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segunda-feira, 30 de agosto de 2004

Votar ou não votar, eis a questão

Agradeço pelas opiniões contra e favor do voto nulo. Isso me motiva e obriga a falar um pouco mais sobre isso. Vamos lá.

Quanto o assunto é eleição, temos tendência de repetir o discurso dominante e exaltar esse "momento mais importante da democracia". A impressão que sentimos é que, se não votarmos, estamos renunciando ao mais belo e nobre instrumento da civilização humana, conquistado com muito sangue, suor e lágrimas após séculos e séculos de evolução social e de luta contra a tirania e blá, blá, blá.

O negócio não é bem assim. Devemos ver as coisas como elas realmente são e não como a ideologia dominante diz que deve ser. Temos que dar às eleições sua exata dimensão histórica, do contrário, em vez de manipulá-la a favor da maioria, nós é que seremos por ela manipulados, como vem acontecendo nos países afora e no Brasil, especialmente.

Claro que as eleições representaram um avanço em relação ao poder "divino" das monarquias. Isso nem se discute. Mas avanço em que sentido?

No sentido da dominação da burguesia, claro. As eleições democráticas são perfeitas para manter o sistema de exploração burguês, o Capitalismo. Porquê? Porque ela não oferece riscos ao chamado Estado Democrático (exceto quando o povo acha mesmo que pode votar em quem quiser e cisma de eleger alguém que o sistema não admite, como aconteceu com Allende no Chile, e então ocorre um violento golpe de Estado) e, além disso, oferece a justificação moral, política, teórica e filosófica para a manutenção do sistema de exploração humana e da dominação do Capital sobre a sociedade.

Isso porque o voto universal torna as desigualdades sociais uma ficção de igualdade. No voto que elege nossos representantes todos são iguais, todos têm o mesmo peso. O voto de um ateu vale o mesmo que o do crente, o voto do velho é igual ao do moço, da mulher ao do homem. E o voto do rico vale o mesmo que o do pobre.

Então acontece o pulo do gato: como são todos livres e iguais para eleger quem quer que seja, ninguém pode reclamar. O sistema é justo, democrático, perfeito.

É o que parece. Mas não é. Quanto às desigualdades naturais, tudo bem. Não se poderá discriminar o voto de um negro do de um branco. Seria puro atraso. Mas só poderemos falar em eleições livres e em igualdade política quando existir de fato a igualdade material, concreta, econômica, caso contrário, as eleições serão mera barganha entre quem quer o voto e quem precisa de um emprego ou um pedaço de pão para continuar a viver. Ainda mais num país como o nosso, onde a fossa que separa pobres e ricos só será mesmo superada por uma revolução social, jamais por um voto comprado.

Outra coisa: o voto nunca provocou grandes mudanças sociais. Ao contrário. Ele veio ao mundo por causa delas, e não as mudanças através dele.

Por isso eu acho que a atuação direta das pessoas ou das massas na luta por melhores condições de vida e de trabalho será muito mais eficiente do que qualquer eleição. Para mim, uma tortada na cara de um político oportunista é muito mais eficiente e transformador que o voto que deram nele. Uma greve de trabalhadores contra salários miseráveis será sempre mais eficaz do que milhares de voto num sindicalista eleito para defender esses interesses. E um voto nulo será muito mais importante para mostrar um descontentamento do que um voto válido dado em quem se propõe a mudar o sistema mas que já está enquadrado nele.

Quero deixar claro que defendo o voto nulo diante do atual estado de coisas, onde a falta de opção é total. É claro que, se numa eleição existir uma força política que propõe um Estado totalitário, vou defender o voto contra tal força e lutar contra o voto nulo. Meu voto nulo é circunstancial, não dogmático.

É que, vendo os candidatos que se apresentam, dá vontade de chorar. E, por enquanto, eu tô é mesmo a fim de rir. Dá licença? :)

Kali.
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quinta-feira, 26 de agosto de 2004

Quando zero é igual a um

Andam dizendo que

SE 50% OU MAIS DOS ELEITORES ANULAREM OS SEUS VOTOS, A ELEIÇÃO TAMBÉM SERÁ ANULADA E OS CANDIDATOS NÃO PODERÃO SE CANDIDATAR DE NOVO!

