Poemas kálidos:

A Lenda do Beijo
A Mulher que Namorou o Tempo
Aldeia Global
Evolução
Lábios Trêmulos
Poema do Ciúme
Poesia Concreta
Poema do Blogueiro
Cachorra
 

       
Contos kálidos:


A Repulsa
Duetos
Os Olhos do Velho
Tempestade de Neve



Águas passadas 

2002

jan fev mar abr
mai jun jul

ago

set

out

nov

dez

2003

janfev mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2004

jan fev mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2005

jan fev mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2006

jan fev mar abr
mai jun jul ago

set

out

nov

dez

2007

jan fev mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2008

jan

fev

mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2009

jan

fev

mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2010

jan

fev

mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2011

jan

fev

mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2012

fev

fev

mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

 



Blogs:

 
(Selo que concedo
aos blogs que admiro)

Recebi:

Visitantes:

Powered by Blogger

 

 

terça-feira, 29 de abril de 2008

Falando das más notícias

Tanto do que se falar e eu sem escrever no blog, vê se pode. Lá vou eu, então, fazer algo de bão: comentar más notícias :Þ

1. Ronaldo, o fenômeno gay


Imagem: Sergei Cartoons
Legenda: Kali

Tem essa agora do Ronaldinho, um "exemplo de homem", como diz o Galvão Bueno.

Se deu mal. Literalmente. Queimou o filme legal. Já era. Agora, vai morrer como veado, não tem mais jeito.

Decadência total. Para quem chegou a se casar no Castelo de Chantilly...

O outro Ronaldinho, o gaúcho, também parou de jogar bola faz tempo. Não sei o que anda fazendo por aí...

Fodam-se. Não é problema meu. Além disso, tenho que falar de outras notícias :)

2. O caso Isabella

Já comentei aqui, mas acho que as pessoas não entenderam bem o que eu quis dizer.

Acontece o seguinte, dois pontos. A maior parte da motivação dos crimes é de natureza patrimonial. Ponto.

Está bem claro, a meu ver, que os assassinos de Isabella Nardoni são o pai, Alexandre Nardoni, e Anna Carolina Jatobá - que nunca foi madrasta da menina, já que Isabella tinha mãe viva. Era a esposa do pai, só isso. Assassinos, não apenas pelas provas colhidas até agora, que vão sempre em direção aos dois, mas também pela absoluta falta de vestígios de um terceiro elemento na cena do crime - tirando o demônio, claro - e da total falta de consistência da versão apresentada pelo casal.

Além disso, o fato de se negarem a participar da reconstituição é, para mim, a maior evidência de que são culpados. Se você fosse acusado injustamente de cometer um crime não irir querer provar sua inocência?

Tem também o pai e a irmã de Alexandre Nardoni, Antônio e Cristiane Nardoni, que tentam acobertar o casal. Uma coisa é defender o filho e irmão, outra bem diferente é tentar ocultar crime e criminosos. Falando em ocultar um crime, o arremesso da filha foi uma tentativa de mascarar o verdadeiro crime, ao que tudo indica.

Claro que Alexandre Nardoni jamais vai confessar porque, se ele chegou a jogar a própria filha para esconder a agressão mortal contra ela, porque iria revelá-la agora?

Quando eu disse que o crime se resumia ao fato de o pai não ter como sustentar três filhos e por isso matou um, talvez tenha sido simplista demais. Claro que existem outros fatores, mas acho que o essencial é esse mesmo.

Vão dizer - como disse o leitor Cezar Lopes nos comentários - que os dois, o pai e Anna Carolina Jatobá vêm de famílias bem resolvidas financeiramente.

Não é bem assim, meus caros. O fato de uma família ter um apartamento próprio e um carro não quer dizer absolutamente nada em se falando de "estruturação financeira familiar". Fala sério. Isso representa muito pouco para um casal que tem que manter, por longos anos e sob um determinado nível sócio-econômico, dois filhos legítimos fora os gastos com pensão de uma menina de outro casamento, como era o caso. Não sei em quê essa Jatobá trabalha, qual sua renda, mas pelo visto não trabalha. Sei que estudava Direito com o marido, que não aprendeu nada no curso, como é notório. Um cara que até hoje é sustentado pelo pai, que se diz "consultor jurídico" depois de fazer três provas na OAB sem passar sequer da primeira fase e ainda dar entrevista sem conseguir se expressar corretamente em português ("nós se divertimos muito"), não tem condições de garantir o futuro que os filhos exigem, não é? Mas isso não impediu gerá-los. Não é só a classe baixa que gera os filhos que não pode ter. A classe do meio também. Daí vem o desequilíbrio emocional com todas as trágicas consequências. É o que penso.

