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quarta-feira, 31 de março de 2004

Passion

Em tempos de paixão de Cristo, um poema que tem algo a ver :)


A TEIA DO ATEU por Kali

Ela acreditava em Deus.
Guardava Jesus no peito, em respeito.

Ele, porém, era ateu.
Divinos, só achava os desejos, os seus,
Que trazia também no peito, por despeito.

Um dia, cheio de novela,
Vem com um papo para cima dela.
Papo florido, pura aquarela,
De tornar os desejos do peito seu
Mais próximos da fé que havia no peito dela.

Então os mamilos do peito dele
Juntaram-se aos mamilos dos seios dela.

Poema profano e safadim, mas bunitim, não?

Se dos meu poemas você disser gostar, eu deixo você voltar haha.

PS: CoRa, querida, eu vou trocar o link, juro :)

Kali.
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segunda-feira, 29 de março de 2004

Oi!

E se você viesse aqui para me ler
E nada encontrasse,
Nem mesmo uma vírgula
Do que eu pudesse escrever?

Ah, você não voltaria sem nada,
Pois quem se frusta de uma espera
Leva por dentro o que já tem:
A chama acesa da quimera
Daquilo que espera de alguém.

Gostou?

Então levou.

Kali.
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quinta-feira, 25 de março de 2004

Um conto

Sinceramente, não me considero bom em contos. Mas isso não tem nada a ver com a vontade de escreve-los. Então, espero um desconto. Aqui vai um, feito à mão, agora. Agora não, daqui a pouco. Seja o que Deus quiser. Não, não. Fosse o que Deus quisesse, sairia bem melhor, claro.

A COLEGUINHA DE CURSO by Kali

Ele não conseguia lembrar-se muito bem de quando é que aquela garota insossa começou a lhe despertar o interesse. Até então ela não havia chamado a atenção dele para nada de especial nela. E não era por causa do lugar que ela sentava-se na sala de aula, sempre à margem. A única certeza que tinha era que, mesmo se sentasse ao seu lado, apenas viraria o rosto, e mal, para pegar uma caneta emprestado ou perguntar alguma coisa que lhe tivesse escapado do profess por estar prestando atenção em outra colega. Talvez tudo tivesse partido de um relance, breve o suficiente para perceber a graça da voz e dos gestos, que a correria do curso não lhe davam o tempo e o prazer de observar mais detidamente. Coisas, segundo ele mesmo, mais fundamentais que o próprio Direito.

O fato é que agora já estava totalmente absorvido e encantado por aquela menina. A forma meio tímida como ela gesticulava, suas risadas, seus traços, sua graça. Tudo nela era agora, para ele, especial. Tanto que nem se preocupava mais em saber mesmo como ocorreu a reviravolta. O que importava? O encantamento que ela produzia lhe bastava por si só.

Não demoraram os primeiros poemas.

Quando te olhava, não te via,
Porque os olhos que te olhavam
Levavam sua imagem às retinas e às favas,
Não para o fundo da alma
Que é onde se vê, do que é visto, a aura,
Onde se vê do gesticular,
Não o gesto brando, mas a própria calma,
Não a boca, mas o beijo,
E ao se olhar um peito,
Não se vê nele o palpitar pungente,
Mas o pulsar do próprio desejo.

Ah, é assim que agora te vejo!

E por aí afora. Coisas do coração. E quem um dia irá dizer que existe mesmo razão?

Mas tudo começou a mudar quando um dos poemas foi esquecido em cima de uma carteira. Ele até nem daria muita importância ao esquecer do poema se ela não tivesse dado tanta importância ao poema esquecido. A reverência não batia com a negligência. Tudo bem. De qualquer forma, isso não provocou maiores revoluções na imagem que ele fez dela e cujo filme todo dia revelava em sua alma, pois, pelas poesias que fazia, parece que tinha um estúdio lá dentro. Mas alguma coisa mudou, com certeza. A importância que ele dava aos seus poemas era diretamente proporcional à importância que ele dava a quem os dedicava.

Outro fato que o deixou magoado foi um olhar de cumplicidade e de ironia trocado entre ela e um outro colega da turma sobre uma coisa que ele havia dito. Viu nisso uma falta de consideração e achou que tivesse mesmo dito uma coisa ridícula e se sentiu humilhado. Quem iria dizer que não?

Num outro dia, ao final de uma aula, percebeu dois colegas confidenciando alguma coisa a respeito dela. Sabia que era dela que falavam porque conversavam olhando e apontando discretamente para a própria, que estava logo à frente, trocando olhares um com outro. Combinavam alguma coisa na noite seguinte. Foi o máximo que conseguiu captar da conversa, mas o suficiente para tirar suas conclusões.