Não sei se isso realmente é verdade, mas acho que o voto nulo é uma forma válida, democrática e bastante forte para protestarmos contra o atual estado de coisas. As eleições gerais têm sido uma grande farsa onde deram ao povo o papel de palhaço. Se nossa Democracia é verdadeira, ela tem que permitir e aceitar a livre manifestação da vontade de cada um, e não submeter essa vontade ao arbítrio de quem se aproveita da frágil condição econômica e social do eleitor para obscurecer sua consciência, manipular sua vontade e apoderar-se de seu voto.

Se o voto é livre, então eu voto em quem eu quiser, inclusive em ninguém. Este vai ser meu lema nestas eleições e este vai ser meu voto. Chega! Já decidi!

Sigam-me os bons. E os descontentes.

Kali.
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terça-feira, 24 de agosto de 2004

Presentes

Gosto de dar presentes ("então me dá um aí, Kali!"). Infelizmente, a gente não di$põe de muito tempo para ficar escolhendo :) Legal é quando a gente acerta a mão. A pessoa presenteada fica toda feliz e a gente se sente aliviado de ter acertado. Legal. Presentes talvez sejam a melhor expressão da palavra "amigos". Ou "friends", se for em inglês, ou "amici", em italiano... e blá, blá, blá.

Por mais simples que seja, um presente consolida um passado e promete um bom futuro para uma amizade, não? Claro que sim. Mesmo que o passado seja muito recente e o futuro muito reticente.

Mas presentes não precisam ser necessariamente feitos de objetos materiais. Você pode presentear a pessoa amiga a toda e qualquer hora com... galanteios, por exemplo.

Foi o que fiz com uma colega da minha turma, a Juliana, neste final de semana. Houve um torneio de futsal (meninos) e handebol (meninas) entre as turmas do curso de Direito. Depois de uma partida, as meninas da nossa turma estavam discutindo sobre as possibilidades de classificação. Cheguei para Juliana e disse:

- Vocês têm boas chances, pois o primeiro critério para o desempate é o saldo de gols, e o segundo são as coxas mais bonitas.

- Ah, obrigada, Kali! hihihi..

De nada, Ju, de nada. Pergunto: custou alguma coisa? Claro que custou! Queima de fosfato para ficar bolando essas tiradas. Acho que tô muito bonzinho com essas meninas, sabia?

Kali.
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sábado, 21 de agosto de 2004

Um pequeno conto

Talvez porque hoje seja sábado e talvez porque Amanda, aquela do poema do post anterior, tenha me falado uma coisa muito legal durante a carona que dei a ela, resolvi escrever um pequeno conto. Espero que caia no gosto apurado de vocês que fazem deste blog um dos mais seletos em termos de sensibilidade humana dos visitantes.

O que Amanda me falou foi de uma coisa que ouviu do pai dela, que ela acha verdadeiro e me disse nunca esquecer: que uma pessoa que dirige um carrão de luxo nunca terá a mesma dignidade de um outro que dirige um carrinho de lixo, pois este está dando tudo de si para garantir sua sobrevivência, e a de sua família. E eu emendei: "e que vive de seu próprio trabalho e não às custas do trabalho de outro ser humano."

A VERGONHA DO PEDREIRO
por kali

Certa vez, um pedreiro recebeu a notícia de que seu filho encontrava-se preso. Sem dinheiro para contratar um advogado e angustiado com a notícia, ele pegou sua velha bicicleta e foi ter com o delegado para tentar obter a soltura do rapaz. Quando chegou lá, o delegado lhe disse:

- Lamento por seu filho, mas ele foi preso em flagrante quando roubava um par de tênis de um jovem de mesma idade dele e não posso soltá-lo. Sei da vergonha que seu filho está causando ao senhor, mas devo cumprir a lei e mantê-lo preso.

