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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2006

O amor visceral e a realidade da vida

Por aí, vi um post assim, de uma menina:

DECLARAÇÃO DE AMOR

February 23rd, 2006

"Você é a única pessoa do mundo pra quem eu doaria um rim".

Eu sou ou não sou muito sortuda?

Não, querida, não é bem assim. Pelo seguinte:

1) Para realizar essa tua sorte, terias que estar precisando de um transplante, o que seria uma contradição, considerando tal azar;

2) Tu namoras uma pessoa pouco sociável, para não dizer extremamente egoísta. Isso já é azar, querida.

3) Muito pouco provável, mas já pensou se é teu grande amor que adoece e precise ele mesmo de um rim e você fosse compatível? Aquela declaração de amor são palavras soltas ao vento ou causaria uma certa constrangimento moral-sentimental de serem retribuidas? O amor seria uma via de mão única, não, né? Então.

O amor romântico é maravilhoso, mas muitas vezes ele se despedaça no confronto com a mais banal das realidades.

Tudo o que é vaporoso tende a se desmanchar no ar.

Falando em amor e amantes, veja que foto linda que eu achei.

Kali.
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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2006

Cuca fresca e um pouco de segurança

haha esse cara tem cabeça fresca mesmo, literalmente.

Vocês viram que a polícia prendeu uma quadrilha que praticava roubos pela Internet. O golpe, todo mundo sabe: os caras enviavam e-mails com um link que, ao ser acionado, instalava um programa espião no computador do sujeito e depois repassava para os larápios os logins e senhas das contas bancárias do infeliz.

Eles conseguem isso atiçando a curiosidade ou a ganância do destinatário fazendo-o acreditar que ao clicar num link ele poderá ver a traição do namorado(a) ou marido (mulher), ou ganhar uma fortuna, ver uma pessoa pelada etc e tal. Coisas simples e vulgares, mas extremamente excitantes para a natureza humana.

Mas é bem fácil saber se um link é mal-intencionado ou não. E para o sucesso do golpe, o deliqüente precisa do apoio do próprio internauta, sem o qual será muito difícil infectar um computador. O que acontece é que os desavisados não desconfiam que os links não apontam para uma página e sim para um programa executável - e clicam nele. Programa executável é aquele que uma vez acionado entra em operação. E não é difícil identificar um programa executável. Variam de nome, mas os sobrenomes são sempre os mesmos: são arquivos terminados com as extensões EXE, COM, SCR, BAT. Repare. Quando receber um e-mail suspeito, prometendo mundos e fundos, passe o mouse (SEM CLICAR) sobre o link e verá no final dele um arquivo com uma dessas extensões (muitas vezes eles colocam um nome exteeeeeeeenso que não caiba na barra de status, justamente para esconder o desgraçado. A única dificuldade seria distinguir um simples e inofensivo endereço .COM de um arquivo malicioso .COM. Mas é simples: os endereços .COM ficam sempre no início de um link, não no final.

Observando esse regra, dificilmente seu computador será contaminado por um vírus de e-mail. Todos eles são assim. De qualquer forma, é sempre bom usar sempre um bom e atualizado anti-vírus.

E no caso de sites de bancos falsos, digo, sites falsos de bancos verdadeiros, siga as duas regrinhas do comunicado abaixo que tudo estará bem (a dica n.º 2 é bastante inteligente). Clica aí, vai! ...pode clicar! É um arquivo JPG!

Isso levando em consideração que você tenha acesso à sua conta bancária via Internet. Se não tiver, não há o que se preocupar, claro.

Mesmo assim você pode pegar um vírus quando for a um caixa eletrônico. De gripe.

Kali.
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terça-feira, 21 de fevereiro de 2006

Aniversário

É, foi meu aniversário. Dia 18. Mas não se desculpe quem não lembrou ou não sabia, pelos seguintes motivos:

1) Sinceramente, não acho que a data de aniversário seja mais especial que cada dia que vivo. O que há de especial neste dia é que a Terra volta ao mesmo ponto do espaço em que se encontrava quando nasci. Uma mera coincidência, portanto. Talvez nem isso, já que todo o universo também se movimenta, pelo que diz a Física. É assim que penso. Tanto que nem divulgo. O comentário carinhoso da Lika é que despertou para as parabenizações. Pelas quais agradeço, claro. O fato de não dar mais ou menos importância à data do aniversário não significa que não fico lisonjeado com os "parabéns pra você" pra mim :) Pelo gesto de quem quer o melhor pra mim.