O desfecho dessa atração veio logo uns dias depois. A turma reunida, discutindo sobre a formatura. Ele pediu a palavra e deu algumas idéias das quais ela discordou.

Para desautorizar as propostas dele, ela finalizou sua falação da seguinte maneira:

– Ele não está a fim de colaborar! Individualista a gente conhece de longe.

A resposta veio calma e discreta. Sob a vista de todos, ele saiu de seu lugar, foi onde ela estava e lhe falou baixinho, protegendo com as mãos o espaço entre sua boca e o ouvido dela, para ninguém mais ouvir:

– Putinha a gente também conhece de longe.

Acabava definitivamente ali a veneração pela menina insossa de olhos meigos, agora estatelados.

Voltou a vê-la dias depois.

Segundo ele, de novo com os olhos da cara, não mais com os da alma.

Kali.
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terça-feira, 23 de março de 2004

Aos que vêm

Um poema a quem merece: a quem acabou de entrar aqui (especialmente dedicado para a presença feminina, mas sem deixar de agradecer as visitas masculinas, claro).

VOCÊ NÃO SABE

Oi.

Você que veio...

Não sei do seu olhar,
mas sei que num segundo
ele poderia me falar
bem mais do que seus dedos
em mil teclas saltitando,
em mil anos poderiam me declarar;

Não sei dos seus cabelos,
de seus brilhos, dos seus meneios,
das linhas retas ou de seus novelos,
Mas que em caracóis ou em lisos devaneios
poderiam, sem rodeios,
em mil enlevos me enrolar.

Não sei tampouco de sua mão
que agora repousa sobre o mouse
Será pálida, será morena? seca, suave?
Será mão delicada, de gala,
ou seria a garra de uma águia?
Mas o que isso importa
se o que importa é que foi dela
o toque que te trouxe para esta sala?

Também não sei do tom de sua voz
que mil caracteres por séculos gritando
não conseguiriam jamais susurrar.

Você veio e eu não sei de você.

Ah, se pudéssemos nos encontrar.
onde houvesse mar,
vento soprando e ondas batendo.
Ah, como iria gostar!

Ah, você não sabe
o que estou perdendo!

Kali.
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segunda-feira, 22 de março de 2004

Oi, Lênin! Oi, Marx! Oi, Engels!

Finalmente assisti a Adeus, Lênin!. Recomendo. Pelo roteiro e por uma cena que vai ficar na história do cinema: o vôo do que restou da estátua de Lênin, levada pelos céus de Berlim por um helicóptero. A cena é introduzida pelo movimento da sombra do helicóptero e da estátua sobre um edifício. Nunca vi uma cena com um efeito tão dramático. Impressionante. Para mim em especial, para quem a imagem e a história de Lênin tem um valor especial. Genial. Como é que pode uma pessoa extrair tanta poesia, tanto simbolismo e tanta dramaticidade de uma cena que a princípio teria um caráter frio e meramente jornalístico? Estou até agora pasmado, perplexo, patético, extasiado.

Do filme não vou dizer muito, a não ser que o diretor Wofgang Becker lhe deu um caráter humanista, sem deixar de criticar o capitalismo e o stalinismo, dois sistemas que nem precisam de críticas, que se condenam por si mesmo pelos efeitos destrutivos que provocaram e provocam na humanidade.

Bacana esse filme.

Mas quanto a Lênin, acho que o mais correto seria dizer tchau, não adeus, tenho essa impressão.

E o mesmo penso quanto a Marx e Engels. Pelo seguinte: o que ambos pregavam continua na ordem do dia. Só um exemplo: lembram quando, no Manifesto do Partido Comunista, defendendo-se da burguesia que os acusavam de pretenderem criar uma "comunidade de mulheres", Marx e Engels disseram que o Capitalismo é que criou essa comunidade na prática, ao obrigar as mulheres proletárias e pequeno-burguesas a se prostituírem para sobreviver? E que os grandes empresários também é que realizavam de fato essa "socialização das mulheres", pois gostavam de seduzir as mulheres uns dos outros?

Pois bem. Quanto à segunda acusação, nos parece que o costume se mantém. Quanto à primeira, basta abrir os classificados de qualquer jornal de quinta categoria para ver como essa prática se generalizou.

Obrigada a vender a alma ao Capitalismo, a classe média viu-se também obrigada a vender o corpo.

É a verdade. Nua e crua. Mais nua do que crua.

O resto são moralismos.

Que não fazem história.