O pedreiro então respondeu:

- A vergonha que meu filho me faz sentir diante de todos é mesmo muito grande, sr. delegado, mas nem se compara à vergonha que sinto diante dele.

Sem entender o sentido daquela frase, o delegado perguntou:

- Mas que tamanha vergonha um homem honesto como o senhor pode sentir diante de um filho que acabou de cometer um crime?

- A vergonha de não ter podido dar a ele o que ele tentou roubar e a de não poder agora tirá-lo de uma cadeia que eu mesmo construí.

Diante do silêncio do delegado, o velho pedreiro pegou sua bicicleta e voltou para casa com o mesmo semblante abatido com que assentava tijolo por tijolo no seu dia-a-dia, ciente do roubo que seu filho cometeu contra a sociedade.

Mas nem de longe suspeitando do quanto, durante toda sua vida, a sociedade lhe havia roubado.

Kali.
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sexta-feira, 20 de agosto de 2004

Um poema, umas palavras e um desenho

Acontece que encontrei este post no Lé-ri-bi, de Danielle (exatamente desse jeitinho):



"Meu amor, o que você faria se só te restasse esse dia? Se o mundo fosse acabar...me diz, o que você faria?"

Aí eu deixei esse poema nos comentários:

Ah, meu amor
Se me restasse só esse dia
Bem alto teu nome eu chamaria.
E se você não viesse,
Antes que o mundo se acabasse
Acabado eu estaria.
Mas se você viesse,
Não seria este o último,
Mas o primeiro dos meus dias.

Ela gostou e publicou. Legal. Ganhei o dia. Eu sempre gostei de fazer poemas sobre o que as pessoas escrevem em seus blogs e me tocam. Mas ultimamente, o tempo tem sido escasso para poesias, infelizmente...

Sobre o fato de eu me mater incógnito neste blog, umas rápidas palavras. Por mais contraditório que isso possa parecer, é mantendo-me oculto que eu consigo revelar meus mais íntimos pensamentos e emoções. Se eu mostrasse a minha cara, meu CPF, endereço, título de eleitor etc, me sentiria muito inibido para falar o que falo aqui. Verdade. Então, não reclamem. Estejam certos que me vocês conhecem mais de mim do que se eu já estivesse me apresentado fisicamente. Prefiro me apresentar nas frases e palavras que digito. Há mais informações de mim nelas do que a minha cara. Talvez mais tarde, se eu me sentir mais à vontade... quem sabe? Só não sei se vai interessar muito.

Outra coisa. Não se iludam: não há como a pessoa se ocultar inteiramente num blog ou num site onde ela emite opiniões e relata as coisas que acontece com elas. Diga-me o que teclas e te direi quem és. Cada letra digitada vai revelar uma parte da personalidade de uma pessoa, vocês não acham?

Mais outra coisa: nome, idade, classe social, cor, etc são dados que geralmente levam a um "pré-juízo" em quem recebe essas informações, como se fossem rótulos, causando muitas vezes prejuízo sobre a verdadeira personalidade ou índole daquela pessoa. A meu ver, quando queremos formar uma opinião sobre alguém, temos que formular nossas impressões sobre o que a pessoa realmente é (negativo ou positivo, não importa), e não sobre o que ela aparenta ou promete ser. É isso. Então continuo eu, aqui oculto, mas me revelando :) (escondendo o corpo e mostrando a alma, digamos ;). É o que, aliás, acontece com todos os que têm blogs por aí afora. Mesmo que não queiram, acabam se traindo em cada vírgula que digitam.

Mais um desenho de uma colega:

Até que ficou legal para um aprendiz...

Kali.
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terça-feira, 17 de agosto de 2004

Para as menininhas que freqüentam este blog


imagem: Andrea's Kim Anderson Gallery

Obrigado pelo perfume de suas presenças.

