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sexta-feira, 31 de janeiro de 2003

A Garotinha do Itaú

Hoje à tarde fui a uma agência do Banco Itau e quando ia saindo da agência vi um terminal de acesso à Internet dando sopa (tá na moda agora dar sopa :) (o Itau tem parceria com a AOL e mantém um terminal para mostrar o produto aos clientes) (eu nunca vi duas frases seguidas entre parênteses, quanto mais três!). Não havia ninguém acessando. Então resolvi dar uma olhada para ver os comentários no Blog Kálido. Blogueiro quando visita seu próprio site é pra ver os comentários e não os posts que ele já conhece. O comentário "Eta gente bonita!" do post anterior foi feito nessa agência do Itaú... e vocês nem sabiam, claro. Fiquei encantado com as manifestações sobre o post O Pulsar da Vida. Meus leitores são demais. Me senti a pessoa mais feliz da agência. Mas não mais feliz do que essa menininha saliente aí, que estava no cartaz lá da agência. A danadinha ainda me apontando o dedo. E eu não gosto muito que ficam me apontando o dedo.

Mas ela eu deixo. Ela pode.

Kali.
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quinta-feira, 30 de janeiro de 2003

O PULSAR DA VIDA

A pessoa de Fernanda lendo Fernando Pessoa.
Uma garota marota cheia de responsabilidade.
Uma garota insana querendo um macacão de dormir, depois de aprender a ser forte com Shakespeare.
Bia aprendendo, agradecendo, se refazendo.
Silêncio se entorpecendo com Chet Baker.
Disa desviando os olhos do visitante para um mundo mais real.
Paula postanto mais uma foto de encher os olhos... e esvaziar os ódios. Humana, demasiado humana.
Carol, Suicide Girl, voltando pra casa.
Majarti quebrando-se e se recompondo.
Liane e Funny Valentine, sem acesso, por causa de um Weblogger.
Bridget saindo apressada.
Paula pedindo explicações sobre um filme.
Tchela vivendo sua vida bela. E com 10.000 visitas na tela.
Jackie procurando Matt Dillon. E achando.
Tati explodindo de felicidade com o nascimento do bebê da Lê.
Terry contando a história da Cidade Cinza.
Paula Foschia lendo a sorte no biscoito
Constanze linkando o Mad Dog e o cara que desenha com caneta bic enquanto telefona.
Nathalia achando engraçado fulando ser chamado de ex-BBB e precisando fortalecer a musculatura do ombro.
Rina Priscilla com dor de cabeça, TPM e nada pra dizer, mas querendo saber quem é que visita seu blog às 8:30 da manhã.
Lívia tentando se conhecer a cada dia.

E Kali em estupor, com tanta vida pulsando em seu monitor.

Kali.
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Alguma acontece em seu coração

ALGO DE BOM

Algo de bom em você
Deixei.

Algo de bom
Que vai ficar para sempre,
Eu sei, você vai ver.
Sem nunca se lembrar,
jamais vai se esquecer.

All good bom in você.
Que vai te devorar
Quando você o comer.
Que vai te tomar
Quando você o beber.
Te sacudir,
Quando você rir.
E te encantar,
Quando você dormir.

Algo de bom que deixei
E vai frutificar, eu sei.

Algo de bom
Que em você deixei,
E que deixou, ao sair de mim,
A sensação de que pus,
Muito mais do que tirei.
E que deixou, no deixar em ti,
A sensação de que recebi
Muito mais de que doei.

Kali.
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quarta-feira, 29 de janeiro de 2003

Mais arte

E o nome do artista é Hirschfeld


Lisa Minnelli


Harlem Family Group

Kali.
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Noam Chomsky

Para o lingüista norte-americano Noam Chomsky, quanto maior a oposição do mundo a um ataque dos Estados Unidos contra o Iraque, menores as chances desse ataque acontecer. Noam Chomsky é a principal estrela do Fórum Social Mundial, realizado em Porto Alegre.

