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quinta-feira, 27 de novembro de 2003

Dois livros, dois poemas

   

Saiu um livro que deve ser muito legal: 100 Melhores Histórias Eróticas da Literatura Universal, antologia organizada por Flávio Moreira da Costa que reúne textos eróticos da literatura universal, dos gregos até a prosa contemporânea brasileira. Olha só o time de autores, dentre outros não menos consagrados: Ovídio, Platão, Boccaccio, Shakespeare, Bocage, Zola, Proust, James Joyce, D. H. Lawrence, Machado de Assis, Flaubert.

Outro lançamento é Fábulas, de La Fontaine, em dois volumes encadernados, com ilustrações de Gustavo Doré. Aquele que ilustrou a Bíblia, A Divina Comédia, Dom Quixote de La Mancha... Já imaginou? Maravilha, né?

Não vou comprar nenhum dos dois. O primeiro, porque eu já comprei. Ontem. O segundo, porque eu vou ganhar de presente de Natal, pois mereço (fui muito bonzinho este ano). Mas só amanhã, porque agora estou descansando.

Adoro fábulas. Como aquela da raposa e da leoa, de Esopo. A rapoza e a leoa tiverem crias. A raposa então começou a zombar da leoa porque ela, a leoa, só tivera um filhote, enquanto que a raposa tivera uma ninhada com vários. A leoa então lhe respondeu: "Realmente, só tive um. Mas um leão." Fantástica essa fábula.

E quanto a erotismo, seria redundante a um ser humano dizer que gosta. Falando nisso, há um ano atrás eu publicava dois de meus poemas que possuem boa carga de erotismo (especialmente o primeiro. O segundo, talvez mais romântico do que propriamente erótico). Gosto muito de ambos. E, como muitos também gostaram, republico agora, ao vivo e em cores.

Podem aplaudir, eu deixo. Mas não muito alto, que no momento estou descansando, tá? :o)

IMAGEM PERDIDA por Kali

"Desejava seu ventre corrompido pelo gozo
Seus corpos nesse sexo tão exposto.
Amá-lo até o fim de sua vida
Suas bocas para sempre em clausura.
Sua única saída." *

E tanto desejou que
A imagem se formou.
E, num ímpeto, ao encontro daquela imagem
Seu corpo se arremessou.

Nem os estilhaços do espelho,
Nem o sangue em vermelho
Lhe fizeram compreender
Que foi tanto o amor que se verteu,
Que nela já não estava mais seu eu,
Que aquele corpo no espelho era mesmo o seu
E não o corpo ao encontro do qual se arremeteu,
Não o corpo do desejo que a ensandeceu

E o que restou além dos estilhaços
Foi uma lágrima em meio ao sangue
Chorando a imagem que se perdeu.
(*) por Silêncio

AMOR, MEU GRANDE AMOR por Kali

Te abracei
sem nunca te tocar

Te almejei
sem nunca te alcançar

Te possuí
sem nunca te tomar

Te perdi
sem nunca te largar

Amor, meu grande amor,
como conseguiste partir
se nunca estiveste por chegar?

Volte, para que eu possa me achar.
Me ache, para que eu possa te encontrar.

Depois durma, para que eu possa sonhar.
E sonhe, para que eu possa acordar.

E não deixe de falar
Para que eu consiga cantar.
E cante, para que eu possa me encantar,
e nesse encanto eu possa me calar.

E, mais que tudo, meu amor, me beije forte
para que o teu corpo me sufoque,
e no sufoco do meu corpo
minha alma possa respirar.

Kali.
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quarta-feira, 26 de novembro de 2003

Um poema

Como eu não tinha nada para fazer, fiz um poema para vocês lerem. Tá bom?

O CALOR QUE SE ACABOU

Por que te encontro tão desolada?
Estavas tão segura e feliz
Naquele dia em que eu perdi
O calor que te pedi,
O calor que me negaras.

O que foi feito de tanto ardor
Que no intento eu aguardava
E no entanto tu guardaras?
Como se esfriara
A quentura que em teu peito
Tão forte tu abraçaras?

Tanto tempo se passou
Desde aquele frio contraste...
Eu pedinte, tu pedante,
Eu tangente, tu secante...
Porém não tanto quanto as vezes
Que em meus sonhos tu passaste.

Encontro-te agora tão desolada.
Faz sofrer-me o teu pesar.

Mas não seria tanta a minha mágoa
Se ao menos eu soubesse
Que não terias para usar,
Se à noite precisasses,
O que de dia me negaste,
Que no frio de certo dia
Fingiste me negar
O fulgir de um calor
Que não tinhas para me dar.