2) Não há tanto mérito assim em fazer aniversário para que se receba tão generosos parabéns pela data. Nenhum esforço. Eu mesmo fiquei quietinho no meu canto e ainda assim eu aniversariei, veja só.

3) Todo dia é um milagre do sol, toda noite uma dádiva do céu. Por mais apagado que aquele nos pareça, por mais negro que este o vejamos.

Obrigado pelo carinho.

Kali.
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domingo, 19 de fevereiro de 2006

Dicas dominicais


(onde foi parar o cursor do mouse?)

1. Olha o n.º 3 de Iscas Lógicas da Jussara Simões aí, gente! Se eu fosse você, eu leria. Como não sou, já li :)

Houve quem confundisse lógica com opinião e até com gosto individual ? ou seja, estética! Também recebi comentários que confundiam a lógica com a ética e ? surpresa! ? com a psicologia. Sou obrigada a recorrer à gíria da moda: Menos, gente! Menos! ...

2. Acione o bip das teclas NumLock e Caps

Isso aí. Para evitar digitar longos trechos em maiúsculas quando a gente aperta a tecla CapsLock por engano, ou ainda evitar que as teclas de números sejam desabilitadas também por engando, é só ir em PAINEL DE CONTROLE>OPÇÕES DE ACESSIBILIDADE>TECLADO e marcar a caixa USAR TECLAS DE ALTERNÂNCIA. Aí, todas as vezes que você acionar uma dessas teclas vai ouvir um bip. Aí você não vai esquecer que fixou a tecla de maiúscula. Ainda por cima vai lembrar-se de mim hehe.

3. Ligando o radar do cursor do mouse.

Se você é daquelas pessoas que, como eu, às vezes fica procurando o cursor do mouse na tela e não o encontra pelo menos por alguns segundos, essa dica é bem legal. Vá em PAINEL DE CONTROLE>MOUSE e aba a abra, digo, abra a aba OPÇÕES DO PONTEIRO e marque a caixa MOSTRAR LOCAL DO PONTEIRO QUANDO CTRL FOR PRESSIONADO. Pronto. Agora, quando vc apetra a tecla CTRL, vai surgir umas circunferências concêntricas em torno do cursor onde ele estiver na tela (igual à ilustração acima), mostrando a localização dele pra você (se houver alguma pessoa do seu lado ela também vai poder ver haha).

Ali você também vai ter a opção de OCULTAR O PONTEIRO AO DIGITAR. É que às vezes ele atrapalha a gente escrever, você não acha? Eu acho.

As duas dicas são para Windows XP. Não sei se o Windows 98 tem essas funções. De repente tem e eu nem tô sabendo.

PS1: Lika, obrigado pelos Parabéns pra Você pra mim. Você é um amor de pessoa.

PS2: Erika, seu nome fica vermelho porque o link vinculado a ele foi visitado. Poderia ser qualquer outra cor. É a configuração que adotei para a página. Todos os links visitados por quem navega por aqui ficam vermelhos, vê se pode.

Daqui a pouco eu estou na areia da Praia da Costa.

Kali.
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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2006

Sábado, Fevereiro 18, 2006

Estou republicando o post de sábado. Não sei por quê, ele sumiu. Aí vai.

Meu amigo o sol, meu amigo o vento

Como no último post, prestes a jogar bola. Agora são 14:00h. Começa daqui a pouco, às 15:00h. Desta vez, um campo maior, o campo do Tupy. Enquanto teclo, o DVD vai cantando pra mim uma música romântica, Rain and Tears que chegará ao fim antes de eu sair com minha chuteira, caneleira, meião, calção, bomba (vai que a bola fure e não trouxeram outra!), tudo na mochila. Quase tudo. O prazer de jogar não cabe nela. Pela janela, um sol de rachar. Quase dois meses sem chover por aqui. O grama seca clama por água, mas sobre ela só cairão gotas de suor de corpos igualmente sedentos.