Mesmo o pai, que, em vez de exigir dedicação do filho aos estudos, preferiu presenteá-lo com motos, grana e apartamento, não aparenta uma condição financeira tão superlativa assim. Advogado tributarista. Ricos são os empresários que ele defende. Do embate judicial da Fazenda Nacional contra a sonegação de impostos é que vem seu ganho em forma de honorários advocatícios. Hoje a classe média vive de aparências. O arroto de caviar vem do repolho que compram no supermercado da esquina.

Uma coisa interessante nessa história: a parafernália eletrônica da classe média para dar segurança e vigiar os pobres acabou sendo útil para fisgar os próprios deliqüentes da classe média. É o caso do rastreador do carro, câmaras de circuito interno, celulares... essas coisas.

Do ponto de vista econômico, a morte de Isabella interessava diretamente aos dois. As circunstâncias da morte acabou mostrando com exatidão cristalina a intenção inconsciente de o casal se livrar de um peso. De jogar pela janela esse peso, para ser mais exato.

Tem também a incompetência da polícia, que só foi lacrar o apartamento três dias depois da ocorrência. Fala sério. Não é bem incompetência. É que nossa polícia é voltada para os pobres, preparada para combater e desvendar crime de pobres. Quando o crime é cometido em local mais asseado e por bandidos com um pouco mais de dinheiro e com advogado na família, a coisa muda de figura. Eles ficam meios perdidos. Se esse negócio tivesse acontecido num bairro de baixa renda, eles já tinham descido o cacete nos dois e ninguém estaria mais falando nisso.

O mais engraçado de tudo isso é a Rede Globo, com seus ernestos palhas e césares tralhas, acusarem as pessoas simples de aproveitarem o fato para aparecer ou ganhar um dinheirinho, como o vendedor de pipoca. É muita falta de vergonha para uma emissora de televisão.

Depois falo outras coisas.

Kali.
Gostou, assine.


 

terça-feira, 8 de abril de 2008

Canelas e árvores


Nesses longos dias que fiquei sem postar, vi muitas coisas. Umas feias, outras mais feias ainda...

Vi esse lance arí do Aí, digo, esse lance aí do Arí, jogador da seleção brasileira de futebol de salão, futsal, como dizem os entendidos. Foi contra o time da Costa Rica. "Duelo Internacional", como diz a Globo, no Esporte Espetacular. Jogo tranqüilo, não sei quantos a zero para o Brasil, e o tal do Arí, na maior covardia, sem motivação, entra de sola na canela do gringo. Quase quebrou a perna do cara. Foi para o hospital.

Não sei o que se passa na cabeça de um sujeito desse. Aquele Falcão, o "maior jogador de futsal do mundo", também anda meio nervosinho.

Foi um lande vergonhoso. Até a torcida e o comentarista ficaram sem graça. A federação poderia punir o Arí, suspendendo-o. Acho que um cara que se comporta dessa maneira dentro de uma quadra não é digno de usar a camisa da seleção brasileira.

Mas fica por isso mesmo. O problema é que a camisa do Brasil não é tão digna assim. Os dirigentes do futebol brasileiro não sentem vergonha. É meio o caráter brasileiro. É o nosso futebol representando o país.

Desmatamento

Tem esse negócio aí do desmatamento da Amazônia.

Duas coisas.

1) O que eles chamam de "desenvolvimento da Amazônia" é o desmatamento puro e simples. Não tem desenvolvimento porra nenhuma: é apenas o enriquecimento de bandidos que invadem terras do Estado (anote: não são Sem-Terra), deixando apenas um rastro de devastação e miséria.

O que chamam de "desenvolvimento sustentável da Amazônia" é o mesmo desmatamento, só que acompanhado de publicidade de preservação ambiental, só isso. O resto é a mesma destruição de sempre.

2)O que chamam de "direito dos brasileiros sobre a Amazônia", não passa de "direito dos brasileiros de destruir a Amazônia", traduzido para o português correto. Para o inglês e outras línguas também significa a mesma coisa.

Tem esse negócio aí da menina Isabella. A solução do caso é simplória, a meu ver. O pai não tinha como sustentar três filhos e matou um. Simples assim. No atual sistema de coisas, tudo se mede pelo dinheiro, sabia não? Daqui a uns tempos, ele sai da cadeia e tem outro filho.

Sei lá, um negócio muito estranho esse.

Kali.
Gostou, assine.



 

 

Não falo de mim,
mas do mundo,
bem mais importante
e interessante.
Quiçá, mais bonito :Þ

Creative Commons License

Blog Kálido, escrito por kali, é licenciado sob as seguintes condições:
Creative Commons:
Uso Não-Comercial-Vedada a Criação de Obras Derivadas
2.5 Brasil License
.

 



Clique
nos cartões abaixo
para ver os diálogos.

imagens:
Kim Anderson
textos: kali