Na opinião de Chomsky, Bush precisa de forças confiáveis para agir. Para ele, só Bush e o premiê inglês Tony Blair querem atacar o Iraque e que nem mesmo as populações desses dois países apóiam a guerra. Chomsky afirma que o interesse de George Bush na guerra contra o Iraque é o controle do petróleo do Oriente Médio.

Cara esperto, esse Chomsky. Não é á toa que ele é chamado de "O Rosseau do século XXI". Legal essa reencarnação de Rosseau.

Kali.
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Areia e arte

Tem artista que extrai vida e morte de areia...
Insana que mandou essas fotos pra mim. Só podia...

Kali.
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terça-feira, 28 de janeiro de 2003

Papo kálido

Amanhã, entre 12 e 13h, clique aqui, e estamos conversados.

Os garrunchos no post anterior (?@ABEGIKLNPS21..... ...) não significavam nada,
a não ser um erro do blogueiro ou do blogger, e que acabou desaparecendo, junto
com os comentários de espanto de Insana e Majarti, o que eu lamento.

Kali.
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Uvas Verdes

Um poeminha só para dizer que não falei das uvas. Nem das raposas.

FÁBULA MODERNA

Era uma uva
Aquela guria.
Como podia?
Mas era.
Dava até pra fazer grapa.
Graça, então, nem se fala.

No que fui amassar...
"babaca!",
Disse-me a jaca.

Kali.
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Luz

"A coisa mais certa de todas as coisas não vale um caminho sob o sol."
(Caetano Veloso)

Kali.
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segunda-feira, 27 de janeiro de 2003

Três poetas, três poemas

Li, gostei, dou de graça pra vocês (de O Livro de Ouro da Poesia Universal,
organizado por Ary de Mesquita)


LONGFELLOW
Henry Wadsworth Longfellow, poeta norte-americano,
nasceu em 27 de fevereiro de 1807, em Portland, no
Meine, e morreu em 24 de março de 1882 em
Cambridge de Machasuttes. Além de poeta, foi exímio
tradutor de poesias de outros povos para o inglês.
Homem de uma bondade e polidez sem limites que
o tornaram estimado por todos.

A Flexa e o Canto
(Tradução de Lucindo Filho)

Lancei ao ar uma flecha,
Não sei onde foi cair;
Partiu tão veloz, que a vista
Não pôde o vôo seguir.

Ao ar desferi um canto,
Não sei onde foi cair;
Que vida aguda há que possa
O vôo do canto seguir?

Tempos depois, num carvalho
A flecha perfeita achei;
E guardado em peito amigo
Inteiro meu canto encontrei.


JOÃO DE DEUS
Poeta português, João de Deus nasceu em São Bartolomeu de Messines, em 8 de março de 1830 e morreu em Lisboa, em 11 de janeiro de 1896. Formou-se em Direito pela Universidade de Coimbra. Lutou pela alfabetização das massas. Compôs a Cartilha Maternal, declarada nas Cortes de 1896 método de leitura nacional. As poesias de João de Deus serão sempre citadas entre as mais singelas, ternas e harmoniosas da língua portuguesa.

Sempre

Nem te vejo por entre a gelosia;
Nunca no teu olhar o meu repousa;
Nunca te posso ver, e todavia
Eu não vejo outra coisa.


CAMPOAMOR
Ramon de Campoamor, poeta, filósofo e político espanhol, nasceu nas Astúrias, em 24 de setembro de 1817 e morreu em Madrid, em 11 de fevereiro de 1901.

As Loucas por Amor
(Tradução de Ary de Mesquita)

Eu te amarei, ó Vênus, se quiseres
Que te ame muito tempo e com cordura.
E respondeu-me a deusa com ternura:
Prefiro, como todas as mulheres,
Que me ames pouco tempo e com loucura.


Kali.
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A GUERRA

De uma coisa eu tenho convicção: a guerra de um país contra outro não se compatibiliza mais com o estágio de cultura e desenvolvimento a que a humaninade chegou. A guerra entre nações só encontra sua justificativa estúpida na rapinagem capitalista. Guerras sem razões e ideiais. É a antiga lição que se ensina nos quartéis: morrer pela Pátria e viver sem razão, no dizer bem dito de Geraldo Vandré. O azar de Sadam Hussein não é pensar diferente dos Estados Unidos, mas de estar sentado sobre a segunda maior jazida de petróleo do mundo.