Ao entrar em campo, dois velhos amigos virão em minha direção felizes com o reencontro. Um me abraçará, outro me beijará o rosto.

We shaw dance.

Kali.
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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2006

Uma entrevista

Meio corrido. Ontem não postei. Agora estou partindo para uma partida de futebol. Aqui tem uma entrevista muito interessante da psicanalista e sexóloga carioca Regina Navarro Lins publicada no jornal A Gazeta, de Vitória. Acho as idéias dela bastante evoluídas e libertadoras. Penso que no futuro as pessoas se relacionarão de forma livre, sem barreiras morais, econômicas ou religiosas, sem traumas e sem culpas.

Mas só no futuro.

Por enquanto estamos amarrados ao presente.

Além do mais, neste momento, a única coisa que me vem à cabeça falando-se em meter, é gol. Tchau! :)

Kali.
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terça-feira, 14 de fevereiro de 2006

Vacância

Não demora, entro em férias. 2 de março. Isso mesmo. Fechando o verão. "Por que não tirou férias em janeiro ou fevereiro? Depois que todo mundo abandona as praias, começa a trabalhar e estudar é que você tira férias, mané?". É sim. É que eu gosto muito de praia e quero ela só pra mim, tá bom ou tá ruim? E com uma boa câmera digital. Show de bola. Mando notícias. E imagens, se ficarem bonitas.

Não sei se viajo. Ano passado fui para Tiradentes tirar meus... demonios mais resistentes. Não ficou um. Muito legal. Recomendo.

Essa imagem aí de cima mostra o local onde trabalho (círculo branco), em Vitória, de onde estou postando neste exato momento (horário de almoço). É um lugar bem legal. Avenida Beira-mar. Trabalho do lado direito, sentido Centro-Praia do Suá. Do lado esquerdo da avenida Beira-mar fica o mar quaquaraquaquá. Teve uns dias, na hora do almoço, como agora ("como" aqui é preposição, tá? não é verbo, pois já almocei) que eu e um colega meu pescávamos bem em frente à empresa. É só atravessar a rua. E jogar o anzol, claro, senão não pega nada.

Sexta-feira tem reunião da Confraria do Baco, formada por um grupo aqui do serviço, já falei . Muito legal. Será dia 17, véspera do dia 18. Mais uma sessão de degustação de vinhos. Show de bola. Mas detesto gente que dá uma de enólogo. Enólogo o cacete. Enólogo, só se for especialista naquele sal de fruta ENO. Agora é assim. Todo mundo entende de vinho. A classe média deu de "apreciar vinhos" e adotar hábitos "requintados". O cacete! Ainda bem que a turma aqui não é assim. Um pessoal mais simples, menos afetado e bem descontraído. Assim que deve ser. Ninguém esnobe. A gente bebe porque gosta, não para aparecer e parecer que gosta. Quando vejo um cara falar de uvas Cabernet, Sauvignon, o cacete a quatro, dá vontade de vomitar. Na taça. E quando falam que não se deve tomar vinho numa determinada temperatura ou segurar na taça, só na haste, para não afetar a temperatura? Dá vontade de voar na garganta duma bicha enrustida dessas.

O vinho é meu e eu tomo do jeito que eu quiser, ta´ combinado, Renato Machado? Vai ensinar suas pra outro.

Quinta à noite tem futebol de novo. Sou de bola.

Claro que sou.

PS1: Agradeço comovido as manifestações de preocupação com as minhas contusões nos jogos (obrigado, Erika, Adriana, Chris), mas devo dizer que fico imensamente satisfeito com elas, por incrível que isso possa parecer. A forte sensação forte de estar vivo que elas me proporcionam é impagável.

PS2: Cláudia, será um enorme prazer te ajudar, pode acreditar. Só me dê um tempinho. Beijos.

