leve, breve
Mas de mil palavras,
De mil asas, escapou.
Doce.

Ficou legal, não? Mas mais do que isso, espero que ela tenha gostado e, mais ainda do que isso, espero que tenha acontecido mais ou menos o que escrevi.

Kali.
Gostou, assine.


 

quarta-feira, 24 de novembro de 2004

A lua, o mar... e Ismália

Com certeza, esse é um dos mais belos poemas da língua portuguesa. Adriana quem me falou dele, por causa do poema do post anterior. Aí resolvi postar. Uma honra um poema meu ("mameu" é cacófato, eu sei ;) fazer alguém lembrar Alphonsus de Guimaraens.

ISMÁLIA
ALPHONSUS DE GUIMARAENS
(1870-1921)

Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar...
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.
No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar...
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar...

E no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar...
Estava perto do céu,
Estava longe do mar...

E como um anjo pendeu
As asas para voar...
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar...

As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par...
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar...

Kali.
Gostou, assine.


 

segunda-feira, 22 de novembro de 2004

O poema

No post anterior prometi um poema para o dia seguinte. É que eu já havia delineado a idéia básica e achava que iria dar conta. Mas não deu. Andei meio ocupado. Além disso, quando fui conclui-lo, ele foi crescendo em minhas mãos. É difícil lidar com esse negócio de poesia. Parece um bicho vivo. Aí fui fazendo, fazendo. Ficou bem dramático. Mas também criativo, não?

O LOUCO, O MONTE. ...e BIA por kali

- À minha volta não mais te vi.
  Por que dormiram-me os olhos,
  Eternas e ternas sentinelas de ti?

Então por montanhas e vales,
Colinas, campos suaves,
No encalço dela ele fugiu.
E descalço, frente a um monte,
Em seu desmonte parou.
E sós, ele e o monte, um ego e um eco,
No remonte do corpo, o monte ele argüiu, ao monte ele gritou:

- Por dias e dias andei. Sabes por que passei?

- Sei, sei, sei...

- O meu sonho, por mundos medonhos procurei.

- Rei, rei, rei...

- Triste olhar para trás e ver que nada encontraste.

- Traste, traste, traste...

- Deus! Onde meus pés eu pus!

- Pus, pus, pus...

- São feridas dos descaminhos por onde a desilusão passara.

- Sara, sara, sara...

- Não as do peito, onde um coração se enfraquece.

- Aquece, aquece, aquece...

- E onde calor encontrarei nesse frio em que me aperto?

- Perto, perto, perto...

- Onde, que não vejo?

- Vejo, vejo, vejo...

- Se vês, diga-me, ó monte, em que recanto!

- Canto, canto, canto...

- Sim! Ouço a melodia!!! E é dela essa voz!!! De onde se aproxima???

- Cima, cima, cima...

- Sim!!! Eu vejo!!! Tu a abrigavas no alto de ti !!! Como eu não sabia???

- Bia, Bia, Bia...

- Sim!!! É ela!!! Traga-a de volta para mim! É o meu clamor!

- Amor, amor, amor...

- ...E meu ardor!!!

- Dor, dor, dor...

- Dor, amor!!! O que importa? Da paixão os dois diamantes!

- Amantes, amantes, amantes...

- Não cabe em mim a euforia!!! Que venha a noite pois este dia ofereço a Deus!!!

- Adeus, adeus, adeus...

- Nãããooo!!! Não podes me negá-la!!! Traga-a para mim de volta!!!!

- Volta, volta, volta...

- Jamais voltaria sem o meu encanto, monte insano!!! Pois te escalarei!!!

- Calarei, calarei, calarei...

- Poi cala-te!!! Que por ela tuas encostas desbravarei e tuas matas desmatarei!!!

- Matarei, matarei, matarei...

- Nãããooo!!! Pois me desespero, e no meu desamparo me desfaço!!!

- Faço, faço, faço...

- Bia!!! Não te lances desse morro!!!

- Morro, morro, morro...

- Bia!!! Bia!!!... Águia, rapina dos céus, arranque o nó de minha garganta e leve meu grito a Deus!!!

- Adeus, adeus, adeus...

- Monte maldito!!! Do meu amor foste o cadafalso! Montanha assassina!!!

- Sina, Sina, Sina...

- Ora, sina! Tudo é mutável! Nosso destino nós próprios cavamos!

- Vamos, vamos, vamos...