Mas é preciso ver a floresta que está além da árvore. O fato de os Estados Unidos fazerem essa guerra de qualquer forma, mesmo contra a vontade de todo o mundo, mostra a situação crítica da economia que possui a maior dívida externa do planeta.

Não é a primeira vez na história que uma demonstração de força é feita para esconder uma fraqueza.

Diante de toda essa estupidez, a tese marxista de união mundial da classe operária ganha força. O capitalismo não tem mais nada a oferecer para a humanidade a não ser sangue, lágrimas e desespero.
E não é só em relação ao Iraque. Em qualquer país do mundo, uma pessoa que esteja neste momento procurando um emprego para sustentar a si e sua família, entenderia o que estou dizendo.

Kali.
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sábado, 25 de janeiro de 2003

A Vida de Tchela

Quando eu visitei o blog Maré, da Tchela (Marcela) e comecei a ler seu relato sobre as lembranças da escola em que estudou na infância e que agora, adulta, visitava, não sabia que se tratava de um pessoa que usava cadeira de rodas. Antes de começar a ler, eu havia visto essa foto dela do tempo da escola, mas que não permitir identificá-la como usuária de cadeira de rodas.

O relato dela, tão singelo quanto emocionante, me tocou muito, e me inspirou a escrever o poema abaixo. Não por Marcela usar cadeira de rodas, mas pela nobreza de sua pessoa. O poema traduz exatamente a impressão que tive de Tchela através de seus posts, de suas reminiscências, de seus relatos. Considero-o um dos melhores que já produzi. Espero que vocês também gostem. Ela gostou muito. Tanto, que o "pendurou" no seu blog. Foi a segunda emoção que o poema me proporcionou. A primeira foi quando o fiz. Isso preenche por completo o meu ser.

A VIDA DELA

- A vida bela como é?
- É assim, como a dela.
- Perfeita?
- Não. Bela, como a dela.
- Sem sacrifício?
- Não. Bela, como a dela.
- Sem dor?
- Não. Bela, como a dela.
- Sem tristezas?
- Não. Bela, como a dela.
- Vida de pessoa rica?
- Não. De uma pessoa bela, como a Tchela.

Kali.
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sexta-feira, 24 de janeiro de 2003


Aviãozinho de papel

Eu sei que vocês conhecem esse poema, pois está aí ao lado, mas é só para justificar o link para uma página que ensina a fazer o aviãozinho de papel recordista mundial de permanência no ar.

POESIA CONCRETA

...E se não me resta mais rima
quando me vem algo belo,
eu rimo rima com rima,
eu rimo belo com belo.

..E se o lápis se acaba
e só me resta o papel,
minha poesia não se abala,
se projeta, se esbalda:
é um lindo jato no céu.

O link é esse:

Sabe por quê? Porque meus visitantes sabem viajar tanto num avião de verdade quanto num de brinquedo, que carrega menos mentiras que um avião de verdade.

Kali.
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quinta-feira, 23 de janeiro de 2003

O Mar de Nanda

Hoje, Nanda foi à praia. Quando ela voltar vai encontrar esse poema aí nos comentários. Será que ela vai gostar?

A JOVEM E O MAR

Foi à praia se banhar
De sol,
De céu,
De sal.

Seu sol saiu,
Seu céu, cian,
Seu sal, suor.

Livre,
Sentiu-se grande
Como o mar em que iria mergulhar.

Nem era assim o babado.
O mar, vendo seu corpo jovem seminu
É que se sentiu piquininim, acanhado.

Kali.
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FOR ÁRVORE, FOREVER

Certas poesias são pra sempre.

A ÁRVORE DA SERRA
Augusto dos Anjos

- As árvores, meu filho, não têm alma!
E esta árvore me serve de empecilho...
É preciso cortá-la, pois, meu filho,
Para que eu tenha uma velhice calma!

