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quarta-feira, 28 de março de 2007

Recado

Gente, desculpe a ausência. Apesar de andar meio atabalhoado, já, já, recomeço os posts, podem acreditar. Gosto muito do meu bloguinho e não vou abandoná-lo às moscas. É que tô assim meio aéreo, mas está tudo bem berembembem, mesmo com todo esse calor global. Voltando, possivelmente amanhã, minha meta é um post por dia.

Ou por noite, quem sabe :)

Exceto as noites de quinta, dia de jogo.

Que ninguém é de ferro.

Abraços kálidos.

Kali.
Gostou, assine.


 

sexta-feira, 9 de março de 2007

Detalhes não tão pequenos

Nas férias aproveitei para ler a biografia de Roberto Carlos, do escritor Paulo César de Araújo, "Roberto Carlos em Detalhes". Esse negócio de biografia "autorizada" e "não autorizada" é idiotice. O que existe é biografia bem feita ou mal feita, verdadeira ou mentirosa, o resto é conversa fiada, não importa se autorizada ou desautorizada. E achei essa aí foi muito bem feita. Li as 400 páginas num ritmo só. Gostei muito e vou dizer por quê.

Antes, um comentário. É sobre a suspensão da publicação, distribuição e comercialização desse livro em todo o território nacional por determinação do juiz Maurício Chaves de Souza Lima, da 20ª Vara Cível do Rio de Janeiro.

Quando eu soube que Roberto Carlos entraria com um processo contra o livro, me antecipei e comprei-ô-ô. Ao contrário do que reza a lenda, a coisa mais fácil de adivinhar é o que sai da cabeça de um juiz. A justiça brasileira é muito previsível. Invariavelmente toma decisões equivocadas, mesmo demorando séculos para fazer isso (*). Essa decisão de suspender a venda do livro equipara-se à decisão do juiz Ênio Santarelli Zuliani no processo da senhora Daniella Tica Reles, digo, Cicarelli e Tato Mãozona, digo, Manzoni. Em ambos os casos, traduziram a lei ao pé da letra e não avaliaram as consequências de suas decisões. Geralmente juízes são oriundos da classe média e o diapasão usado nas decisões é o do individualismo, do personalismo pequeno-burguês, sem análise aprofundada sobre os efeitos sobre o coletivo. No caso do bloqueio do Youtube, deu no que deu. Eles fazem interpretação literal do art. 5º, inciso X, da Constituição da República, que dispõe serem invioláveis a intimidade, a vida privada e a imagem das pessoas. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Uma coisa é a violação da intimidade de uma pessoa, outra bem diferente é divulgar uma informação sobre alguém, que nem fruto de violação foi. Fala sério, senhor juiz! O autor Paulo César de Araújo levou mais de 15 anos pesquisando sobre a vida do rei, colhendo informações de várias fontes, inclusive do próprio monarca. Isso deveria ser respeitado. Isso e o direito do povo à informação, que também é direito constitucional. Se essa decisão for levada a sério, não poderá haver mais nenhuma informação ou notícia sobre ninguém.

Vamos lá. Gostei da biografia porque, ao narrar a vida do Rei, o autor traça também um panorama social e histórico da música brasileira, como pano de fundo. Muito interessante. Ele nunca se esquece de apontar a origem social dos cantores e compositores que vão aparecendo na história, e o que isso pesou nas escolhas e nos estilos musicais que acabaram dando contornos à música popular brasileira. Fala das mudança na tecnologia e no comportamento, a passagem da era do rádio para a televisão, e conta casos, muitos casos. Alguns impagáveis, como o do Tim Maia como entregador de marmitas. Um trabalho bem consistente, na minha opinião. Tô falando do trabalho do autor do livro, não do Tim Maia como entregador de marmitas, claro.

Admirador de Roberto Carlos, o autor não se cansa de elogiar o talento, a persistência do rei, destacando seu tino para o sucesso, para as escolhas do repertório etc. Porém, não abre mão de falar dos fatos que marcaram a vida do maior ídolo da música brasileira de uma forma clara, objetiva e realista.

Talvez esteja aí o principal motivo de RC ter processado o autor da biografia: Roberto Carlos sempre fez questão de cultivar uma imagem de verdadeiro ídolo, transcendental, uma figura mística, um ser perfeito e superior, acima de tudo e de todos, inclusive da própria Jovem Guarda, pois nos "revivals" e nos reencontros dos protagonistas dessa época, ele nunca se dignou a estar presente. E essa biografia dá contornos bem reais e humanos ao antigo Rei da Juventude. Mostra o lado plebeu do rei. É isso. Mesmo assim, Paulo César como biógrafo mostra-se um grande admirador do biografado. Também considero RC um grande artista, especialmente por suas criações mais antigas, dos anos 60 e 70. Foi genial mesmo. Se o trem que passou sobre sua perna tivesse passado sobre sua cabeça, a música brasileira teria sofrido uma perda muito grande, com certeza ("credo, Kali!!!"). Roberto Carlos marcou toda uma época, com certeza.