Kali.
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segunda-feira, 16 de agosto de 2004

Post grandãããão. Corrida, desenhos e poemas

Não cumpri a promessa de postar ontem, depois da prova. Minhas desculpas. Até que tentei. Para compensar, vou fazer um post maior do que normalmente faço, que normalmente já são bitelos. Jerusalém.

Antes, porém, duas coisas (para o post ficar maior ainda :). É sobre a dica do post anterior. A primeira é que foi feita em razão de umas explicações que dei para Adriana sobre como reduzir uma foto que ela havia colocado em seu blog. O blog dela é muito legal. Não poderia deixar de ser, já que sai das mãos de uma pessoa maravilhosa. Vale uma visita.

A outra coisa é que o comando <img> admite outros parâmetros, e um deles é o border, que põe margens de várias espessuras na foto, como se fosse uma moldura. Assim, se você quiser colocar uma moldura na foto, especifique border=1 ou um número maior. Se não quiser margem nenhuma, não coloque nada, ou coloque border=0. Mas atenção!: quando a figura é um link, ela automaticamente vai ter uma borda, que é para indicar ao internauta se ele já visitou ou não o link, pois a borda muda de cor quando o link já foi visitado. Então você obrigatoriamente terá que colocar o parâmetro border com valor = 0, se quiser que sua linda imagem não tenha borda nenhuma. Caso contrário, o navegador coloca automaticamente uma borda nela. Vamos à prática.

"Mas espera aí, Kali! Se as bordas das imagens usadas como links servem para indicar se os sites a que elas se referem já foram visitados ou não, por que então você deixou todas as figurinhas aí do lado ==> sem bordas? Como vamos saber qual cartão a gente já olhou ou não?"

É verdade. Ok, depois eu mudo. (Se não fossem meus leitores, não sei o que seria do meu blog!)

Dois exemplos:

<img border="1" src="http://...foto.jpg" width=100>

<img border="10" src="http://...foto.jpg" width=100> 

Agora, o post propriamente dito.

Terminei inteiro a prova de 16,090 km, mas já estava no meu limite. Começo de cãibras. Fiquei num bloco intermediário. Valeu. Não treinei muito mesmo. Aline me pediu para contar sobre a prova. Não há muito o que comentar, a não ser que me cansei muito e que o trajeto é muito bonito. A prova começa na Praia de Camburi, passa pela 3ª Ponte, que passa ao lado do Convento da Penha, percorremos a orla da Praia da Costa onde jogo bola no sábado e no domingo, e termina em frente à fábrica de chocolates Garoto. Legal. Obrigado pelo apoio virtual.

Uma cena. Depois da prova, quando voltava a pé para casa, passei pelo último colocado, um senhor de idade, ladeado por duas paramédicas. Num ritmo lento, "como que desculpando o vento", e com os olhos fixos no horizonte, ele perguntava incessante, ainda a um quilômetro do final: "onde está a fábrica da Garoto? Onde está a fábrica Garoto?" Meu ombro esquerdo que doía muito, parou de doer por um momento. Talvez para dar lugar a uma sensação mais forte e muito estranha em meu íntimo.

Não, não desenho só meninas na sala de aula. Ás vezes retrato também meus colegas. A prova segue abaixo. Jackson e Alexandre. Dois grandes sujeitos. Jackson é um cara muito simples e dono de uma qualidade que admiro muito nas pessoas: ingenuidade. Pessoa pura de coração. Quando ele viu o desenho, ele disse: "Nossa! Dá pra mim? Se parece tanto comigo!" Como vocês podem ver, ele presta muita atenção na aula.

Já o Alexandre é mais atirado, mas muito gente boa. Ele é major do Corpo de Bombeiro. Peguei-o recostado na cadeira, desse jeito aí mesmo.

Mas não faço só desenhos para meus colegas. Faço também poemas. Vejam o que eu fiz para Alexandre.

GRANDE ALEXANDRE

Sereno em sua tranqüilidade,
Nem dá para perceber
Que ele pode dar a vida por você.