Kali.
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sexta-feira, 19 de março de 2004

De saída

Estou de saída e sem tempo para postar, mas com tempo suficiente para indicar três sites interesantes:

Um com jogos do tempo da época dos fliperamas. Muito legal. Bom para acessar nesse final de semana. (não vai dar para mim, vou ter que jogar bola);

Outro que mostra os perigos de uma webcam.;

Por último, um vídeo que mostra como será um desfile de moda do futuro (1944 kB)

Divirtam-se. Eu vou. Bye!

ps: Ontem a turma fez uma homenagem ao professor Adib, de Direito Administrativo, que passou num concurso para juiz do trabalho. Uma pessoa muito legal, o Adib. Merecida a homenagem. Coube a mim fazer uma mensagem. Veja se ficou bom:

Na Justiça do Trabalho
Um martelo agora baterá
De forma dura
Sem perder a ternura,
Pois se é madeira sua matéria
É de matéria humana
A mão que o segura.

Até que ficou bunitim, não?

Kali.
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quarta-feira, 17 de março de 2004

Sem nada para falar...

Raramente abro o blog sem ter de antemão algo para postar, ou pelo menos a idéia. Dificilmente faço o que estou fazendo agora, começar a escrever sem saber o que vou dizer. Sinto-me exposto, como se fosse pego de surpresa por vocês, com a mão na massa. Deu para entender?

Fico sem saber o que falar. E há tanta coisa para ser dita, não é?

Até que o dia está bonito, não?

Ainda não recebi o resultado da prova (aquela prova de dois posts atrás, quando me encontrei com a Poesia). Na verdade, depois da prova saímos para tomar umas cervejas. Saímos em sete. Não, não é mentira. Fui embora lá pelas duas da madrugada. Gente legal essa minha turma.

Será que sai um poema? Quem sabe?...

ENGASGADO

Não.
Não que eu não tenha nada para te falar.
Não.
Eu tinha tudo para te dizer,
Até o tudo abafado
Que tantas vezes eu te disse calado.

Não.
Eu tinha muito para te falar bem falado,
Até um pequeno trecho de uma música
Que não pude dizer cantado.

Tanto eu tinha para te falar,
Mas, veja, fiquei calado:
Engasgou-me o que eu iria dizer agora
Com tudo o que foi dito antes
E que voltou sem ser escutado.

Saiu. Até que ficou bonitinho, não? Até que eu disse alguma coisa, ainda que nada tenha sido dito, não é? :)

Kali.
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segunda-feira, 15 de março de 2004

O acidente de carro

Até que fui bem na prova. Vou ver a nota hoje, se o professor já tiver corrigido.

Neste fim de semana, dois acidentes aqui por perto e que puseram fim a cinco jovens vidas.

Aí resolvi escrever esse pequeno conto.

SEDE DE VIVER por Kali

Após morrer num acidente com o carro que dirigia, um jovem foi ter com o pai, que inutilmente o esperava.

- Pai, morri numa batida. Morreram também a Suelen e Camila. Corri muito.

O pai o olhava com olhar perdido.

- Ia trazer a chave, mas não consegui pegá-la. Agora não consigo mais ter contato com a matéria, fiquei incorpóreo. Etéreo que fala, não é? Vê como fiquei translúcido? Mas ela está na ignição. O carro ficou todo arrebentado.

O pai o fitava com um olhar vago.

- É ruim aqui, pai. Não consigo tocar em nada. Tenho muita sede, pai, muita sede. Me ajude!

O pai foi em direção a ele.

- Meu filho!

O espectro do filho projetou-se abrindo os braços, que foram atravessados pelo pai que pegava na escrivaninha o porta-retrato do filho.

Ao fitar a imagem sorridente do filho, uma lágrima rolou de sua face.

Antes que ela caísse no chão, o jovem enlouquecido pela sede tentou beber da lágrima.

Que lhe atravessou a garganta.

Kali.
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quinta-feira, 11 de março de 2004

Divagações em meio ao afogadilho
(Com trechos da música Viagem, de João de Aquino e Paulo Cezar pinheiro)

Estudando, estudando, estudando.

Feito um burro.

E, agora, indo prestar uma prova.

E isso lá é coisa que se preste?

Porém vou...

...

Mas volto!

Que a Poesia volte comigo, ao menos.

Não.

Ela não faz provas.

Que ela então me espere do lado de fora.