Kali.
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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2006

Post de segunda

Não, infelizmente o "segunda" aí do título não se refere a nenhum dia da semana, embora eu escreva agora numa bela tarde de segunda-feria. Diz repeito à qualidade do post mesmo, pois nada de interessante me vem à cachola para colocar aqui. Bem, pelo menos estou sendo honesto... e estou lutando bravamente para fazer um post por dia. Afinal, tenho que honrar o lema do blog, não? "Mais vale um post que não presta do que uma peste que não posta". Tá certo que qualidade e quantidade nunca se deram muito bem, mas uma pode levar à outra, diz o pensamento dialético.

Quando estava coletando aquelas frases do post de ontem, me deparei com uma bem engraçada:

"O que mais besteira ouve no mundo é, talvez, um quadro de museu." Edimond e Jules Goncourt

E leitor do Blog Kálido, não? rs

Ontem no futebol da praia o pé começou a doer. Aí não teve jeito. Tive que parar e ir... para casa não, para o gol, claro. Acabei machucando o dedo da mão. Mas tudo vale a pena se a bola não é pequena. Até que me saí bem.

Vou ficando por aqui. Amanhã tem mais. Boa noite.

Kali.
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sábado, 11 de fevereiro de 2006

A moda em frases

O dedo do pé voltou a doer. Claro, não estava ainda 100% e joguei assim mesmo. Então. Acontece que ficar sem jogar bola salvaria o meu pé, mas iria acabar com meu sábado. É muita fomeagem de bola, Jesus, Maria, José. Mas isso um dia acaba, com certeza. Só espero que no céu ou no inferno tenha um campinho.

Lembram da frase do post de ontem sobre moda? Então. Consegui encontrar o autor. Bééé.. É um tal de K. S. Stanislau, diretor teatral russo (1863-1938), no livro História de uma direção teatral, veja só. E nem é do jeito que escrevi (citei de memória, tá bom?). Aproveitando, vou postar aqui a frase no contexto em que ela foi escrita (a primeira, abaixo), muito interessante, por sinal. Aproveitando, seguem várias outras frases sobre moda e estilo, com seus respectivos autores (atenção para a de Hitchock e William Battie sobre estilo). Bastante espirituosas. Acho que você vai gostar. A não ser que pense que esse negócio de colocar frases em blog é uma coisa meio fora de moda.

Não sendo fora de modos, pra mim tá é muito bão! Segura aí:

Para aqueles que não são capazes de crer, existem os ritos; para queles que não são capazes de inspirar respeito por si mesmos, existe a etiqueta; para aqueles que não sabem se vestir, existe a moda; para aqueles que não sabem criar, existem as convenções e os clichês. É por isso que os burocratas amam os cerimoniais; os padres, os ritos; os pequeno-burgueses, as conveniências socias; os galantadores, a moda; e os atores, as conveções teatrais, os estereótipos e um inteiro ritual de ações cênicas. K. S. Stanislavski.

Deus fez a fêmea e os costureiros fizeram a mulher. Pitigrilli.

O salto foi inventado por uma mulher que só tinha sido beijada na testa. Christopher Morley

A moda é o refinamento que corre na frente da vulgaridade e teme ser ultrapassada. W. Hazlitt.

Moda é o que você adota quando você não sabe quem você é. Quentin Crisp.

Tirana a quem os sábios ridicularizam e obedecem. Ambrose Bierce.

MODA: Sou a moda, tua irmã.
MORTE: Minha irmã?
MODA: Sim. Não te lembras de que nós duas nascemos da Caducidade?
G. Leopardi

Moda é a futilidade levada a sério, e eu gosto tanto da moda quanto da futilidade. Sarah Moon.

Minha única reclamação sobre ter um pai fazendo moda é que toda vez que estou indo para a cama com um cara tenho que olhar o nome do meu escrito na cueca dele. Merci Klein, filha de Calvin Klein.

Ninguém mais vai lá, é gente demais. Yogi Berra.

Toda moda é criada para ficar fora de moda. Coco Chanel.

O que é chamado de moda é tradição momentânea.. Johann Goethe.