- Meu pai, por que sua ira não se acalma?!
Não vê que em tudo existe o mesmo brilho?!
Deus pôs almas nos cedros... no junquilho...
Esta árvore, meu pai, possui minha’alma!...

- Disse - e ajoelhou-se, numa rogativa:
"Não mate a árvore, pai, para que eu viva!"
E quando a árvore, olhando a pátria serra,

Caiu aos golpes do machado bronco,
O moço triste se abraçou com o tronco
E nunca mais se levantou da terra!


Kali.
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COISAS DE DEUS

Republicando, pois gosto muito desses dois poemas. Acho-os - como não poderia deixar de ser - divinos ;)

O PRESENTE DE DEUS

O futuro a Deus pertence
E quando o futuro chega,
Ele o entrega para a gente,
Assim, displicente:
"Toma, demente!
Era meu esse futuro.
Agora é seu esse presente!"
by ©kaly

FUTEGOD

Deus fez o mundo
Em forma de bola.
Qualquer dia desses
Ele mete o pé.
by ©kaly


Kali.
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quarta-feira, 22 de janeiro de 2003

O perder das despedidas

Ainda sob o impacto de Anani, um dos meus poemas que mais gosto e que me inspirei nessa imagem aí.

O PARTO DA PARTIDA

"Em toda dor de uma partida
se despedem mãos despidas,
se calam rosas cálidas,
nos apelam uma tez pálida
no perder de um olhar perdido."

Kali.
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A partida de uma escolha e a volta das folhas

Comovente o post de Anani Belita de hoje, desfecho de uma despedida:

A DESPEDIDA - FIM

Nesse abraço eu mais senti ser abraçada do que abracei. Ele me deu um beijo carinhoso no pescoço, então peguei a carta que eu havia escrito e a entreguei a ele. Ele me disse que a minha estava no banco de trás do carro. Olhei o nos olhos através dos óculos, meus olhos estavam marejados de lágrimas e eu sentia minhas pernas ficarem bambas.

Entrei no carro e sorri para ele uma última vez e ele me sorriu de volta, e eu li seus lábios enquanto ele falava.

(...) Parei alguns metros na frente, e peguei o que ele havia escrito para mim, comecei a ler...

Quando eu terminei estava completamente descontrolada. Dormente. Eu estava dirigindo mais nem sabia ao certo para onde... Saí do aeroporto, de repente me veio a cabeça que eu não o tinha abraçado, que eu não o tinha beijado como eu queria, como meu coração necessitava... senti uma pontada no coração, e quando li a placa RETORNO. Eu entrei sem pestanejar. Alguém já fez uma curva a 120Km por hora... eu fiz, naquele dia eu fiz.

(...) Estacionei na primeira vaga que vi. Corri, corri desesperadamente até o embarque da VARIG, a fila para o checking estava enorme. Procurei por toda a fila por ele e não encontrei... comecei a chorar achando que ele já teria embarcado, mas não desisti, comecei a andar pelo aeroporto procurando dentro das lojas, e quando já estava desistindo eu o vi, em pé, na frente da loja Pão de Queijo.

Ninguém tem idéia do quanto fiquei feliz. (...)

Quando me aproximei, eu o abracei e foi por muito pouco que eu não me debulhei em lágrimas. Ele me perguntou..

- O que aconteceu?
- Eu só me arrependi de não ter ficado mais tempo com vc. ( eu respondi )

Conversamos mais um pouco enquanto ele tomava o seu café. A hora do embarque se aproximava e quando ela chegou... me senti a pessoa mais impotente do mundo. Nada que eu fizesse ou dissesse adiantaria.