PS: Se eu tivesse alguma coisa para fazer, talvez eu ainda fizesse um poema para vocês. Claro: se o que eu tivesse para fazer fosse exatamente um poema pra vocês :Þ

Kali.
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segunda-feira, 24 de novembro de 2003

A abóbora que virou melancia

Podem rir, eu deixo.

Kali.
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sábado, 22 de novembro de 2003

Amigas ao vento

Não haveria mais nada a dizer dessa imagem. É, não precisava. Mas eu disse :)

PS: Quero agradecer a Lika, a Karin, e também a Berenice, pelas imagens da Kim Anderson que utilizo neste blog e sobre as quais jogo meus devaneios. Como esta, das "Amigas ao Vento". E acho que já passou da hora de dizer para vocês onde encontrar um montão delas: aqui.

PS2: Durante a semana, está complicado deixar comentários no sistema BLOGGER, embora visite blogs que os adotam (a maior parte dos que eu visito, por sinal), pois esse sistema de comentários é bloqueado onde acesso a internet, não sei porquê. Sem falar que o tempo escasso me impede de visitar os blogs na frequência e constância com que eu gostaria. Mas eu visito. Então, não me crucifiquem. Não confundam "abóbada celeste" com "a boba da Celeste", nem "Zé da Carroça" com "Zeca da Roça". E não queiram ver o que o "Kali tem por descaso" onde só há "tempo escasso do Kali".

PS3: Como muitos podem ver, tenho que atualizar os links aí ao lado, sem falar que tenho um monte de links de blogs geniais para acrescentar. Mas também não é descaso. Não confundam "Colinas de Golã" com "gorilas de colant", nem "a obra do mestre Picasso" com "o picaço do mestre-de-obras"... (pô, foi mal, desculpem :)

Kali.
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sexta-feira, 21 de novembro de 2003

Decisão

Vamos ver o que esses dois andam conversando?

Kali.
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quarta-feira, 19 de novembro de 2003

A pedidos

Já que pediram (Lika, minha amiga, o que vc não pede chorando que eu não faço rindo?) e já que eu gosto de fazer, aqui vão mais duas "cenas cálidas da minha infância". Adoro me colocar como protagonista desses diálogos que jogo sobre as fotos de Kim Anderson. Posso, não?

Ah, bom. Pensei que não pudesse.

Vocês sabem que "cadeira" no plural, além de significar duas ou mais cadeiras, significa também "quadris" ou "região inferior das costas", não sabem?
Ah, bom. Pensei que não soubessem.

Vocês gostam dessas imagens e diálogos, não?
Ah, bom. Mas eu nunca pensei que não gostassem :)

Kali.
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segunda-feira, 17 de novembro de 2003

As cores do Vital, o direito ao riso e a segregação social

Acontece que em Vitória tem o Vital, carnaval fora de época. O deste ano terminou ontem, domingo (caso fosse na cidade de Fátima, fico imaginando se a festa não se chamaria 'Fatal', ou se Bossuana não teria o seu "Boçal"). É uma festa da classe média, para os filhos da classe média, especialmente de Vitória, Vila Velha e adjacências, mas vem muita gente de fora, principalmente do Rio e Minas Gerais, talvez porque o Rio não tenha o seu "Ritual", nem Minas o seu "Mineral", ou Belo Horizonte o seu "Horizontal", sei lá. É uma festa que rende muito dinheiro para os organizadores e, creio eu, também para os traficantes, pois o volume de drogas que rola, segundo dizem, é grande, sem falar, claro, das músicas que tocam por lá. O Vital ocupa espaço público da Praia de Camburi, impedindo o trânsito local e obrigando os moradores de Jardim Camburi e dos bairros próximos a darem uma volta de quilômetros, a não ser que queiram se aventurar a ir e vir por mar.

O Vital é um sucesso de público. Atrai milhares de jovens e de adultos que querem se sentir jovens. Gente fina, gente grossa, artistas globais etc. e tal. Mas tem quem não gosta. Nesse período, por exemplo, igrejas evangélicas e mesmo católicas organizam grupos de oração, de louvor ou de retiro espiritual do tipo "Tchau, Tchau, Vital!", tentando talvez exorcizar o mal da alegria e da descontração. O conflito é apenas aparente: na verdade, seja atrás do trio elétrico ou da Santíssima Trindade, está cada um indo atrás de seu ópio predileto.

Mas não era sobre essas coisas que eu queria falar a respeito do Vital (a desrespeito, seria melhor). É sobre algo bem mais importante, creio. Nada contra jovens se divertirem e se beijarem na boca uns dos outros seguidamente, até não poder mais. Acho que faz parte do espírito da juventude atual. Caberia a um sociólogo falar disso. Não, o direito ao riso deveria ser sagrado. Quando a burguesia levantou contra a monarquia a bandeira da liberdade, igualdade e fraternidade, deveria ter colocado nela também o direito ao riso. Se não o fez, foi porque sabia não poder assegurá-lo para todos, especialmente para a nascente classe trabalhadora. Só que, diferente das outras três famosas reivindicações, ficaria muito mais evidente a impossibilidade burguesa de garanti-lo a todos, pois o riso é um direito muito mais palpável, por mais que existam risos falsos por aí.