A moda é válida em coisas menores, como roupa. No pensamento e na arte é abominável. Ernesto Sábato.

A autoridade da moda é tão absoluta que nos força a sermos ridículos para não parecê-lo. Joseph Sanial-Dabay.

Moda, afinal, são apenas epidemias induzidas. George Bernard Shaw.

Elegância é bom gosto mais uma pitada de ousadia. Carmel Snow.

Moda significa a monotonia da mudança. Miguel de Unamuno.

Moda é uma forma de feiúra tão intolerável que precisamos alterá-la a cada seis meses. Oscar Wide.

Estilo é plagiar a si mesmo. Alfred Hitchock.

Estilo é quando você está fugindo de uma cidade e você faz isso parecer como se você estivesse liderando uma parada. William Battie.

Modas se esvaem, estilo é eterno. Yves Saint-Laurent.

Estilo é a deficiência que faz um sujeito escrever sempre do mesmo jeito. Mário Quintana.

Eu me visto para as mulheres e me dispo para os homens. Angie Dickinson.

Só os homens que não se interessam por mulheres interessam-se por suas roupas. Os homens que realmente tostam de mulheres nem percebem o que elas estão usando. Anatole France.

Conselho às mulheres: nunca usem roupas capazes de assustar um gato. P. J. O' Rourke.

Deus deu as curvas às mulheres. Mas os costureiros efeminados acabaram com elas, desenhando roupas que só podem ser usadas por espantalhos. Bolas, uma mulher pode ser fina e ter curvas. Mae West.

Certas roupas femininas nunca saem de moda. Apenas ficam mais ridículas com o passar dos anos. Fred Allen.

É preciso que à moda
Cada um se acomode;
O louco a introduz
O sábio a segue.
Legrand.

Jovens pobres cada vez tentando mais imitar as roupas da classes média, enquanto os ricos, estranhamente, cada vez se vestem mais de pobres. Millôr Fernandes.

As modas vão e vêm, mudam sempre; o ridículo é que é permanente. Millôr Fernandes.

Diga qual ou quais mais gostou, pode ser?

Só não sei porque eu inventei de falar de moda. Não tenho jeito pra isso não. As frases eu tirei dos livros Dicionário Universal Nova Fronteira de Citações, de Paulo Rónai; O Melhor do Mau Humor - Uma antologia de citações venenosas, de Ruy Castro; Frases Geniais - O que você gostaria de ter dito, de Paulo Buschsbaum; Dualibi das Citações, de Roberto Dualibi; Dicionário das Citações, de Ettore Barelli e Sergio Pennacchietti; Millôr Definitivo - A Bíblia do Caos, Millôr Fernandes.

Não achei nada em 500 frases de pára-choques de caminhão, de Amir Mattos.

Todos esses livros eu tenho em minha estante. O que dá origem a uma nova frase:

Vai gostar assim de frases lá no quinto dos infernos! (um leitor(a) do Blog Kálido).

Mais ou menos. Gosto mais de bola. Até no quinto dos infernos. Falar nisso, hoje vou jogar na Praia da Costa. "E o pé machucado, bestão?". Acontece que a areia é fofa e isso pode ajudar a recuperar a lesão, né. Não custa experimentar essa terapêutica. Além do mais, uma bolsa de gelo para luxações custa R$20,00. Driblar um zagueiro dando um elástico com um pé machucado não tem preço. Acorda, mané.

PS: As imagens lá de cima não tem nada a ver sobre moda. É que, para ilustrar o post, eu fiz uma pequena consulta de imagens no Googel com o tema "Something in the way she moves", da música "Something", de George Harrison. Eu ouvi essa músicas ontem na voz de Elvis Presley. A melodia no momento em que ele canta essa frase é realmente iluminada. Além disso, there´s something in the way he sings.

Bom domingo, gente boa.

Kali.
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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2006

Moda e... FHC

Moda e... FHC

Eu bem sei que uma coisa não tem nada a ver com outra, ainda mais que Fernando Henrique Cardoso é uma tralha totalmente fora de moda. Paciência. É o que me veio à mente agora para postar.