- Para onde? Há caminhos para tudo... não há mais pernas, contudo!

- Tudo, tudo, tudo...

- Oh, dor! O que será agora de minha vida desafortunada?

- Nada, nada, nada...

E aí? O que você achou?.

- Show, show, show... hahahaha :Þ

PS: Atenção! Quem deixou comentário no post anterior, saiba que respondi tudinho. Abraços.

PS2: Fiz pequenas modificações no poema depois que o postei pela primeira vez. Acertei alguns erros e acrescentei mais oito versos no final. Espero que tenha sido para melhor. Abraços 2 :)

PS3: Na Internet, para se despedir com beijos e economizar nas palavras, digite assim: Bye-jos!. Soa "beijos" em português de Portugal ("baijos" :)("não tem o que fazer, não, Kali?". Até que tenho, sabe? Até que tenho). E quando você sair, despeça-se de seu cachorro assim: Meu lindim, tchau au au au!. Ele vai adorar! (Tô indo, tô indo. Abraços 3).

Kali.
Gostou, assine.


 

quinta-feira, 18 de novembro de 2004

O resultado do difícil teste fácil, o trabalho sobre Marx e um poema perdido

A resposta do teste é essa figura aqui, ó:

Ela completa a seqüência porque as figuras representam números naturais espelhados, a partir do 1, veja:

A quinta figura só pode ser o número 5, espelhado. Simples, não? Ágata já sabia.

Esse teste é bom porque nos mostra que as coisas podem ser mais simples do que a gente pensa e que os espelhos podem confundir em vez de revelar. Não é? Claro que é.

A apresentação do trabalho de Filosofia do Direito

Bem, eu gostei da apresentação que fiz. Mas isso não importa. O que importa é que o professor e os colegas tenham gostado. O professor gostou, pois ele disse. Acredito que a maioria dos colegas também, mas não disseram.

Falei bastante. dialética materialista, materialismo histórico, teoria do valor, luta de classes, ditadura do proletariado, burguesia e proletariado, capitalismo, comunismo, substituição do trabalho humano pela máquina... A apresentação foi em PowerPoint, com direito a Hino da Internacional Comunista (pra entrar no clima), discurso de Engels diante do túmulo de Marx, e tudo mais.

No final, o debate. Eu defendendo as idéias de Marx, que pra mim, estão na ordem do dia: desemprego, empobrecimento da classe média, aumento da violência e da miséria et cetera e tal.

Pô! Aí vem o cara e diz que a máquina que substitui a força de trabalho humana cria outros empregos, em outras áreas. "Sim, mas não na mesma proporção!", eu disse. Claro! Se o empresário vai substituir trabalhadores por uma máquina, é lógico que essa substituição não pode representar a mesma quantidade de esforço humano, pois ele faz isso para reduzir o custo de sua mercadoria, já que o valor de toda mercadoria, incluindo as máquinas, é determinado pela quantidade de trabalho humano nela contido. Então, a substituição tem que representar, obrigatoriamente, menos trabalho humano que havia anteriormente. Em outras palavras, a produção da máquina tem que empregar menos mão-de-obra do que foi dispensada. Óbvio.

Mané.

Um poema perdido

Acontece que agora há pouco eu estava saindo de uma aula (onde já se viu aula de 11:00h às 13:00h? Nas universidades federais, claro! Mas da República Federativa do Brasil, lógico) e um colega, o João Leornardo, veio gritando atrás de mim: "Kali, esse caderno é seu?". Como sou esquecido, meu Deus! Só não esqueço o corpo porque a cabeça está grudada nele. Não é assim a frase?

O livro era meu mesmo. Laranjão. Parece que está pegando fogo de tão fosforecente, que era pra não esquecê-lo por aí, vejam só.

Aí ele falou: "Na última folha tem uma "oração para amenizar o frio", então eu concluí que era seu mesmo! Desculpe minha indiscrição, mas dei uma olhada rápida para identificar o dono."

E eu: "ORAÇÃO PARA AMENIZAR O FRIO?!?!? Você tá doido, João?"

Então fui eu ler aquilo. "Ah, tá!", eu disse. Era um poema que eu fiz pra colocar aqui no blog, num dia que fazia um frio dos infernos, uma contradição em termos> Vocês acreditam? Mas abandonei. É que eu queria fazer um poema engraçado, mas esse ultrapassou as raias do risível para cair no pântano do ridículo.