Abracei o novamente e dei um beijo nele. Virei de costas e fui embora... seria melhor que ele não me visse chorar... Me escondi atrás de uma pilastra, e fiquei olhando de longe ele entregar o papel de embarque e entrar... mas antes, ele olhou em volta como se procurasse algo, seria a mim para um último adeus? Não sei... Só sei que quando ele entrou, eu sentei e chorei. As pessoas passavam por mim e não entendiam... andei sem sentir até o carro... parecia que eu não tinha rumo, como se a vida tivesse acabado... me senti tão sozinha... quando cheguei no carro, olhei para o lugar onde antes ele havia sentado e sorrido para mim... chorei mais um pouco... quando me acalmei, consegui ligar o carro e voltar para casa... durante o trajeto parei umas 5 vezes em acostamentos para chorar, demorei quase 2 horas para chegar em casa... o que normalmente eu faria em 30 minutos... era apenas inicio da dor da ausência que provavelmente permanecerá por muito tempo no meu coração...

(...) Hoje eu espero que ele tenha lido a carta, a carta que eu escrevi o que vinha do fundo do meu coração... com toda a sinceridade possível... meus desejos, meus anseios, e tudo que um dia eu sonhei dizer a ele pessoalmente e não tive coragem...

Quem sabe um dia, eu escreva um fim diferente para a história de Anani Belita e seu JavaMan, por enquanto essa história terminou dia 18 de janeiro as 10:25 da manhã no aeroporto internacional de Guarulhos em São Paulo.

O post me comoveu e fez me lembrar um poema que fiz há algum tempo e que gosto muito. Deixei lá para ela e ela já me agradeceu aqui nos comments. Bom tocar a sensibilidade de uma pessoa num momento desses e receber de volta o carinho de um agradecimento. Um beijo, Anani. O poema é esse:

OUTONO DE MIM

Os ventos sopram.
As folhas caem.
Você se vai...
...Minha alma atrás.

O corpo se detém e chama
por você e pela alma insana.

Gritos roucos
de um corpo oco
no ar se soltam.

Só o vento pára.
Só o vento vira-se.
Só as folhas voltam.

Kali.
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Templates insanos

Como eu prometi, os templates que a Carol (INSANA) fez e está no ar:
Este, que se diz kálido,
dani,
sebastian,
le-monade
e o dela, óbvio.

Em todos,
sempre presente,
a sensibilidade
emocionante e fina
de uma Carolina.

Kali.
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Da série BBB

Bial Bancando o Bobo.
Baranga na BlayBoy (hehe).

Kali.
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Peixe cativo

O post:

Acho que meu peixe vai morrer...
Será sempre assim? Quando as pessoas vão, queremos que não...
digo, os peixes.
Pequena impressão de que sentirei falta de limpar o aquário.
Há três anos eu dou comida para o peixe quando acordo.
É a primeira coisa que eu faço. E nunca me esqueci. Nem um dia.
O que vou fazer antes de arrumar a cama e lavar o rosto?

É a minha rotina, acabando aos poucos.
Deveria ser bom...
acho.

(Bavardage, 19/01/2003)

O poema que deixei lá (mudei o título):

SOM CATIVANTE

Quando acordava,
Era sua primeira tarefa.
Nunca se esqueceu.
Nem um único dia,
Nem quando adoeceu.
Nessas horas, dizia:
"A dor é minha,
O alimento é seu."

Agora não sabia o que fazer
Antes de arrumar a cama
E lavar o rosto.

Apoiou-se no encosto.

Se aproximou do aquário sem peixe
E jogou o último resto de comida,
Só para ouvir melhor,
E pela última vez,
O som distante que julgava ouvir
Por três anos, toda vez:

"Como és nobre,
Como és altiva,
Como és responsável
pelo que cativas."

Onde há mais poesia? No post ou no poema? No post da Nanda, óbvio.

Kali.
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terça-feira, 21 de janeiro de 2003

Chuva que cai, lua que foge, poesia que sobe

Um dia desses, quando eu visitei seu blog, Paula, a Menina da Lua, reclamava da chuva interminável de BH. Deixei um poema que mostro agora, depois de aperfeiçoá-lo. Ficou legal. O poema não fez água. A água é que fez o poema.

CHUVA NOS OLHOS

Querendo ver sua lua,
A Menina da Lua só via gotas na rua.

E a chuva lá fora fez cair outra chuva.
Nos seus olhos, agora.