Comecemos pelo assunto mais importante e interessante. Não sei quem disse, mas uma das frases mais bem articuladas que eu conheço sobre moda (depois eu digo o nome do autor, que agora não dá, tenho que sair daqui a pouquíssimo) é a que diz mais ou menos o seguinte:

Moda foi inventada para quem não sabe se vestir.

Lapidar. Claro que há modas e modas, mas legal mesmo é a pessoa que se veste bem, com personalidade, com classe, sem seguir modas e modismos e sem gastar os tubos. Eu gosto de pessoas assim. Isso se chama "ESTILO", guarde bem essa palavra. Não é simplesmente sinônimo de "diferente". Moda é uma coisa que a indústria inventa para que as pessoas sem autonomia e criatividade fiquem mudando toda hora a indumentária. A maioria.

A moda que eu falo é aquilo que chamam "fashion". Tem um program aqui em Vitória (Vitória Fashion, de Vanessa Heringer, se não me engano) em que a palavra "fashion" é pronunciada três vezes por segundo. É muito engraçado. Mas fica mais engraçado ainda quando eles tentam parecer sérios.

Agora, FHC (como disse um leitor de um jornal daqui, a sigla quer dizer "Fazendo Hora com sua Cara"). Aqui tem um texto maravilhoso que traduz perfeitamente esse sujeito. Eu achei fantástico o texto. Uma finíssima ironia.

E fica ele falando do PT. Tudo bem falar mal do PT. Há que se falar. Mas ele? Quem foi que entregou as riquezas mais importantes do país para uma meia dúzia de tubarões? Não construiu uma escola, um hospital em oito anos de governo... só entregando o que o Brasil tinha de mais valioso. Se juntou aos políticos mais canalhas do país para poder fazer isso, o PFL...

Só não sei se vale a pena gastar tempo e papel com esse vagabundo, como ele mesmo disse de si, como aposentado.

É triste ver um farsante que teima em permanecer em cena quando sua farsa já acabou.

Patético.

Vou votar nulo nessas eleições. Só numa hipótese votaria em Lula: no caso de uma disputa direta com esse cretino. Ou com qualquer compadre dele. Chega.

Bom final de semana, gente linda. Tenham o sol como teto, amanhã e depois.

Kali.
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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2006

Assunto: a falta de.

Estou gostando de postar com mais assiduidade. Espero que consiga manter esse ritmo. É bom falar alguma coisa nova, por mais boba e insossa que seja. A pessoas querem sempre ver algo novo quando visitam um blog.

A questão é: o que dizer? O que escrever? De vez em quando me vem uma idéia boa para postar, mas como isso só acontece quando estou longe do computador e não anoto...

Engraçado esse negócio. As idéias vêm quando mais distraídos estamos, não é? Então. "Eita! esse negócio vai ficar legal no blog! Isso também! E isso! Rapaz, quanta coisa pra postar!"

Aí você chega na frente do computador e... "Aquele negócio... como era mesmo aquele negócio que eu ia publicar?" ...E o vento levou...

Mas é legal essa história de blog. Eu gosto. Ver o que as pessoas pensam e sentem. Seus dramas, suas histórias, suas idéias... o que elas pedem, o que elas imploram, o que elas dão, o que elas recebem... legal.

Além disso, tem blogs que dão verdadeiros furos de reportagem. Por exemplo, o blogueiro egípcio Sandmonkey (macaco d'areia), que se lembrou que as charges que estão causando tanta confusão no mundo islâmico foram publicadas em outubro de 2005 no jornal egípcio Al Fagr, em pleno Ramadan, a festa religiosa mais importante dos muçulmanos, veja só. Aí ele escaneou o jornal e publicou ontem em seu blog. E agora? Os árabes vão fazer boicote contra um país árabe? Queimar embaixadas, bandeiras etc desse país. Que coisa!

Hoje eu fui almoçar num restaurante self-service e tinha um cartaz assim: "Favor não experimentar salgados sem pesar."

Vontade de pegar um salgado, levá-lo à boca e dizer bem alto no meio do restaurante:

"É com grande pesar que experimento este salgado!"