Outra coisa interessante no livro é que o autor apresenta as motivações de várias letras de músicas. E uma me surpreendeu. Não tem a música Maria, Carnaval e Cinzas, de Luiz Carlos Paraná? Então. Eu pensava que a letra falava da brevidade de um amor de Carnaval, daqueles que nascem em meio à folia para morrer na Quarta-feira de Cinzas, dos sonhos que logo se perdem ("e foi de cinzas seu enxoval, viveu apenas um Carnaval"). E não é que a música, maravilhosa, por sinal, tem um sentido literal mesmo? É! Fala sobre a mortalidade infantil do Brasil, de crianças que nascem e logo morrem, como as ilusões e fantasias de Carnaval, que não duram mais do que três dias. Muito triste, mas igualmente admirável.

Um fim de semana duradouro para vocês. Obrigado pela leitura.

(*): Esse negócio de "lentidão da Justiça", é muuuuuuito relativo. Depende de quem esteja no outro lado do balcão, se é rico ou se é pobre, e se a demora lhe beneficiar ou lhe prejudicar. O resto é fantasia, ilusão.

Kali.
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quarta-feira, 7 de março de 2007

Mundo frio

Nesses tempos em que andei (também corri, é verdade) afastado, muitas coisas aconteceram. A seleção brasileira perdeu outra vez para Portugal; andaram arrastando um garoto por aí, uns 7 km mais ou menos; voltaram a falar em pena de morte, em maioridade penal; um buraco imenso se abriu no meio da avenida engolindo carros e pessoas; Suzana Vieira levou um chifre espetacular, em rede nacional; teve carnaval, enchentes, o diabo. Bem, diabo sempre tem, né! Então tenho um monte de coisa para assuntar aqui. É o que vou fazer. Em meio a tudo isso, quem sabe eu possa também apresentar contos e poemas novos, me ajudando o engenho e a arte, como dizia Luiz de Camões. Já leram Os Luzíadas? Eu não.

Comecemos então por um assunto banal e bastante atrasado: o último jogo do Brasil, perdendo para Portugal. Queria falar do jogo não pela derrota em si, que isso já é rotina e ninguém mais dá muita bola para a seleção brasileira. Falo pelas questões do entorno, que a mim se apresentam bastante engraçadas e interessantes. Veja só.

Muitas coisas me divertem quando a seleção brasileira perde, ainda mais quando apanha de um time de portugueses, bastante ridicularizados por nós, brasileiros. É muito bom para a soberba dos nossos jogadores, técnicos e locutores uma seleção do "melhor futebol do mundo" levar olé de um jogador chamado Quaresma, não é não? Claro que é. Show de bola.

Mas nada me diverte mais do que ver Galvão Bueno tentando alavancar o nacionalismo através de uns pernas-de-pau. É impagável. Dá tudo errado. Aí, quando ele fala que o goleiro Elton está se firmando no gol da seleção, o goleiro Elton entrega a bola no pé do adversário e leva um gol. Aí, o Edmilson entra duro em Cristiano Ronaldo e ele diz que tem que ser assim, mas o Arnaldo César Coelho diz que a regra é clara e que o jogador brasileiro deveria levar cartão amarelo. E me divirto ainda mais sabendo que cada convocação não passa de arranjo para promover jogadores via lobby de seus respectivos empresários. Têm mais é que se fuder mesmo. Dá dó ver um Adriano apanhando da bola. Adriano jamais vai aprender a jogar bola, acredite meu amigo, minha amiga. E Diego? Fala sério! E tome olé de português que é bom pra saúde.

A predisposição em usar o futebol para a promoção de jogadores está na própria figura de Dunga quando, sem agasalhos, ele encara um frio abaixo de zero apenas com uma camisa de gosto duvidoso, para mostrar a última criação de sua filha, designer de moda. Triste tempos esses nossos em que um pai precisa se expor ao tempo, ao mundo e ao rídiculo para tentar garantir um futuro melhor para a filha. É realmente um mundo inóspito e muito frio esse nosso, não?

E essa história de Dunga barrar Ronaldinho Gaúcho? Mesmo barrigudo e sem vontade de jogar bola, a comissão técnica deveria se curvar para esse dentuço ao passa por ele. Especialmente Dunga, ex-jogador medíocre, sem criatividade, que nunca construi nada para o futebol. Pelo contrário. Sua função era exatamente a de destruir qualquer coisa de boa que aparecesse em campo.

E hoje, Dia Internacional da Mulher Dunga chama mais uns pernas-de-pau para novos jogos. Vou torcer para continuar me divertindo.

Depois a gente conta mais.

Por falar nisso, parabéns pelo dia, meninas!

Kali.
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sexta-feira, 2 de março de 2007

Voltando

Enfim, de volta. Desculpas pela longa ausência. Nunca havia acontecido antes, mas fui deixando. Propositalmente, mas não inutilmente. Li, andei, parei, corri, joguei, ganhei, perdi, cansei, dormi, acordei, fiquei, viajei. Fui, vi, vim, vivi.

Vamos em frente. Há muito o que falar. Bom final de semana.

Blogar é bom.

Kali.
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Não falo de mim,
mas do mundo,
bem mais importante
e interessante.
Quiçá, mais bonito :Þ

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