A lua, que saíra cheia só para ver sua menina,
minguante e cativa, foi embora.

E, minguante e cativa,
chorava a menina vendo a chuva lá fora.

Até que adormeceu.
Por causa do choro, não por causa da hora.

No sonho é que viu sua lua.
Lua onírica, com gosto de amora.

Foi quando sorriu.
Um sorriso doce, do qual nem soube
Mas um sorriso de quem ri, não de quem chora.

Desce o pano. Obrigado pelas palmas :Þ

Kali.
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Verdades e mentiras sobre Marx

Sobre Marx, a humanidade vai ter ainda muito o que falar, pois suas teorias ainda brilham à luz dos nossos dias (ao contrário do que normalmente se pensa). Virão ainda muitas verdades e mentiras a seu respeito.

É impressionante a visão deturpada que a maioria das pessoas tem sobre Marx. Isso não surpreende. Claro, ele se voltou contra um sistema que domina o mundo inteiro, o capitalismo, e contra uma classe poderosíssima, a burguesia. Não seria de se esperar outra coisa senão a difamação e a contra-informação sobre o marximismo e a própria pessoa de Marx. Os meios de comunicação do mundo inteiro estão nas mãos da classe que Marx mais combateu em sua luta pelo socialismo: os capitalistas. A imprensa é a máquina ideológica da burguesia que faz, por exemplo, você pensar que Hitler era só um louco e não um representante do capital, dos banqueiros e industriais alemães, membro da classe que promoveu as maiores tragédias da humanidade, como a duas guerras mundiais e miséria generalizada no mundo inteiro. O capital não apenas dilacera as cabeças das pessoas com suas bombas, mas também as deformam com suas mentiras.

Esse post anunciado tem a intenção de fazer um pouco de justiça a Marx diante das falsas visões a seu respeito. É rápido. Um pouco de história e filosofia não faz mal a ninguém. Vejam algumas mentiras:

1. Marx pregava o totalitarismo do Estado.
Justamente o contrário. Marx previa o fim gradativo do Estado com a implantação de uma sociedade socialista. Nela, o Estado não seria necessário, ou teria suas funções extremamente reduzidas, como por exemplo, o uso da força, que só se justifica numa sociedade violenta e dividida em classes socias como a nossa.

2. Marx pregava a luta de classes.
Marx não inventou a luta de classe, que sempre existiu. O que ele pregava era justamente o fim delas, o fim de uma sociedade dividida em classes. Para ele, a existência de classes e de luta de classes representam a pré-história humana.

3. Marx pregava o fim do individualismo, a massificação do índivíduo diante do sistema econômico.
Também o contrário. Marx dizia que, sob o capital, as relações entre as pessoas se reduziam a relações de interesse econômico. Para ele, as relações humanas se tornariam verdadeiramente humanas a partir do momento em que o ser humano superasse o sistema de exploração capitalista, a sociedade de classes e tivesse assegurada suas condições de existência. Marx foi o grande humanista do nosso tempo.

Por aí vai. A Marx, um dos maiores filósofos que a humanidade já conheceu, deve ser creditada a evolução do pensamento dialético, herança dos gregos, e a descoberta, no campo da Sociologia, da teoria da evolução da sociedade humana. A exemplo do que Darwin obteve em relação à evolução das espécies, na Biologia. Pouca coisa?

Kali.
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segunda-feira, 20 de janeiro de 2003

Karl, o Marx

Amanhã falo de Marx, e esse bebê aí fica sendo o da revolução.

Não disse que eu era um capeta?

