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domingo, 28 de dezembro de 2003

Sonhos, flores e sementes

Estive ausente esses dias. Nem avisei...

Mas também nem eu mesmo esperava que fosse me afastar assim dessa coisa que eu gosto tanto, de blogar. Paciência. Tudo por conta das negligências de fim de ano. Minhas desculpas. Prometo não fazer mais isso este ano :Þ

Mas não foi em vão. Moqueca de siri e peixe frito à beira-mar, por exemplo.

Às vezes, quando a vida é salgada, não é amarga, é doce :Þ

Ano novo, época de sonhos. Se o seu não se realizar, não se aborreça. Veja nas mensagens abaixo o porquê (pelo menos foi o que as imagens me inspiraram). Tê-los já é um bênção, por si só.


imagens: www.kim-arts.com
texto: Kali

Kali.
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quinta-feira, 18 de dezembro de 2003

Um conto não tão cálido

Como é de praxe, um conto de Natal (vocês leram o do ano passado? Nããao? O título foi Os Olhos do Velho, publicado em 13 de agosto deste ano rsrs. É só clicar no calendário aí ao lado. Por falar nisso, ficou legalzim o calendário dos arquivos, não ficou não? Claro que ficou :Þ )

Boa leitura. Deste e do conto anterior, se quiserem ler. Depois podem se emocionar e aplaudir, eu deixo :)

TEMPESTADE DE NEVE por kali

Avistou-a no shopping. Era dezembro e ela fazia as compras de Natal. Na verdade, nem tinha muita certeza disso, pois teve escrúpulos até em saber que tipo de mercadoria comprava, se eram presentes ou não. Não se permitiria ter com ela essa intimidade, ainda que ela não fizesse a menor idéia de que ele estava por perto. O fato é que ele não a vigiava tanto no presente quanto a observava no passado, de memória.

Lembrou-se de quando a viu pela primeira vez, no mesmo e exato momento em que sua vida conheceu a paixão. Os primeiros beijos, os galanteios idiotas, as brincadeiras... Coisas de criança, crianças que eram. Coisas que não deram em nada, talvez porque nada fossem.

Lembrava-se especialmente de momentos em que ele fora protagonista. As insinuações, as investidas, as indiretas. Mas lembrou-se especialmente das diretas. Talvez por causa das recusas, que tanto lhe marcaram.

Mas não guardava mágoas. Na verdade, não conseguia entender muito bem o que acontecia. A paixão que conhecera no mesmo dia em que a viu o cegava por completo.

Lembrou-se até da noite em que a chamou para dançar e ela recusou alegando cansaço, para logo em seguida vê-la dançando com aquele rapaz com quem mais tarde iria se casar. Achou engraçado aquilo, pois ele percebeu que ela realmente estava cansada quando lhe respondeu. Um sorriso irônico lhe escapou. "Bem, ao menos comigo era sincera."

Lembrava-se agora da última vez em que ela o procurou. Foi depois que o marido a abandonou. Ficava pensando se a culpa do fim do casamento fosse por falta de sinceridade na relação. Outro sorriso irônico. Lembrava-se agora de sua própria recusa às investidas dela. Automaticamente lhe veio à mente os últimos versos de um poema que escreveu no mesmo e exato dia em que aquela paixão saiu para sempre de sua vida.

Tentei dizer que te amava.
Não consegui.
Por mais que tentasse,
Por mais que insistisse.
Não consegui.
E do que ficou
(Não ficou muito, tu fugiste)
Não ficou claro, ficou triste:
Ou não te amo
Ou o amor não existe

Ele não se esforçava mais em procurar entendê-la. Mais do que tudo ele queria compreender as forças que levavam duas pessoas à negação uma da outra e de si mesmas. Mas disso também já desistira. Voltou seus olhos para o movimento do Shopping.

Nada lembrava o espírito natalino e seu clima nórdico. O tempo quente, Papai Noel suado, o desencanto no lugar da expectativa...

Nada.

...Exceto a nevasca que agora irrompia em seu peito.

Kali.
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quarta-feira, 17 de dezembro de 2003

Tempo chuvoso

Hoje choveu. Com a chuva, também caiu do céu um poema.

ALMA INUNDADA por kali

A chuva me faz
Lembrar você.
Eu sei por quê.
Porque a chuva
É o mundo chorando incontido
Num abandono inundando
Todo viver.

E foi na chuva
De um abandono
Que seu choro contido
Inundou todo o meu ser.

Kali.
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terça-feira, 16 de dezembro de 2003

A árvore da minha janela

Acontece que a janela de meu quarto dá para a copa de uma árvore. Acontece que, à tarde, o sol já meio deitado e bem avermelhado penetra na folhagem da árvore com seus raios de fogo. Acontece ainda que, nessa hora, dançando excitadas só porque o vento vem lhes roçar as costas, as folhas refletem os raios de sol, atingindo em cheio o vazio de meus olhos, encantados com a cena.

Pois é. Essa poesia dá poesia, penso eu.

DESPERTAR por kali

Ao tirar meus olhos
Das páginas de sonhos
Que com as mãos da alma desfolho,
Vejo as folhas de uma árvore
Jogando a luz do sol da tarde
Em manchas claras sobre mim.

A vida pulsando em meu peito
Faz eu sentir em meu leito
A vida possante e pungente
Que pulsa fora de mim.

A emoção de imagem tão bela
Que um dia não me verá nela
Extrai um extrato tênue de mim.