Não tanto por estrito cumprimento do dever
Senão por um distinto desprendimento de ser.

Toma, Alexandre,
É teu este poema,
Posto que é meu esse teorema:
"Em corpo de bombeiro
Não cabe alma pequena."

A sirene chama.
Incêndios debelados,
Vidas e sonhos poupados em luta insana.

Não pelas mãos de um corpo sereno,
Mas pelas asas de uma alma em chamas.

Este foi para Amanda, quem eu nunca desenhei:

MASCULINO E FEMININO

Se verbo variasse em gênero
E o gerúndio tivesse o sexo das Yolandas,
Amar seria fêmea, não efêmero,
E o feminino de amando seria Amanda.

E esse foi para Juliana, que nem estuda mais com a gente. Mudou-se lá para o lado de Itaperuna, Macaé, Niterói, sei lá. Que Deus a tenha.

ILUMINADA

- Tá vendo aquela figura?
- Só um clarão, uma brancura.
- É a luz que dela emana.
- Nossa! Não pode ser figura humana!
- Mas o nome é de gente. Juliana.

É isso.

Kali.
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sábado, 14 de agosto de 2004

Corrida


www.garoto.com.br

Bem, a corrida das 10 Milhas Garoto é amanhã. Começa às 9 da manhã. 10 milhas significam 16 quilômetros e 90 metros! Jerusalém.

Espero pelo menos que Deus me ajude nos 16 quilômetros iniciais. O resto eu garanto.

Tenho que descansar agora. Torçam por mim. Pra ganhar? Claro que não. Para conseguir terminar a corrida.

Amanhã tem post (se sobrar algo de mim). Obrigado pela força que, eu sei, virá.

Kali.
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sexta-feira, 13 de agosto de 2004

Pequena dica

Eu sei que a maioria dos meus ilustres visitantes já conhecem melhor do que eu essa dica, portanto me poupem de ser acusado de pedantismo.  Então, quem já sabe, pode pular esse post. Dar uns pulinhos de vez em quando faz bem para a saúde e para o espírito. Mas acontece que com certa freqüência vejo  páginas (principalmente de blogs) com fotos que não cabem na tela. E é uma tarefa  muito fácil alterar seu tamanho sem precisar editar as fotos ou as imagens que extrapolam os limites da tela. Mais fácil que roubar doce de criança. É assim, ó: quando o garoto estiver distraído, você vai por trás, bate a mão no lado direito do ombro dele, e quando ele virar a  cabeça, você, pelo lado esquerdo, passa a mão no doce e cai fora. Deixa ele chorar.

Mas, como eu ia dizendo, é ruim ver fotos ou imagem maior do que o espaço da tela. A pessoa coloca uma foto deeeeeeeesssste tamanho. Aí você tem que ficar rolando a tela para ver partes da foto. Vê a orelha da pessoa, mas não consegue ver o nariz. Aí vai ver o nariz, mas não vê a boca....

Além disso, muitas vezes a página da pessoa fica toda destrambelhada.

Isso acontece porque o monitor do computador normalmente está regulado para mostrar uma área de 800 x 600 pixels, e a foto apresentada tem dimensões maiores do que essa. Por isso,  e tão-somente por isso, ela não vai caber toda na tela (para ver o tamanho da foto, basta clicar com o botão direito do mouse sobre ela e escolher PROPRIEDADES. Vão aparecer todas as informações sobre ela: o nome do arquivo, o tamanho, o servidor onde ela está localizada etc). Pixel é cada pontinho que forma a imagem, e o primeiro número indica a largura (comprimento horizontal), o segundo a altura da imagem (comprimento vertical). Assim, uma foto de 400 x 300 pixels vai ocupar só a metade da tela na horizontal (primeira dimensão) e só a metade da  tela na vertical (segunda dimensão).