Kali.
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Novo layout

Tão novo que parece um bebê. Legal. Gostei. Angelical. Gostou? Parabéns e elogios devem ser enviados para INSANA (Carolina). Ela que fez pra mim. Fera a menina. Ela faz cada layout! De encher os olhos, a começar pelo dela, que freqüentemente muda, cada um mais bonito que o outro. Assim que puder, listo alguns que ela fez, pra vocês confirmarem o talento dela. Fico feliz de ter passado essa imagem para uma pessoa como a INSANA, que é muita observadora. Quem sabe não sou mesmo um anjo, ao contrário do capetinha que penso ser? ]:Þ

Kali.
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Filme próprio

Já faz algum tempo (2 de janeiro), Funny Valentine postou assim:

Entao eu tomei banho, me arrumei e agora estou aqui, ainda sem saber o que fazer. Peguei alguns livros do meu amor e outros meus e estou decidindo qual vou ler. A tv esta ligada e eu desisti de ir ao shopping, porque vi que nao ha nada de novo no cinema que eu ainda nao tenha visto e tambem porque parece que vai cair uma tempestade aqui em Sampa.(...)

O comentário cálido saiu assim:

O FILME DELA

Não sabia o que fazer.
Se lia, se via, se cantava, se sorria.

Até que resolveu fazer um filme...
Uma história bela,
que fosse a cara dela.

De um espelho fez então tela,
Do enredo, o rosto dela
E das cenas, seu perfil

Então se leu,
se viu,
se encantou

E sorriu.

Simplizim, mas bunitim, não?
Aguardem mudança de layout, sob coordenação de INSANA, essa menina brilhante, artista genial e caridosa comigo. E ainda se diz uma menina má. Quer uma aula sobre pintores e movimentos de pintura modernos? Vai no blog dela, vai.

Kali.
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sábado, 18 de janeiro de 2003

Choro contido

Na sexta, Nathalia, Sorvete de Casquinho, estava assim:

Vontade de chorar. Respira, Nathalia, respira.

Meu comentário ficou assim:

LÁGRIMAS RETIDAS

A vontade
Era de chorar.

Ao vislumbrar
As lágrimas perdidas,
Deteve-se.

"É melhor guardar.
Desse líquido talvez
eu possa precisar.

Na secura do mundo
Terei com que me molhar.
Em sua sujeira,
Do que me lavar.

E na minha sede de vida,
É dessa água que irei tomar."

Como ela estará hoje?...

Kali.
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sexta-feira, 17 de janeiro de 2003

O universo no seu dorso

 

São assim as estrelas tatuadas em Paula . Um pedaço do céu em suas costas. Legal, né? Mais que legal, poético.

Pois é. Poesia se responde com poesia.

GALÁXIA PAULIANA

A janela aberta
Para a celeste abóbada
Com milhões de estrelas nela
Não atraía para si
Os cintilantes olhares dele
Perdidos em direção a ela,
Em direção a três estrelas
Tatuadas nas costas dela.

Era esse o seu céu.
E o universo, o corpo dela

E tem um post muito legal , de ontem, o do telefonema. Como eu falei no link, não é um blog, mas um estojo com as jóias dela.

Kali.
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Zumbis

Eu não acredito que existe gente que assiste briga de vale-tudo. Mas que existe, existe.

Kali.
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quinta-feira, 16 de janeiro de 2003

A leitura do silêncio

Aí chega Silêncio, essa emoção em pessoa, e deixa essa preciosidade de comentário no singelo Blog Kálido:

Esses cartuns são maravilhosos...
pena que tenha que rir baixinho aqui do trabalho.
Mas, a poesia, ah... por essa eu suspiro alto!
Silêncio | Email | Homepage | 01.16.03 - 11:44 am | #

Tinha mais é que levar um poema na lata, não?

LEITURA SILENCIOSA

Se meu blog tem beleza,
Ela não vem do que se vê,
Porque a beleza do meu blog
Vem do silêncio de quem ri
E do suspiro de quem lê.

Você é que alegra meu dia, linda.

Kali.
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Belita Anani

Acontece que, ontem, depois de muito tempo, visitei o blog da Anani Belita (muito belita essa Anani, não?) e encontro esse post (triste, né?):

Eu estou sem condições para escrever....
Uma parte de mim está morrendo hoje...
E eu nem ao menos sei como enterra-la.

:-(

Então consegui deixar esse post (agora com título):

NOVA DANÇA

A parte de ti
Que está morrendo
Não há de matar
A parte que está nascendo,
Pois para cada parte que morre
Há uma outra renascendo.