Disse pra ele: "Eu não queria publicar isso não, mas agora que veio a público..."

Ei-la:

Oração para amenizar o frio kali

Jesus Cristo, nosso pai!
Quanto frio nos mandais!
Esquentai, vai, esquentai!

Apesar de ridículo, esse "poema-oração" é extremamente eficaz nos seus objetivos. Faz o universo todo esquentar uns 3 graus centígrados, mais ou menos, em virtude do aumento de temperatura provocado pela irritação que Deus tem quando fazem hora com a cara Dele.

Ai, ai. Tá na hora de encerrar o post, não?

Amanhã, mais um poema.

Mas gostei desse negócio de teste. Vou trazer mais uns aqui. Vocês querem?

Kali.
Gostou, assine.


 

quarta-feira, 17 de novembro de 2004

Atarefado, mas empolgado

Acontece que estou superatarefado e nem dá tempo de mostrar a solução desse problema aí. Depois eu digo (se ninguém acertar antes) qual a próxima figura que completa a sequência.

Mas acontece também que estou ocupado com uma coisa que estou gostando muito. Um trabalho de Filosofia do Direito. Sobre Marx, karl Marx, conhece? Uhu. Vou falar dele para meus colegas burgueses (na verdade, burgueses mais de concepção moral, política, filosófica do que pelo capital mesmo). Depois eu conto como haverá de ter sido.

"Os filósofos até agora cuidaram de interpretar o mundo. O que interessa é mudá-lo." Marx, Karl Marx.

"Os marxistas até agora cuidaram de querer mudar o mundo. O que interessa é explodí-lo!". Bond, James Bond.

Hahahahahahahaha ´D

Kali.
Gostou, assine.


 

segunda-feira, 15 de novembro de 2004

O Vital e um teste

Acontece que Vitória tem o Vital, carnaval fora de época. Micareta, como chamam. Acabou ontem. Passo longe. Hoje eu estava lendo nos jornais as notícias sobre esse troço. Brigas, tiroteios, bebedeiras, mais brigas, mais tiroteio, pancadaria, roubos, assaltos, mais porradaria...

Mas o problema não é o Vital em si. Não mesmo. O problema é a segregação social que existe fora, antes e depois do Vital, e independente dele. No Vital, essa segregação apenas se evidencia e o conflito se manifesta. O Vital, como outro Carnaval fora de época, é um exemplo de como se operou a apropriação capitalista de uma festa popular, o Carnaval, criada pelos pobres, retirando-a do calendário e dos seus donos originais, excluindo estes da festa com o objetivo de se ganhar dinheiro às custas da exploração de quem antes era dono da folia e agora não passa de meros espectadores. Às custas também do patrimônio público e em favor do delírio de uma minoria inculta e bela chamada classe média.

Vejam só. Os que não podem pagar, ficam na chamada zona da "Pipoca", onde o vento e o trio elétrico fazem a curva. É quando aproveitam a rebarba do som para pular. Daí o nome. Aí eles se movimentam. Movimento dos Sem-abadá. E ficam separados os "ricos" dos "pobres" (entre aspas, porque nem uns são tão ricos assim, nem outros talvez sejam tão pobres, e talvez ambos os grupos sejam vítimas de um mesmo sistema). Entre um grupo e outro, a corda e os "cordeiros" segurando-a.

Aqui a explicação da exploração de que falei. São contratados adolescentes e idosos (na reportagem, uma senhora de 55 anos) para separar ensandecidos de um lado e de outro, ao "salário" de R$ 13,00 ao dia. São muito vagabundos os organizadores desse folia, não? Não satisfeitos em roubar a festa dos pobres, roubam-lhes a própria dignidade e o pouco da força que ainda lhes restam no organismo. Safados. Pilantras. E tudo isso é feito num espaço público, na avenida da mais importante praia de Vitória, a praia de Camburi, sob as bênçãos do governador e do prefeitos, ilustres representes da classe média, claro.

Decadência total.

Quem sabe, o povo ainda há de resgatar essa festa das mãos desses bandidos e botar todo mundo pra sambar junto de novo, como no passado.

Ontem, quando fui à padaria, vi passando dois garotos com camisas do Vital. Achei estranho porque as duas figuras não correspondiam nem de longe ao tipo de garoto do Vital, sempre o mesmo, por sinal: corpo bombado, cordão pesado pendurado no pescoço, cabelo aparadinho, cara de quem mamãe lambeu etc, etc. Não. Estes garotos eram raquíticos. Nada a ver. Teriam roubado aqueles abadás? Quando passaram por mim é que fui ver que não eram nem foliões, nem ladrões e nem as camisas eram abadás. Nas costas deles estava escrito "cordeiro". E eu pensando que eram lobos.

