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sábado, 26 de fevereiro de 2011

Um poeminha sóbrio

Opróbrio

Religião é um ópio contrário,
Entorpecente às avessas
Que dá a eterna clarividência
Sobre a Portentosa Onipotência,
Sobre a Divina Providência.
É o haxixe que deixa sóbrio
O beato, Doutor Honoris Dei,
Que entende mais do Criador
Do que entende, de Si, o Próprio.

Kali.
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sábado, 19 de fevereiro de 2011

Um poema

Acontece que nesse tempo todo de dedicação ao trabalho, deixei de tocar violão e de fazer poemas. Como pude deixar acontecer uma desgraça dessa comigo mesmo? E ainda por cima fiquei doente, para deixar de ser besta.

Apaixonados, vos dedico.

LEMBRA-TE DE COMO TE COM KISS TEI?

Lembra-te que tu falavas e falavas
E bem no meio de uma palavra,
De uma frase inacabada,
Beijei-te de uma vez, de uma estalada?

Então.

Então não vem me dizer
Que eu nem te escutava,
Que atenção eu não prestava,
Que eu não pensava no que dizias.
E o que dizias nem prestava.

E nem mesmo teu próprio zelo emprestavas
Às próprias palavras que da tua boca saltavam,
Dessa boca bendita que nada dizia
Mas que tão doce me falava.

E nem tentes a ti mesma enganar
Que, coisa e tal, que não querias se apaixonar.
Por que então, se falavam tudo,
Ficaram os teus lábios, junto aos meus, tão mudos?

Não tentes a ti mesma enganar.
Tua língua, sem nada dizer,
Disse-me tudo.

Kali.
Gostou, assine.


 

Parabéns Pra Você pra mim

Tem esse negócio de fazer aniversário. Essa coisa de a Terra voltar no mesmo ponto do universo em que ela se encontrava quando você nasceu. Essas coisas de muitas felicidades, muitos anos de vida.

Hoje foi meu aniversário. Não sou assim muito antenado nisso, não. Fico feliz com os Parabéns Pra Você pra mim e tudo, mas nem ligo muito para idade, esse negócio que tá no fim da felicidade.

Tem também essa coisa de coincidências interessantes, meio místicas, sei lá.

Um amigo que há muito tempo eu não encontrava me convidou hoje à tarde para ir a casa de um outro amigo mais à noite com outros amigos e amigas que há muito também não se viam e tal, para comer um carneiro. Uma turma legal reunida assim, de uma hora para outra. Nunca comi uma carne tão saborosa, tão bem temperada e com uma lua tão dourada que dava para ver da varanda, subindo por cima das torres de televisão. Cheguei agora há pouco de lá. O Mauro que temperou o carneiro, o chouriço e tudo. Ele é bom nisso, viu, vou te contar.

No final, disse então que era meu aniversário e que aquele encontro eu considerava uma comemoração involuntária, conspirada pelo universo a meu favor e que foi um dos melhores que já tive, mesmo ninguém sabendo que eu estava aniversariando.

Tá, seria muita pretensão de minha parte achar que foi conspiração do universo. Mas isso realmente não importa. O que importa foi o calor. Não o que cozinhou o carneiro. O humano.

Kali.
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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Voltei

Eis-me, depois de longa e tenebrosa ausência.

A principal razão desse lapso presencial foi um enorme desatino de minha parte: dedicação excessiva ao trabalho, a ponto de adoecer. Isso mesmo. Submeti meu couro ao sistema que arranca o couro dos trabalhadores. Se bem que meu trabalho é intelectual, não físico, mas never more. Uma imbecilidade. Um workaholic é, acima de tudo, um idiota, acredite.

Paciência. A gente acaba acreditando no trabalho como luta por uma causa nobre. No sistema capitalista o trabalhador é mesmo alienado de sua própria humanidade.

"Mas deixa isso para lá, vem pra cá, o que é que tem? Eu não tô fazendo nada, você também!"

Espero agora ser mais frequente no blog, com minhas idiossincrasias. Já tenho a honra de ter 28 seguidores e não quero deixar nenhum deles a ver navios que nunca chegam.

Um poema para marcar meu retorno.

ALIÂNSIA

Desastrada como sempre
Perdeu, na hora do banho, o anel dado em amor,
Voto de unidade, de aliança, de penhor.

E chorou
Em pleno banho
O chuveiro como halo
Bendizendo as lágrimas
junto à agua, indo para o ralo

Chorou como criança, como chora um perdedor
Não de perder uma coisa,
De se perder a paz ganhando a dor
Nem de perder o amor de um belo,
Mas de perder o elo de um amor.

A outra mão a ajudou.
A mão da aliança gêmea.
O namorado de dedo anelado.
Até que foi encontrada a auréola dourada no telhado,
Logo abaixo da janela do banheiro,
O banheiro onde o chuveiro
Sobre a moça agachada sem aliança, sem nada,
Em cima dela também chorava.

Kali.
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Não falo de mim,
mas do mundo,
bem mais importante
e interessante.
Quiçá, mais bonito :Þ

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textos: kali