Extrato cristalino e salgado
Gota clara de sol da tarde iluminada
Que o travesseiro sereno
Sedento de me acolher
Recolhe de mim.

Kali.
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sexta-feira, 12 de dezembro de 2003

Coisa estranha

Olhem só que coisa mais esquisita esse gif. Quando as pessoas trocam de lugar, passam de 12 pessoas para 13, ou vice-versa. Estranho, né? Como explicar?

Parece coisa do capeta! (Essa expressão, embora deselegante e obtusa, pode ilustrar a forma como surgiu a religião no mundo: a atribuição a deuses ou demônios dos fenômenos que o homem não entende).

Recebi esse negócio do CAT, que sempre manda e-mails superinteressantes. Se você quiser também fazer parte da lista de e-mails dele e até ver os e-mails anteriores, acesse este site. Ele também tem um blog

Kali.
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Aniversário aromatizado

Acontece que nos comentários de ontem Maryllene me pediu que eu fizesse um cartão especial para sua amiga Lili, que sempre vem aqui e deixa comentários maravilhosos. Me pediu também que o cartão fosse em nome de todos os amigos dela, entre os quais eu quero me incluir.

Acontece que eu só fui ver seu pedido hoje. Fiz então uma mensagem sobre a fotoa abaixo. Espero que tenha ficado bom, a Lili merece. Para conferir, é só clicar na imagem.

Lili, meus parabéns. Espero que o sol de hoje te encontre mais feliz e menos preocupada que ontem. Legal ter amigos como a Maryllene, não é? Beijos.

Kali.
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quinta-feira, 11 de dezembro de 2003

Um cartão

Correu na sala de aula um cartão de Natal para o professor gente boa de Direito Penal. Os votos, eu que escrevi.

Ao professor Gueiros.
Que as penas que caírem sobre sua cabeça
Nesse ano que te aguarda
Sejam penas das asas
Do anjo que te guarda.

Até que ficou legal, não?

Kali.
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terça-feira, 9 de dezembro de 2003

Lembranças

Talvez devido ao clima de fim de ano ando saudosista, republicando poemas. Este que segue, por exemplo. Publicado novamente, porém com alterações.

O Tempo não muda apenas as células do corpo, muda também nossa concepção estética.

POEMA DE UM AMOR PERDIDO por Kali

Quem eu quis
Nunca me kiss.
Amor extraviado, perdido.

E não é que minha lembrança
O encontrou ali no chão, esquecido?
Mas por que o tomou pela mão,
Se era por adeus que ela havia se estendido?
Por que recolher o que já havia se recolhido?

Haha, lembrança ingênua!
Queria proteger da chuva
O coitado do meu amor perdido.
Enganou-se no que viu.
Pensou que fosse chuva
Um pingo de lágrima que caiu.

Desmiolada lembrança...
Bem que uma chuva
Um dia em mim se fez cair...
Mas não que molhasse
A dor de um amor perdido,
Senão que secasse
o ardor do meu sorrir.

Kali.
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sexta-feira, 5 de dezembro de 2003

Um bebê e uma gangorra

Pode clicar, eu deixo.

Kali.
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quarta-feira, 3 de dezembro de 2003

A rua, a rosa e o pé

Um poema bem legal, feito há pouco. Vai especialmente para os meus cálidos e fiéis visitantes. Não é média, não. Vocês merecem.

CANTIGA DE ROSA por kali

A rosa que te dei, meu amor,
No chão da rua eu a encontrei,
No chão da mesma rua
Onde, a ti me entregando,
A ti eu a entreguei.

Talvez eu nem a visse,
Se descalço ao pisar nela,
Meu pé não se ferisse
Num espinho que se quisera
De ternura e meiguice.

Mas sabia, meu amor,
Que se essa rua,
Se essa rua fosse minha
Eu mandava,
Eu mandava ladrilhar
Com pedrinhas,
Com pedrinhas de brilhante
Só para eu poder passar?

Pois que outra coisa, meu amor, me diga,
Cairia melhor assentado,
Senão um caminho de pedras cravejado,
Ao caminhar de um pé
Por uma rosa perfumado?

Podem se encantar com o poema, eu deixo. Afinal de contas, vocês merecem.

Kali.
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terça-feira, 2 de dezembro de 2003

Uma lenda

Como muita gente gostou do poema do beijo aí embaixo (Amor, Meu Grande Amor), vou postar novamente sobre o excitante tema. Vocês conhecem a lenda do beijo? Não? Então vou contar. É assim:

A LENDA DO BEIJO por kali

Dizia ele que os olhos dela
Lhe metiam medo.
Ela não sabia o por quê.
Então perguntou:
"Que medo é esse
Que sentes ao me ver?"

Ele lhe respondeu:
"Não é tanto o medo do que eu vejo
Quanto o medo do que tu vês:
O medo de que os olhos teus
Vejam nos olhos meus
O medo de te perder."

Então ela os olhos fechou,
E ele os dele também cerrou,
E, num beijo cálido,
O medo se acabou.

E como por um encanto,
Depois desse dia
Em que a luz do medo se apagou
Jamais um amante sobre a terra
Que amor em seu peito encerra
De olhos abertos beijou.

Muito bunitim, não?

Kali.
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segunda-feira, 1 de dezembro de 2003

Garota espirituosa

É. Mas parece que o garoto é mais ainda :)

Kali.
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Não falo de mim,
mas do mundo,
bem mais importante
e interessante.
Quiçá, mais bonito :Þ

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Kim Anderson
textos: kali