Pois bem, para reduzir uma foto que é maior do que o espaço da tela, basta alterar seu tamanho com um simples comando. As imagens são apresentadas na tela através da tag <img>. Este comando tem alguns parâmetros, como o src, que aponta para onde está a imagem e o nome dela (ou seja, o caminho que o navegador deve percorrer para encontrar a foto e mostrá-la ao internauta. Um caminho que vai dar no servidor e na imagem,  tipo assim:

<img src="http://www.blogger.com.br/foto.jpg">.

O comando img avisa ao navegador que vai aparecer uma imagem e o src fala para ele onde ela está, para que ele possa mostrála na tela (screen, em inglês, entendeu?). Ás vezes, - e é isso que interessa! - aparecem mais dois parâmetros, o width e o height, indicando respectivamente a largura e a altura da imagem, em pixels, assim:

<img src="http://www.blogger.com.br/foto.jpg" width="400" height="300">.

É aqui que está o pulo do gato.  Para reduzir ou aumentar o tamanho da imagem, basta alterar a largura dela (width) para mais ou para menos, apagando o parâmetro height, isso porque, se você não apagar o parâmetro "height", você vai ter que também alterar seu valor na mesma proporção com que aumentou ou diminuiu o valor de "width", senão vai distorcer a imagem, mané. Sem height, a proporcionalidade  é feita automaticamente.

Legal, né? Eu não sei se fizer o contrário (deixando o height e apagando width) acontece a mesma coisa. Deve acontecer. Mas não testei. Deu preguiça. Testa você.

Então, se você quer uma imagem de 60 pixels de largura, basta escrever mais ou menos assim:

<img src="http://...minha_foto.jpg" width=60>

Se quiser de 100:

<img src="http://...minha_foto.jpg" width=100> 

 

Só mais uma coisinha: O tamanho físico da foto não vai ser alterado. Se a foto tiver 500 milhões de Megabytes, ela continuará com esse tamanho, embora apareça na tela maior ou menor que seu tamanho original.

Falei?

 

Kali.
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terça-feira, 10 de agosto de 2004

Correção

Na verdade, não cortei meu próprio cabelo para fazer algo diferente como eu disse no post anterior. Isso não teria sentido. Eu o cortei porque estava comprido e incomodando, isso sim. Acho que se deve buscar um sentido de utilidade às coisas que se faz. O que importa na diferença é a utilidade e alegria que ela pode proporcionar, pois ser diferente só por ser diferente não representa nada de grandioso, pois tudo o que você faz, pela própria natureza das coisas, será diferente em relação a tudo. Basta fazer. Ou simplesmente deixar de fazer, e ainda assim você estará se diferenciando de tudo e de todos. Nada é igual a nada. Tudo se diferencia por si mesmo. Não existem dois grãos de areia iguais. Até uma mesma coisa será diferente dela mesma em momentos distintos. Não se toma banho duas vezes num mesmo rio. Nem as águas do rio nem você serão os mesmos do primeiro banho. As águas que molharam seu corpo anteriormente já não serão as mesmas, nem mesmo você próprio: a cada minuto nascem e morrem milhões de células de seu corpo. Tudo se transforma. De permanente no universo, apenas a eterna mudança.

Essa era a forma de pensar de Heráclito, filósofo grego. Carinha bem diferente ele, não?

Não usei dois espelhos para aparar meu cabelo, como Priscila pensou. A parte de trás cortei na intuição. Mas ficou bom. Nada de interessante nisso. Interessante foi a brincadeira que fiz comigo mesmo para levar o espelho para o quintal (moro em casa, não em apartamento). O espelho era grande e meio pesado. Então virei o espelho de frente para mim e disse pra minha imagem: "Vamos lá! Agora somos dois!". Então seguramos o espelho e fomos. Ficou mais leve. Maravilha.

E aí? além de Lívia, alguém mais ouviu a música que sugeri? Como eu falei, o que mais gosto dela é a entonação que o cantor usou para expressar a fala do filho, ao mesmo tempo exaltada, revoltada e insegura, típica de um jovem que procura a liberdade mas não sabe bem como. Show de bola.

Como estão vendo, estou postando com mais freqüência. Vou ver se mantenho esse ritmo.