- E então? Vamos embora?
- Agora! E a prova? Terminou na hora?
- Ah, Poesia! Só sabes rimar?
- Não! Também sei fazer rir! E sei também fazer chorar!
- Então vamos, que o professor pode perceber.
- Perceber o quê, Kali, podes me dizer?
- Que eu escrevi na folha "a prova tá boa, mas tenho que ir!"
- E para onde tão breve tinhas que partir?
- Para encontrar-me com uma amiga que só sabe rimar e perguntar.
- Então vamos! Vamos viajar! Vamos indo de carona na garupa leve do vento macio que vem caminhando desde muito longe lá do fim do mar! Vamos visitar a estrela da manhã raiada que pensei perdida pela madrugada, mas que vai escondida querendo brincar...
- Minha Poesia, anda, se prepara, traz uma cantiga, vamos espalhando música no ar! Olha quantas aves brancas, minha Poesia, dançam nossa valsa pelo céu que um dia fez todo bordado de raios de sol. Mas pode ficar tranqüila, minha Poesia, pois nós só voltaremos numa estrela-guia, num clarão de lua quando serenar. Ou talvez até quem sabe nós só voltaremos no cavalo baio, no alazão da noite cujo nome é raio...
- Raio de luar.
- Isso!
- Chouriço!
- Hahahaha.

Kali.
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terça-feira, 9 de março de 2004

Yesterday

Tudo bem. Ontem foi o Dia Internacional da Mulher e eu não disse nada a respeito. Como a Ale (que, como outras, me deu o prazer e o charme de sua visita), não sou de reverenciar datas. Mas de reverenciar as mulheres, não abro mão. Então, não custa fazer um agrado para essa classe tão cheia de classe (descontando as Lumas da vida, evidentemente) e atendendo um apelo muito simpático da simpática Maryllene ""Kali, tô morrendo de saudades das suas poesias"... "Continue com as poesias" ... "Beijos extremamentes carinhosos !!!!". Beijos para você também, Maryllene, extremamente carinhosos! :)


www.kim-arts.com

AOS PÉS DAS MULHERES

Não vou jogar-me ao chão por ti, mulher,
Porque mais do que um homem de joelhos,
Sei que queres um homem de pé.

Nem trarei para ti rosas de uma roseira arrancadas,
Porque sei,
Mais do que flores soltas, mortas em tuas mãos,
Teus olhos mais se encantam
Com elas vivas, bailando livres ao vento,
Porque presas firmes no chão.

Nem vou, mulher querida,
Fazer-me forte e firme ao teu lado
Quando tudo o que queres na vida
É apossar-te de mim frágil, deitado.

Atrasadim, mas legalzim, não?

Beijos kálidos, mulheres. Paixões da minha vida, vida das minhas paixões.

Kali.
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quinta-feira, 4 de março de 2004

Naty e os homens

Acontece que tem a Naty, que é uma coisa de gente. Escreve por música, uma delícia. As tiradas delas são irretiráveis. As expressões que ela usa etc etc etc. Maravilha

Esse post aí que eu arranquei de lá (não se preocupe, Naty, deixei uma cópia :) é mesmo coisa dela. O "Post do Homem Perua". Gostei muito. Acho que vai ficar na história dos blogs. Texto para ser distribuído nos bares, nos mares, em todos os lugares.

Me agradou porque concordo totalmente com ela. Mulher fresca, vaidosa, tudo bem, faz parte do show, é até bacana. Mas homem perua... tsc tsc tsc... Outro dia, uma garota que admiro toda a vida falou de Paulo Vilhena (aquele com cabelo espetado para tudo que é direção, cara de viadinho): "Eu hein! quero homem com cara de homem!"

Falou, meu bem! Isso aí. Ser cavalheiro sem deixar de ser cavaleiro. Tô nessa. Tem compromisso hoje à noite, Naty? :) Parabéns, linda. Beijos cálidos.

Metrossexual de c é r.