Amenidades, amenidades. Sempre gostei de distorcer as frases que vejo por aí. Mania. Especialmente as que vêm nos adesivos dos carros, já falei isso aqui. "O Senhor é meu pastor, nada me faltará" fica assim: "O pastor é meu senhor, nada lhe faltará."

"Perca peso agora. Pergunte-me como" vira "Perca peso agora. Pergunte-me se eu como."

Aí eu fico rindo sozinho.

Mas não importa. Importa é que terminei mais um post. Boa noite.

Ah, Erika, meu pé está bem melhor, obrigado. Meu espírito também :)

Kali.
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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2006

No fim do expediente

  

Vou ler esses dois livros. Do Amor e Outros Demônios e Contos Latino-americanos Eternos. Acho que são livros que não carecem de leitura anterior para serem recomendados. Recomendo-os, portanto. Mas se você acha que uma pessoa tem que primeiro ler um livro para depois recomendá-lo, tudo bem, tá no direito. Me espere então terminar a leitura que depois eu os recomendarei novamente. Gosto de García Marques e de contos. De contos bem contados. Não precisa ser um livro caro. De dez contos de réis já tá bom.

Estou no serviço. Acredito que quase todos já se foram e resolvi ficar para postar alguma coisa.

Me convidaram para jogar bola agora às 19:00h, mas recusei o convite. Coisa rara, mesmo tendo um outro jogo amanhã para ir. Normalmente não rejeito. Futebol é uma coisa muito especial pra mim, pode acreditar. Mas o que isso importa para quem está lendo? Nada. "Então vira o jogo, Kali!" Tá bom, eu viro.

Uma certa melancolia no ar. Acho que é porque agora andei por alguns blogs, coisa que não fazia há algum tempo e vi que alguns foram abandonados e outros nem existem mais. O fim de alguma coisa é sempre meio triste, quando não é triste inteiramente. Exceto quando as coisas que se acabam já eram tristes antes de morrerem.

Espero então estar mergulhado na mais profunda tristeza quando morrer.

Kali.
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terça-feira, 7 de fevereiro de 2006

O ópio do povo, de novo

Acontece que agora tem essa confusão toda em torno da charge do profeta Maomé. Minha avaliação é a seguinte, dois pontos, digo, três.

Primeiro, considero a charge não só ofensiva como totalmente discriminatória, parcial e preconceituosa. Em se tratando de bombas, é claro que a civilização ocidental-cristã jogou muito mais delas na cabeça dos islâmicos do que o contrário. Isso nem se discute. E bombas muito mais poderosas, diga-se de passagem. E quando eles se defendem, são considerados terroristas. Toda criança, mulher, adulto, idoso que o Estado de Israel mata é sempre um terrorista. Árabes só matam inocentes. Esse é o falso discurso do qual estamos todos tomados. É claro que se os palestinos tivessem armamento para lutar de igual para igual com os invasores do seu território, eles nunca iriam amarrar bombas no próprio corpo e explodirem a si mesmos. Tentariam sobreviver para continuar lutando, óbvio. Se os americanos nao tivessem enfiado à força seu 51º Estado (Israel) no Oriente Médio, possivelmente árabes e judeus estavam vivendo em paz até hoje na região. Portanto, se o cartunista dinamarquês fosse menos cínico e mais honesto consigo mesmo, e mantivesse sua visão vesga do mundo e das religiões, ele teria que fazer um desenho semelhante a esse, Cristo com uma auréola atômica, para expressar de forma crítica o espírito cristão ocidental no mundo:

Segundo, com todo o respeito que os muçulmanos merecem e quase nunca recebem do mundo ocidental, especialmente da imprensa, acho um exagero a reação contra a publicação do desenho. Num mundo globalizado e diversificado como o nosso, a tolerância e a convivência com a diversidade de opiniões deve ser uma regra constante, em todos os povos, em todos os cantos do mundo. Se um desenho desse tipo fosse feito há tempos atrás (e muitos deles já o foram, ironizando a religião islâmica e o profeta Maomé) não haveria uma reação tão violenta e ampla como a que estamos assistindo. Isso acontece não apenas por causa da Internet, que permite o acesso instantâneo de tudo o que acontece no mundo, mas também porque atualmente se registra a ascensão de grupos político-religiosos mais radicais no mundo árabe, com o Hamas na Palestina, o novo governo do Irã e os grupos de resistência no Iraque e Afeganistão contra a ocupação americana. E existem grupos islâmicos bastante diferentes uns dos outros, nós sabemos. Embora qualquer motivo possa ser o estopim para as piores reações dos grupos mais radicais, não tem sentido ficar alimentando esse ódio, como essa charge imbecil e extremamente provocadora. Chumbo na asa.

Terceiro, embora eu defenda o respeito aos sentimentos religiosos, sou de opinião que a religião deva ser a primeira coisa a ser abandonada pela humanidade para se garantir no futuro uma sociedade fraterna, justa e harmônica.

Concordo com Marx quando ele equipara a religião às drogas, ao dizer que ela é o ópio do povo.

Promete o paraíso, mas o que proporciona mesmo é o inferno.

Kali.
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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2006

Bruna e Felipe, dois jovens do nosso tempo


imagem: Terra

Penso que o "fenômeno" Bruna Surfistinha provoca certa perplexidade porque expressa pelo menos três fenômenos importantes da atualidade:

1) A prostituição de garotas e garotos da classe média, tanto mais ávidos de dinheiro e de status social quanto menos condições têm de provê-los em razão do empobrecimento social e cultural;

2) O perda da força do moralismo e da repressão sexual como fator de controle social graças ao domínio alcançado sobre o processo de reprodução humana (especialmente na concepção) a partir das inovações científicas nesse campo, que vão desde a popularização dos meios de controle da natalidade como a pílula e camisinha até os exames de DNA. A banalização do sexo deve muito à banalização das dificuldades que ele apresentada. Quase toda proibição sexual, seja de fundo moral ou religioso, devia-se à falta de domínio humano sobre os efeitos e as consequências do ato sexual. Acabando uma, acabou-se a outra e aí veio a liberação;

3) A mercantilização das relações humanas levadas ao último grau pelo capitalismo. "Tudo o que era sagrado é profanado"; "A burguesia despojou de sua auréola todas as atividades até então reputadas veneráveis e encaradas com piedoso respeito. Do médico, do jurista, do sacerdote, do poeta, do sábio fez seus servidores assalariados. A burguesia rasgou o véu do sentimentalismo que envolvia as relações de família e reduziu-as a simples relações monetárias." (Karl Marx)

Depois eu falo mais sobre essas coisas que me corroem. O dinheiro é foda. Literalmente.

Olha só. O brasileiro Felipe Carvalho Barbosa, 21, do corpo de fuzileiros navais dos Estados Unidos morreu há poucos dias no Iraque, vocês sabem. Até aí, nada de extraordinário. Um soldado morrer numa guerra é tão previsível como comprar pão em padaria.

Uma coisa que me inquieta é um jovem dar a vida por uma guerra sem o menor sentido para ele. Lutando contra quem? Lutando contra o quê? Defendendo quem? Defendendo o quê? Outra coisa que me deixa desesperançoso é saber que ele estava tentando evangelizar os mulçumanos.

Puxa vida. Se esse próprio coitado tivesse um pouco de noção do que o cristianismo significa para aquela gente, se ele soubesse pouca coisa de História, ele jamais iria se lançar em tal aventura...

É muito triste ver pessoas manipuladas tão facilmente por um sistema, por uma religião e dando a vida por elas...

Mudando um pouco de assunto, não deixem de ver acompanhar a coluna Iscas Lógicas, de Jussara Simões. Aqui, o texto n.º 2 (Sofistas?Políticos? Gurus?Quem?). Você vai ficar esperto em Lógica.

Eu já estou: amanhã é sábado e eu vou jogar bola, lógico (tá vendo?).

Bom final de semana, gente boa.

Kali.
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Não falo de mim,
mas do mundo,
bem mais importante
e interessante.
Quiçá, mais bonito :Þ

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