Mas deu para ver também que me enrolo todo quando começo a falar de mim mesmo.

Ah, o tigre aí em cima é para mostrar que não existe outro igual :)

 

Kali.
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segunda-feira, 9 de agosto de 2004

Idiossincrasias

Palavra mais sem graça essa, não? Mas é a que nós temos para expressar o modo de ser, sentir e reagir de cada pessoa. Tá lá no dicionário. Então vai servir para o que eu vou falar. Não gosto de falar de mim, mas hoje vou abrir uma pequena exceção. Evito falar de mim porque, como está lá no canto =>, prefiro falar do mundo, muito mais importante e interessante. Mas, como é melhor um post que não presta do que uma peste que não posta, tá valendo.

Sou meio distraído. Meio não, inteiro. É que eu fico divagando muito. Como sou de Aquário, dizem que isso torna a pessoa sonhadora. Nada disso! Isso aí é uma forma delicada de dizer que uma pessoa é voada. E sou assim. Dou exemplo. Não tem aquele desenho aí embaixo? Não da Wal, mas o outro, de outra menina? Pois é. Fui entregar o desenho para ela, na aula de hoje. E como eu desenhei a menina de costas e a menina é de uma outra turma, vocês acreditam que eu não soube identificar de quem era o desenho? Putz! Mas estou pesquisando. Devagarinho, para ninguém perceber a mancada. Uma ironia: a aula é de Direito da Navegação. Tô viajando legal.

Outra coisa. Na saída da aula de hoje cedo, encontrei a Wal, do segundo desenho, chegando no estacionamento, e alguma coisa me perturbou. Parece que eu tinha algo para falar com ela, mas não conseguia me lembrar. Só agora é que me toquei: eu tinha que entregar o desenho dela. Lembram que ela saiu antes da aula terminar e não deu para entregar? Então!

Outra idiossincrasia. Nesse final de semana resolvi cortar meu cabelo. Eu mesmo. E cortei. Até que ficou legal. E cortei bastante. Tanto que até no futebol repararam. E homens não são de reparar nessas coisas, vocês sabem. Muito menos homens que gostam de jogar bola. Foi assim:

- "Kali veio hoje?".
- "Veio sim! Ó lá ele de cabelo cortado".

Pode uma coisa dessa? Claro que pode. Não foi por economia, nem pra me vangloriar de nada, apenas mesmo para fazer uma coisa diferente. E ouvir uma frase carinhosa como essa: "Só você mesmo, Kali!" É bom ser um pouco diferente. Eu gosto. Só não vou, claro, contar que eu mesmo o cortei, nem no serviço, nem na faculdade, pois vão começar a achar defeitos ("caminhos de rato", como dizem). Mas não fiz por menos:

- "Cortei o cabelo. Ficou bom?"

Claro que gostaram. Se eu dissesse que "eu" realmente cortei e não que cortaram, iriam falar de modo diferente:

- "Dá pra ver que foi você!".

Cambada de gente falsa. Ficou é lindo, isso sim!

PS: Sou esquecido mas não deixei de responder todos os comentários do dois posts antecedentes. Foram 25 ao todo. Responder a tanto carinho não cansa :) Obrigado pelo fardo leve que vocês me jogam.

Kali.
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domingo, 8 de agosto de 2004

Domingo de poesia e música

Como hoje é domingo, um poema trivial, iniciado num sábado à noite, mas ainda não terminado. Mesmo assim, espero que gostem.

POEMA INACABADO por kali

Tanto te quis
Que nem me dei conta
Do tanto que perdi.

E com tantas forças
A tua força busquei
Que delas todas todo me exauri,
E não pude sequer com a caneta
Que restou caída
Sobre uma folha perdida
Esperando encontrar um poema encantado
Que nunca escrevi.

Restos de versos desfeitos
De um soneto que nunca te fiz
Tão próximos de uma caneta
E tão longe de um fim,
Como meus lábios de uma boca
Que nunca me kiss.