A onda agora é liberar a sexualidade, os instintos, as vaidades. Masculinas, friso bem. Experimentem abrir uma revista qualquer. Está sempre lá: os machos agoram querem o espaço feminino - roupas, cabelo, fragilidade. Pra mim, isso tudo é uma grande besteira. Pior. É uma grande bagunça que estão fazendo no mundo - o meu, ao menos. Devo ser do tipo antigo, que gosta de homem que é homem. Hoje, macho moderno usa milhares de cremes, faz luzes nos cabelos, se veste como uma perua fugida da novela das 8 e disputa com as mulheres as melhores jóias e dicas de salão de beleza. Meudeus, onde o mundo foi parar? Não que devêssemos estar rodeados de trogloditas das cavernas, mal cheirosos e despenteados; nada de jeito de macaco, bigodinhos, pulseiras Bracialetto, pochete, macacão ou tênis branco. Eu gosto de cabelos penteados, barba feita, perfume bom, roupa legal, cuidado com o corpo. E ponto. Não quero ao meu lado alguém que usa mais cremes que eu, passa horas comendo o espelho e se veste com brilhos e paetês. Quero é cara de homem, gentileza, educação, inteligência, abrir os olhos depois do beijo e não dar de cara com uma lady de sobrancelhas feitas e olheiras retocadas por corretivo em bastão; quero atitude, bom humor, honestidade e calças que não lembrem Zezé de Camargo no início da carreira. Devo ser do tipo antiquado, que preza quem pega na mão, faz surpresas, tem opiniões próprias e não passa a semana ensandecido porque se encantou com uma camisa na vitrine do shopping. Homem que é homem, pra mim, sabe o que quer, escolhe com rapidez, não usa perfume doce nem guarda-chuva; homem que é homem não mata rãs - baratas, sim - não anda com um kit completo de beleza no carro, tem prazer em pagar a conta, abrir a porta, ser educado sem frescuras. Quero sensibilidade, mas com pegada; e sem esmalte nas unhas ou balayagem no cabelo. Porque balayagem é o fim da picada. Definitivamente, eu nunca vou ser fã de homens como Beckham.

Kali.
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quarta-feira, 3 de março de 2004

Flor e alpistes

Os passarinhos estão indo embora. Culpa minha. Estava me esquecendo dos alpistes :)

Kali.
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terça-feira, 2 de março de 2004

Dois sites: um de deuses, túmulos e sábios... e outro de pelados

Site fantástico esse aí. Três anos de trabalho e investimentos de U$2,5 milhões da IBM. Tudo sobre o Egito (quem é familiarizado com a língua inglesa, francesa ou árabe aproveitará melhor, mas, independente disso, vale a pena as imagens, os vídeos, a qualidade e o conteúdo do site, a arte gráfica (reparem que o fundo tem a textura de um papiro). Show de bola. Para quem gosta, imperdível. Para quem não gosta, também: para descobrir que, na verdade, gosta.

Um site meio maluco esse aqui, com pessoas comuns que aceitaram se despir diante das câmaras. Você clica e as peças de roupas vão sendo retiradas (com as pessoas girando), até ficarem peladonas.

Aaaah, para não perder o costume, nem para dizer que não falei de música, uma poesia recém-nascida:


www.kim-arts.com

VOCÊ CANÇÃO by kali

Se tu fosses, meu amor, um música,
Te cantaria ao arrebol
Se eu não adormecesse em si, atol,
Nem sonhasse em mim, bemol,
E nem fosse acordar no corte de um acorde

De sol.

Simplezinha, mas bonitinha para dizer pra quem se ama, não? Fala sério... :)

Kali.
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segunda-feira, 1 de março de 2004

Burros e McGyver

Estudando, estudando, estudando. Mas nada que justifique ausência de um post. Melhor um post que não presta do que uma peste que não posta, não é mesmo? Nem que seja para fazer graça. De azeda basta a Zelda rsrs. Brincadeira. Nem conheço a Zelda, que pode ser um doce de pessoa.

Poderia dizer que estou "estudando que nem um cavalo" para mostrar o grande esforço. Mais apropriado seria utilizar a expressão "estudando que nem um burro", não é? haha. Aí juntaria as duas coisas: o esforço e melhor adequação da expressão ao fato hahaha.

Mas não vou gastar o espaço de um post apenas com asneiras. Vou aproveitar e dar uma dica que achei legal. Vi no jornal O Globo (Informáticaetc), na coluna do Piropo. Não sei se vai ser útil para você, mas é o seguinte.

Vamos supor que você tenha desligado o computador antes de se lembrar que esqueceu um cd dentro do drive de CD-ROM. Sabia que você não precisa ligar o computador de novo só para retirar o cd, que pode abrir o drive mesmo com o computador desligado? É! Mesmo que ele esteja em sua mão, desconectado totalmente da rede elétrica (suponhamos que você o tenha retirado do computador para mandar consertar e se lembrou que tem o cd do seu grupo de pagode preferido).

Tá vendo um buraquinho bem na frente dele, no painel? Então. Serve para isso. Enfie um clipe aí, e quando encontrar uma pequena resistência, force um pouco mais que a gaveta vai se abrir um ou dois centímetros, o suficiente para você terminar de abrir a gaveta com as mãos. É só abrir e...

...perceber que o cd não estava lá, mas em outro lugar, porque você é mesmo muito esquecido(a) :Þ

Tente. Por precaução, faça isso com o computador realmente desligado. Sei lá, pode dar choque...

Oquei?

Kali.
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Não falo de mim,
mas do mundo,
bem mais importante
e interessante.
Quiçá, mais bonito :Þ

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