Acontece que semana passada participei de um curso de motivação promovido pela empresa em que trabalho. Psicologia do trabalho, essas coisas. Interessantes esses cursos. Você fica motivado pra caramba. Pra pegar pelo pescoço o cara que deu a idéia. Tudo bem, você procura tirar algum proveito. E uma coisa que eu gosto é quando passam testes de raciocínio para gente fazer. Esse aqui, por exemplo. Você tinha que descobrir qual a figura que completaria a sequência. Modéstia à parte, fui o único a resolver. Se quiser tentar, taí. Vc já conhecia esse teste? Se não, tente. Vou dar um tempinho pra vc resolver. Um mês tá bom? ;Þ

Kali.
Gostou, assine.


 

sexta-feira, 12 de novembro de 2004

Zé Mané e Tio Patinhas

Acontece que eu participei do XI Congresso Jurídico Brasil-Alemanha, para computar horas para o currículo do curso de Direito. Uma coisa me deixou satisfeito: ao contrário do que eu temia, consegui entender perfeitamente tudo o que os palestrantes alemães falavam. Show de bola esse negócio de tradução simultânea, não? rs. Não entendo chucrute nenhum de Alemão.

Brincadeiras à parte, vocês sabem que gosto de ficar rabiscando quando estou em palestras, aulas, seminários e quando me dão papel e lápis de cor pra brincar, não sabem. Ah, não sabiam? Então, olha só: eu gosto de ficar rabiscando quando estou em palestras, aulas, seminários e quando me dão papel e lápis de cor pra brincar. Nesse congresso aí não foi diferente. Peguei e desenhei um zé mané que estava sentado na minha frente. Desculpem. Não posso chamar de zé mané uma pessoa que não conheço, nunca vi (a não ser pelas costas) e nem sei seu nome. Falta de educação. E vocês sabem que não sou mal-educado. Pois então, com vocês, José Manoel:

Cara, genial esse Carl Barks, o grande desenhista do Pato Donald e Tio Patinhas das décadas de 50 e 60. Tem uma edição agora nas bancas (O Melhor da Disney - As Obras Completas de Carl Barks, editora Abril) contando sua história e revivendo suas brilhantes e hilariantes historinhas. Morri de rir.

Aí o relógio do Tio Patinhas quebrou (claro, tinha 200 anos, era do bisavô do bisavô dele - Volume 6, pág. 165). E vocês sabem que Tio Patinhas é muito sovina, não sabem? Para quem não sabe, Tio Patinhas é muito sovina, tá? Olha só a graça com que Karl Barks retrata essa "qualidade" do velho pato:

Hahahaha. Bom final de semana para vocês.

Kali.
Gostou, assine.


 

terça-feira, 9 de novembro de 2004

Amenidades

Como eu já disse aqui, tenho uma certa mania de pegar uma palavra ou frase, alterar o mínimo sua fonética e ortografia de forma a manter a semelhança com o original mas dando-lhes um sentido totalmente diverso. Trocadilhos. É isso. Vivo construindo trocadilhos.

Por exemplo, essa frase que a gente lê em adesivos de carros:

Deus é fiel.

fica assim:

Deu, é infiel.

E esta:

Deus é pai

assim:

Deu, é mãe

Esta aqui:

Emagreça já. Pergunte-me como.

É lida assim:

Emagreça já. Pergunte-me se eu como.

Qualquer dia sou atropelado inventando essas coisas bobas pela rua, em vez de prestar atenção no trânsito x(

Ontem eu estava lendo sobre Alexandre Magno, o Grande, Rei da Macedônia e, logo depois todo o mundo antigo. Acontece que na Grécia, depois de uma batalha, ele quis conhecer o filósofo Diógenes, o Cínico, que ele admirava muito pelo ouvia falar dele (se não me engano, esse Diógenes era aquele cara que saía com uma lamparina à luz do dia dizendo que estava procurando um homem de verdade). Diógenes era totalmente avesso às convenções sociais, àos prazeres fugazes e vivia num tonel, como um cachorro em sua casinha.