Se uma flor cai,
é para dar lugar à semente,
e uma outra flor poder,
ao vento, fazer nova dança.
Nada de eterno sobre a terra,
exceto a própria mudança.

Enterre a parte que te morre
No vasto terreno da esperança.

Hoje, chego lá e me deparo com esse poema postado naquele blog lindo, e chamando-o de poesia kálida. O que eu mais iria querer da vida, além, claro, de que a belita da Anani tenha mais alegria?
Kali.
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Hoje tem cartum? Tem, sim senhor! E poesia? É na hora, minha senhora!

POEMA DO AMOR PERDIDO

Quem eu quis
Não me kiss.
Amor extraviado,
Perdido.

Ah, minha lembrança,
Por que o encontrou?
Já estava no chão...
Por que o pegou?

Para protegê-lo da chuva
Que se prenunciou?
Mas fazia sol,
Você não viu?

Nem era de chuva aquela gota.
Foi minha lágrima que caiu.

Sim, minha lembrança,
Bem que uma chuva em mim se fez,
Mas não que molhasse o meu corpo,
Senão que secasse a minha tez.

by ©kali

Bonitinha, não?
Mais alguma coisa? Ah, sim, os cartuns.


Bosc (França)

 




Claude (França)

 

G. Valls (França)

 

H.Valk (Estônia)

 

J. Marcus (USA)

 

Mose (França)

 

N. Kapusta (Rússia)

 

O. Soglow (USA)

 

S. Mitev (Bulgária)

 

V. Uborevich-Borovski (Rússia)

Kali.
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quarta-feira, 15 de janeiro de 2003

Mais Cartuns

Como vocês podem ver,
a poesia anda ausente.
Aparentemente,
Pois ela não morre,
Apenas dorme, latente.

Como vocês podem ver,
Ela pode aparecer, de repente,
Mesmo ao fazer um post
Pra dizer que ela não estará presente.

Isso aí é verdade, pois quando comecei a fazer o post, não pensava em fazer poema nenhum. Já que saiu, fica. Pra sempre.

Os cartuns são esses (espero que caia no agrado do meu povo):









Claude - (França)

 




Bosc (França)


(Desconheço)


C. Addams - (USA)


(desconhecido)

Hehehe.

Kali.
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terça-feira, 14 de janeiro de 2003

BBB

Bobos Bservando Bobos.

Não é, não?

Kali.
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Frases

Existem frases muito sábias e espirituosas, realmente. Ontem eu li várias. Vou citar três, de memória. Só me lembro o autor da última, Groucho Marx. Segura:

"O homem não consegue fazer um verme, mas cria centenas de deuses."
(Essa é duca!)

"Na calmaria ou na tempestade, o mar tem sempre a mesma profundidade."

"Todo ser humano precisa acreditar em algo. Eu, por exemplo, acredito que vou tomar um copo de cerveja daqui a pouco." :)

Kali.
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segunda-feira, 13 de janeiro de 2003

Promessa cumprida

Como eu falei, aqui está uma coletânea do grande . E antes que os moralistas de plantão comecem a resmungar, um recado: não tente ver baixaria onde há arte, humor e criatividade em potencial. Eu coloquei esses cartuns aqui, primeiro, porque as pessoas que visitam este blog, ou são maiores de idade ou de mentalidade, como já pude constatar; segundo, o cartunista é um grande artista e, se vocês perceberem - claro que meus visitantes perceberão! - além do humor, ele também tem a preocupação de fazer uma certa crítica social sobre a forma como o sexo é encarado no mundo moderno. Em todos, o humor e a crítica - além do erotismo, claro - sempre prevalecem sobre o pornográfico e o rasteiro. Além de pura irreverência, óbvio. Mas o que importa não é ficar analisando, mas sorrir. É ou não é? Claro que é. Divirtam-se!

De qualquer forma: Crianças, já pra cama!

Kali.
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Não falo de mim,
mas do mundo,
bem mais importante
e interessante.
Quiçá, mais bonito :Þ

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imagens:
Kim Anderson
textos: kali