Até que ficou bonitinho, mesmo sem terminar, não? :)

Dias dos pais, dia de presentes, risos, abraços e... músicas apropriadas de ocasião, tipo "Pai", de Fábio Júnior :Þ . Mas, em se tratando de pais e filhos, até hoje não ouvi nenhuma canção mais bela que Father and Son, de Cat Stevens. A letra retrata o diálogo entre um pai e um filho no momento em que o filho resolve sair de casa. O pai tentando passar sua experiência de vida ("Look at me, I am old, but I'm happy") e o filho rebatendo com toda sua revolta e amargura ("From the moment I could talk I was ordered to listen" e "and I know I have to go away"). Porém, o íncrível são os tons com que esse cara, Cat Stevens, consegue cantar a parte do pai e a do filho, distintamente, ele que interpreta ambas as vozes na música. Simplesmente emocionante. Quando ele entra fazendo a voz do filho, você sente nela toda a exaltação e vigor da juventude, misturada a uma sutil fragilidade, em contraste com a ponderação e segurança do pai, que acabava de dar conselhos a ele. Para mim, uma das obras-primas do rock. É o que eu penso. Mas se vocês gostam do que escrevo, também vão gostar dessa música, pois ela é toda feita de dois materiais que meus poemas têm só na intenção: emoção e arte.

Kali.
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quarta-feira, 4 de agosto de 2004

Mais um rabisco

Bem, essa aí é a versão kálida e bicniana (palavra derivada da famosa caneta esferográfica) do que seria minha colega Walméa vista do fundo da sala, meu ponto privilegiado de observação do que acontece na sala de aula. Ao contrário da colega anterior, tenho mais intimidade com a Wal, e se não entreguei o desenho a ela, não foi por timidez, foi porque ela saiu antes da aula terminar, a danada. Então está aí o rabisco, já que todo mundo disse ter gostado do anterior. Como são condescendentes, bonzinhos e gentis os meus leitores! :) Chega a ser comovente. Desenhei também Luiz Fernando. Até que ele saiu bem na bicgrafia, considerando que ele não pára de se mexer, pois é o que mais participa das aulas. Mas esse eu entreguei. Acho que gostou :Þ rsrs. Apesar de sempre desenhar assim meus colegas, não quero ver nenhum deles pelas costas :) O bom é que o modelo nunca vai se importar muito pela qualidade do desenho, já que só aparece as costas da pobre vítima dos meu traços.

Recebi um e-mail muito legal elogiano um pequeno poema que fiz. Legal mesmo. É muito bom receber e-mails elogiando, não é não? Claro que é. Ainda mais quando se trata de um poema de que eu também gosto muito, como é o caso. Vou repetí-lo aqui para matar a saudades de quem já leu e apresentá-lo a quem ainda não o leu. Simplizim, mas lindim. Segura. É rapidim, da velocidade de um tombo.

AO CORPO QUE CAI por kali

A queda
Não te desalenta.
Ela mostra o quanto é firme e sólido
O chão que te sustenta.

Chão de bola isso, não? :)

Ah, a remetente também me pediu para lembrá-la de uma frase que coloquei aqui e que falava da "mulher que chora". A frase, de um livro judaico, é essa, que postei recentemente (6 de julho):

"Cuidado quem faz chorar uma mulher. Deus conta suas lágrimas."

É isso.

Um belo dia lá fora, para além do parapeito.
O sol brilha forte, vibrante. Sua luz penetra nos meus olhos
e produz um dia igualmente belo lá dentro,
bem no meio do meu peito.

PS: consegui responder aos 18 comentários do post anterior. Vocês merecem (posso não ter o melhor blog do mundo, mas com certeza os melhores leitores da rede vêm comentar aqui. Uau!). Acho que vou mudar o nome "Blog Kálido" para "Pára-raio de Gente Linda", que tal? :)

 

Kali.
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Não falo de mim,
mas do mundo,
bem mais importante
e interessante.
Quiçá, mais bonito :Þ

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textos: kali