Acontece que, como outras festas do gênero, o Vital representa uma segregação social das mais repugnantes. Não me admira que em países civilizados não existam festas desse tipo, em que fica tão exposta a divisão entre ricos os pobres, mesmo porque alhures essa diferença não é tão brutal como é no Brasil. E o Brasil, definitivamente, não é um país civilizado, menos ainda o Espírito Santo.

É claro que nem todo mundo vai ao Vital para se divertir. Existem os que trabalham para segurar a festa, como os garçons dos camarotes, os faxineiros, os técnicos de som, os que vão lá para catar latas de cerveja para sobreviver etc. Pois bem. Mas existe um tipo de trabalhador do Vital que encarna todo o apartheid que a festa representa. São os o que seguram a corda separadora entre os que pagaram e os que não pagaram, entre os vestidos com abadás e os descamisados de abadás. Maioria de origem negra, são eles chamados de "cordeiros" (a palavra possui uma conotação muito forte e muito aplicável à situação, embora, na minha modesta opinião, acho que a palavra correta para designá-los seria cordoeiro ou cordeleiro, mas o que isso importa?). É impressionante a cena. Digna do Império Romano ou de qualquer outra sociedade escravocrata, não de uma sociedade do século XXI: do lado mais clarinho, os filhos da classes média e alta, e do lado mais moreninho, os filhos das classes desafortunadas da nossa sociedade, pegando a rebarba do som que, de tão alto, atinge ricos e pobres indistintamente.

Se um daqueles negros que seguram a corda visse a festa pelos olhos da sua raça, ele diria: "Puxa, nos tiraram da nossa terra, nos roubaram uma pátria, roubaram-nos até feijoada que fizemos com os restos suínos que atiravam fora, se apropriarem do samba que conseguimos extrair até do batucar de uma caixa de fósforos e, não satisfeitos, ainda nos roubaram a festa que inventamos, o Carnaval. É preciso um dia romper essas cordas que divide o povo para que essa festa volte a ser do povo".

Coisa que estaria nas mãos deles, literalmente.

Essa é minha redação sobre o Vital, o Carnaval fora de época de Vitória. Espero que a professora goste.

...Que ela não tenha pulado.

Kali.
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quinta-feira, 13 de novembro de 2003

Post de um atropelamento anunciado

Acontece que eu tenho um certo vício de pegar uma palavra ou frase e dar um outro sentido a elas, totalmente diverso, alterando o mínimo a fonética e a ortografia. Trocadilhos. É isso. Vivo construindo trocadilhos.

Tipo assim:

Adesivo num carro de um homem casado, sério, com filhos recém-nascidos:

Adesivo num carro de um canastrão:

Eu fico pensando essas coisas bobas quando ando pela rua, em vez de prestar atenção no trânsito x(

Kali.
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quarta-feira, 12 de novembro de 2003

Quando a chuva cair

Da cena abaixo fiz a poesia mais abaixo.
Simplezinha, molhadinha, mas bonitinha.

POESIA AMIGA por kali

Se um dia uma tormenta
Desabar sobre sua alma
Que ela encontre em você
Uma criança largada
Que sob a chuva se esbalda.

Porém, 
Se sobre sua face aguada
Não vingar nem mesmo
Uma alegria minguada
Mire-se nas sombrinhas molhadas
Que mesmo frágeis se animam
Quando a chuva desaba:

Se um dia uma tormenta cair,
Não se feche, se abra.

Kali.
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sábado, 8 de novembro de 2003

Partida

Essa cena me inspirou um poema. Acho que vocês vão gostar. Cai bem num sábado. Se quiserem, podem aplaudir, eu deixo :)

Kali.
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quarta-feira, 5 de novembro de 2003

Admirador secreto

Reparem nesta cena... e depois os versinhos que joguei. Espero que reflita um pouco do espírito deste blog. Para vocês, com carinho.

Kali.
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terça-feira, 4 de novembro de 2003

Especial

Acontece que este post vai especialmente para CoRa, que sempre me visita e está comemorando o primeiro aniversário de seu blog. Espero que esse também lhe arranque um sorriso, como o anterior. Beijos, CoRa. Cálidos.

Kali.
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segunda-feira, 3 de novembro de 2003

Aplicações

Problema nenhum, né?

Kali.
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Não falo de mim,
mas do mundo,
bem mais importante
e interessante.
Quiçá, mais bonito :Þ

Creative Commons License

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