Chegando diante dele com seus generais, Alexandre perguntou-lhe o que ele tinha a dizer a um rei que acabava de vencer os gregos.

"Saia da frente do meu sol!"

disse o imperturbável Diógenes para o grande Alexandre Magno que projetava a sombra de seu corpo sobre o filósofo.

Diante das gargalhadas de seus militares, Alexandre lhes disse: "Saibam que, se eu não fosse Alexandre, gostaria de ser Diógenes."

Kali.
Gostou, assine.


 

domingo, 7 de novembro de 2004

Solitário

Essa foto aí eu recebi da amika Liga ...desculpe, da amiga Lika. Já faz tempo. Hoje eu a vi e resolvi fazer um poema em cima dela. Estou falando da imagem, não da Lika, claro. E nem é em cima. É embaixo :)

ANDARILHO por kali

De tua lembrança não me desvencilho.
Andar ao seu encontro é o meu delírio
Tento mudar o rumo, mas não consigo.
Meus pés vêm em auxílio, mas vem do peito o empecilho.

Meu caminho não é uma trilha, é um trilho.

Não é sombrio.
Tem pedrinhas de brilhantes que eu ladrilho.
Saem dos olhos, caem dos cílios,
Que é para o meu amor passar quando chegar,
Pisar seus brios sobre os brilhos.

De tua lembrança não me desvencilho.
Não consigo.
A solidão que você me deixou
Cuido dela como um filho.

Até que ficou bonita, não?

Pena que faltou estribilho rsrs

Kali.
Gostou, assine.


 

quinta-feira, 4 de novembro de 2004

Bush, Jabor, Marta e Serra

Pois é. Bush ganhou. A única coisa engraçada nisso tudo é ver Arnaldo Jabor se estrebushando por conta do resultado das urnas. Como se houvesse tanta diferença entre Bush e Kerry. Engraçado vê-lo satanizar o homem como fazem os islâmicos mais fanáticos. Que Bush é o capeta em forma de gente, todo mundo sabe, mas fazer disso um terrorismo às avessas é de uma religiosidade à la Alá. Não devemos mistificá-lo. Bush deve ser visto em sua exata dimensão política e social: ele é o representante do grande capital financeiro e industrial judaico-americano. O resto é roteiro de cineasta de quinta categoria.

Mas a grande nação do Big Brother ficou dividida. Não deixa de ser uma boa notícia.

Voltando ao quinto mundo, gostei da derrota de Marta Suplichique por representar um recado, bem dado, das massas a Lula (que é para ele deixar de ser besta) mas, sinceramente, não acredito muito que o povo esteja se fiando no Serra, não. Claro, Serra é a política de Fernando Henrique, cuspida e escarrada (ou esculpida em Carrara, a forma original dessa frase que a boca torta do povo corrompeu): arrocho salarial, privatizações, terceirizações e ferro no servidor e no serviço público. José Serra foi ministro da Saúde de um governo que em oito (não foram 4, nem 5, nem 6. Foram OITO!) anos (não foram dias, nem semana, nem meses. Foram ANOS!) não construiu um hospital sequer nesse país.

Ah, deu remédios para os aidédicos, tá certo.

E quem cortou a aposentadoria da mãe do aidédico? E o emprego do irmão do aidético? E as esperanças do primo dele?

FHC e Serra abominam o serviço publico. Acham que só a iniciativa privada é capaz de construir alguma coisa de útil para a humanidade. Para eles, as sete maravilhas do mundo antigo, incluindo as pirâmides do Egito, são pura invencionice do ser humano. É que naquela época só havia Estado, servidores, reis, faraós, guerreiros, classe rica e o povo.

Não havia ainda surgido na face da terra a única força social capaz de construir todas aquelas maravilhas: o empresário capitalista com suas empreiteiras.

Mas gostei da derrota de Marta Suplichique. O povo subiu num monte e fez ecoar seu grito lá pra Brasília.

E para subir esse morro, teve que votar no Serra.

Kali.
Gostou, assine.



 

 

Não falo de mim,
mas do mundo,
bem mais importante
e interessante.
Quiçá, mais bonito :Þ

Creative Commons License

Blog Kálido, escrito por kali, é licenciado sob as seguintes condições:
Creative Commons:
Uso Não-Comercial-Vedada a Criação de Obras Derivadas
2.5 Brasil License
.

 



Clique
nos cartões abaixo
para ver os diálogos.

imagens:
Kim Anderson
textos: kali